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Surpresos ao descobrir a gravidez de quíntuplos, Rafaelly de Paula Morais, de 39 anos, e o marido, Rodrigo Santos Canário, 33, viajaram cerca de 300 km de Araputanga (MT), onde vivem, até a capital Cuiabá para fazer exames. Mas a empolgação deu lugar à tristeza quando perderam todos os filhos.
Rafaelly enfrentou complicações no período e passou 70 dias na capital do Mato Grosso. Primeiro, duas das cinco crianças morreram ainda na barriga. Dias depois, ela precisou ser submetida a um parto prematuro — Álvaro César, Antonella e Angelina tinham apenas 24 semanas de desenvolvimento. No entanto, nenhum dos três resistiu, com a última vindo a óbito na segunda-feira (18).
Publicidade"Nos organizamos para fazer um ultrassom e acabou que lá eu fiquei. Vim para casa ontem [quarta-feira]. Eu disse para o meu marido: 'Amor, a gente veio para Cuiabá de barriga cheia e estamos voltando de braços vazios", disse Rafaelly, abalada, ao jornal O Globo.
"Começamos com cinco. Duas semanas depois, dois deles pararam de se desenvolver. Ficamos com os três e tudo parecia estar indo bem... A princípio não tinha mais risco na gravidez. E foi onde tudo aconteceu. Fiquei do dia 11 de julho ao dia 1º de agosto de cama. Fiquei tentando segurar a gestação ao máximo, mas acabou que a bolsa estourou e tivemos que tirar eles às pressas".
A mãe detalhou a cronologia das perdas:
- Uma semana após o parto, Álvaro faleceu. Ele nasceu com apenas 530g, a mãe só conseguiu vê-lo na incubadora.
- Depois, com 16 dias de vida, Antonella desenvolveu uma bactéria. Pequena e com pouco peso — apenas 535g —, ela não teve condição de combater a infecção e faleceu.
- Por último, veio a morte de Angelina, que resistiu por um mês, até esta semana, na UTI neonatal.
"Ela vinha bem, estava se desenvolvendo bem, fazendo arte na incubadora, se mexendo sozinha, sorria para mim, procurava por mim e pelo pai com a cabecinha quando ouvia nossas vozes... já tinha as perninhas, mãozinhas e bracinhos... Mas infelizmente pegou uma infecção também de uma bactéria muito forte, que acabou atingindo as plaquetas", detalhou a mãe, que considera "uma benção de Deus" eles ainda terem ficado com os filhos por 7, 16 e 48 dias.
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