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BRASÍLIA - A juíza Raquel Soares Chiarelli, da 21ª Vara do Distrito Federal, deu 72 horas para mostrar que há equipamentos, leitos, insumos e recursos humanos suficientes para o atendimento de pacientes da covid-19. A medida ocorre após o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), afirmar ao Estadão que até o começo de agosto deseja retomar atividades "sem restrição".
PublicidadeA juíza aponta que é "notório" o agravamento da doença no DF e a falta de medicamentos para intubação. Além disso, diz que há inconsistênciassites de aposta com bonusdados oficiais sobre a "real situação de operações das UTIs" na capital.
Na decisão, Chiarelli afirma ainda que a União e o DF optaram por não impor quarentena durante a pandemia, "apesar de insistentemente recomendado pela OMS e praticado pela maioria dos países". Para a juíza, devem ser exigidas da administração pública respostas para o "esperado" aumento da pressão sobre o sistema de saúde.
No mesmo diasites de aposta com bonusque decretou estado de calamidade pública pela covid-19, para ter acesso a recursos federais, minimizou o impacto da doença. Em entrevista ao Estadão, Ibaneis afirmou que não teme que hospitais fiquem lotados após a prometida retomada das atividades. "Vai lotar nada. Vai ser tratado como uma gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início."
A juíza, no entanto, afirma que o DF sequer entregou o número de leitos que afirma necessário para enfrentar a doença. "O planejamento apresentado pelo próprio Distrito Federal de abertura de 800 leitos de UTI até o final de junho não se concretizou, conforme amplamente divulgado pela imprensa", afirmou. "A própria CODEPLAN (Companhia de Planejamento do DF) previu a necessidade de pelo menos 1.320 leitos de UTI, considerada uma taxa de isolamento social de 50%, o que ainda não foi implementado."
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