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A cirurgia de alongamento ósseo, que faz pessoas crescerem, tem ganhado adeptos – e não são apenas pessoas com nanismo que procuram o procedimento. Pessoas insatisfeitas com a estatura também têm buscado a cirurgia por estética.
Apesar de já haver dois tipos de técnica disponíveis mundo afora, apenas um deles é utilizado no país. Esse método é o externo. Ex-presidente da Sociedade Brasileira e Mundial de Reconstrução e Alongamento Ósseo e membro do Instituto Cohen do Hospital Israelita Albert Einstein, o ortopedista José Carlos Bongiovanni explica ao Terra detalhes do procedimento.
“É iniciado com uma osteotomia – um corte no osso, seguido da aplicação de um fixador externo ou de uma haste intramedular para promover o crescimento ósseo”, explica o médico.
Segundo o especialista, esse tipo de técnica pode gerar um crescimento de até 1 milímetro por dia, impulsionado por fisioterapia. O processo pode durar até três anos. Para pessoas com nanismo ou comorbidades que tornam os membros divergentes, o procedimento já é feito pelo SUS.
Em casos que envolvem somente estética, o procedimento ainda é particular ou por convênio, e a cirurgia custa a partir de R$ 100 mil e pode chegar até mais de R$ 200 mil.
Finalidades do alongamento ósseo
Há três finalidades para a cirurgia de alongamento ósseo. A primeira é corrigir a discrepância dos membros, corrigindo também as deformidades associadas a esse crescimento irregular de membros inferiores e superiores.
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A segunda é alongar indivíduos com nanismo, principalmente o acondroplásico, pessoas que têm o corpo desproporcional. “E, nesse caso, a cirurgia de alongamento é necessária, uma vez que essas pessoas são marginalizadas na sociedade pelacomo fazer site de apostas onlinealtura. Muitos não conseguem realizar atividades básicas como acender a luz, pegar ônibus, subir escada. São muitas dificuldades que prejudicam a qualidade de vida”, diz o ortopedista José Carlos Bongiovanni.
O alongamento é um programa contínuo. Na primeira fase, são alongadas as pernas – que ganham cerca de 10 cm. Depois, os braços, que crescemcomo fazer site de apostas onlinemédia 8 centímetros e, por fim, os fêmurescomo fazer site de apostas onlinemais ou menos 10 centímetros. “É necessário alongar 20 centímetroscomo fazer site de apostas onlinemembros inferiores e oitocomo fazer site de apostas onlinemembros superiores para dar proporcionalidade e para o corpo voltar a ser funcional”.
Estética também pauta cirurgia
Esses casos citados pelo especialista são os de pessoas com nanismo ou estatura muito abaixo da média. O procedimento passou a ser procurado também por indivíduos sem deformidades, mas com insatisfaçãocomo fazer site de apostas onlinerelação à altura. Esses casos também podem passar por cirurgia, entretanto, existe um preparo bem extenso para que esses pacientes sejam aprovados.
“Antes de qualquer coisa, é necessário um laudo psicológico desse indivíduo para que os médicos entendam o motivo pelo qual ele quer passar pelo procedimento. É necessário entender se existe um problema de autoestima ou algo patológico. É preciso saber, ainda, qual a relação desse paciente com pessoas próximas e se ele tem apoio familiar para passar por essa cirurgia. Não é simples, então é necessário saber se ele está disposto a passar pelos obstáculos do procedimento”, explica o ortopedista.
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Depois dessa parte, é preciso que o médico tenha um centro hospitalar e uma equipe capacitada por trás da cirurgia, que não acaba assim que o paciente recebe alta. Esse paciente precisa ser examinado a cada 15 dias por uma equipe multidisciplinar, para que não haja deformidade, rigidezcomo fazer site de apostas onlinearticulações e desproporcionalidade dos membros.
Brasil ainda está atrasado
O procedimento mais eficaz no mundo é o de alongamento interno,como fazer site de apostas onlineque uma haste é colocada dentro do osso e o alongamento acontece por dentro da prótese por controle eletromagnético. No entanto, ainda está indisponível no Brasil e o maior problema é o preço, segundo o médico.
“As hastes são muito caras. Há 11 anos, tentamos solicitar a importação delas, mas é inviável até o momento. Em casos de pacientes que têm como arcar com os custos, fazemos a cirurgia fora do Brasil. Mas o valor fica bem mais alto”, diz.