betsul pix de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Na data especial de hoje, noto como os anos passaram rápidos. Eu era bem jovem e aquele homem sofrido, sábio (e muito da sabedoria dele, compreendo agora, havia nascido dos amargos caminhos de destino que ele tinha sido obrigado a percorrer), disse-me algo que gravou fundo nas minhas lembranças, que me acompanhou vida adentro e que, acredito, ainda busco assimilar integralmente.
PublicidadeNossa conversa era mais uma espécie de lição que ele me transmitia. Eu ouvia com atenção e gosto. Geralmente ele explanava sobre temas e questões de mistério profundo. Certa feita, numa daquelas ricas oportunidades que eu buscava sedenta compartilhar para com ele aprender, fui surpreendida.
Era dia 4 de outubro, ele marcou encontro na praça de uma das maiores e mais antigas igrejas de São Paulo. A tarde caía suave, o verde orgânico das árvores contrastava com o cinza sólido das pedras daquela imponente construção, no alto da torre o relógio indicava 18 horas.
Entre a algaravia de uma porção de crianças que por ali brincavam, correndo, pulando e o suave arrulhar de pombos, meu amigo elevou a voz: “Sabe... Marina”. Eu levantei as orelhas, aquela era a introdução para um comentário de mestre, coisa para se avaliar com cuidado e guardar com atenção.
“Você já me conhece um bocado, estamos sempre tratando das coisas da espiritualidade, assim, deve pensar que sou uma pessoa religiosa, não?” Concordei. “Você deve achar que foi a religião que me amparou para carregar as tantas feridas que me machucaram o coração, não?” Concordei de novo, acrescentando: “Sim, sem dúvida, a força da religião parece ser valioso amparo para você...”
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