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O protetor solar é uma prescrição universal no mundo da Dermatologia. Capaz de proteger a pele dos efeitos nocivos dos raios UV, que incluem fotoenvelhecimento e manchas, esse produto também é indicado para minimizar o risco do câncer de pele.
Mas por que será que a maior adesão ao uso desse produto não está freando as taxas de melanoma e outros tumores de pele? E como a incidência desse tipo de câncer está aumentando, o que há de errado?
“Isso foi denominado como o Paradoxo do Protetor Solar. As pessoas estão aderindo ao uso do produto e isso é ótimo. Mas elas estão pensando que o protetor solar dá uma autorização para passar horascbet and kbetexposição direta ao sol. Em muitos casos, elas sequer reaplicam o produto", diz Danilo S. Talarico, médico pós-graduadocbet and kbetDermatologia Clínico-Cirúrgica e professor nos cursos de Dermatologia, Tricologia, Transplante Capilar (Cirurgia Capilar) e Medicina Estética..
"Além disso, temos outras três possíveis razões: uma predominância de ocupações ao ar livre que envolvem níveis mais elevados de exposição solar; uma cultura de envolvimentocbet and kbethobbies/atividades ao ar livre; e temperaturas mais quentes aumentando a exposição aos raios UV”, explica ele.
Dados não podem desencorajar o uso
O médico destaca um estudo recente, publicado na Cancers que abordou esse tema no Canadá.
“Esses dados de forma alguma devem desencorajar o uso do protetor solar e também não colocamcbet and kbetrisco e nem descredibilizamcbet and kbeteficácia. Mas servem de alerta para mostrar que outras medidas além do protetor solar são necessárias”, alerta o médico.
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o número de casos novos de câncer de pele não melanoma estimados, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 220.490, e as mulheres são as maiores vítimas (118.570 casos).
“O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país. Em homens, é mais incidente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Quanto às mulheres, o câncer de pele não melanoma é mais incidentecbet and kbettodas as Regiões brasileiras”, diz o médico.
Já o melanoma, o tipo de câncer de pele mais mortal, é uma forma de tumor cutâneo que pode ser prevenido limitando a exposição ao sol, segundo Danilo. O número de casos novos estimados, segundo o INCA, é de 8.980, mas, com relação ao melanoma, os homens são as principais vítimas (4.640).
Uma questão de interpretação
O estudo mostrou que, no paradoxo da proteção solar, há erros interpretativos por parte da maioria das pessoas. “No geral, os pacientes não aplicam protetor solar suficiente ou ficam ao sol por horas após a aplicação do protetor solar pela manhã. Isso confere uma falsa sensação de segurança”, explica Danilo S. Talarico.
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No estudo, os pesquisadores descobriram que os canadenses que vivem na Nova Escócia e na Ilha do Príncipe Eduardo – províncias com altas taxas de incidência de melanoma – eram mais propensos a relatar o uso de proteção solar, mais conscientes dos riscos da exposição solar para a saúde e mais aptos a seguir as recomendações de proteção.
Apesar disso, eles também receberam mais exposição solar devido às temperaturas mais quentes e à tendência a praticar atividades ao ar livre.
“O estudo ainda mostrou que indivíduos com níveis mais elevados de exposição solar também tendem a usar mais, mas não uma quantidade adequada de protetor solar ou outras medidas de proteção solar, proporcionando outra falsa sensação de segurança.”
Ainda segundo Danilo, é necessário ter moderação na hora de se expor ao sol. “As pessoas podem e devem aproveitar o ar livre, mas sem se queimar ou bronzear. Para isso, o uso do protetor solar é indicado. Deve ser um produto com no mínimo FPS 30 e que deve ser reaplicado a cada duas horas – e a cada saída do mar. Os acessórios como bonés, chapéus, óculos, roupas de proteção UV também devem ser usados. Mas, o mais importante, é evitar a exposição direta demasiada”, finaliza o médico.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.