pragmatic play roleta-Mulher que viveu 23 anos com Catra leva feminismo às favelas

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Silvia Regina é influenciadora digital, embaixadora da ANF, e usapragmatic play roletaforça para levar informações à população pobre, preta e periférica
24 mar 2022 - 05h00
(atualizado às 17h39)
Silvia e Mr. Catra
Silvia e Mr. Catra
Foto: Reprodução/Instagram

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Mãe, mulher periférica, influenciadora digital e, acima de tudo, ela mesma: Silvia Regina. Aos 44 anos, a viúva de um dos maiores nomes da história do funk brasileiro, o Mr. Catra, ela tem uma trajetória de vida inspiradora e parecida com a de muitas mulheres Brasil afora.

Na juventude, Silvia era autônoma pensandopragmatic play roletaconquistar um sustento financeiro, chegando a ser promotora de vendas de jornais e revistas. Hoje, na era digital, a empreendedora é uma influenciadora digital, e trabalha com as redes sociais, promovendo postagens patrocinadas e conteúdos de interesse para o público-alvo.

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Com quase 120 mil seguidores no Instagram, Silvia Regina é oficialmente a embaixadora da ANF (Agência de Notícias das Favelas), veículo parceiro do Visão do Corre e, recentemente, apresentou o filme oficial da ONG carioca.

Sobre a nova empreitada, Silvia conta que recebeu a proposta de representar a ANF através do seu  fundador André Fernandes, de quem é amiga há mais de 20 anos. "Eu tenho muita gratidão pelo André. Ele é uma pessoa que me ajudou muito. Me sinto lisonjeada, porque a Agência de Notícias das Favelas só tem a intenção de ajudar, dar discernimento, manter a comunidade informada dentro dos direitos que nós temos", conta. Silva diz ainda que está "muito orgulhosapragmatic play roletaser embaixadora da ANF".

Sempre antenada e mostrando a força da mulher preta nos seus perfis virtuais, a empreendedora recentemente vem produzindo lives com lideranças femininas de diversas áreas da sociedade, como Mãe Flávia Pinto, escritora, feminista e ativista dos direitos humanos; MC Zuleide, cantora de funk; e, no dia 13 de abril, com Ingrid Gerolimich, socióloga e documentarista do filme Explante.

Sobre o filme Explante, a influenciadora revela como a peça audiovisual despertou nela seu autocuidado. "Muito legal o filme, abriu minha mente. Agora pensopragmatic play roletatirar minhas próteses, pois eu venho sentindo vários incômodos, vários sintomas como dores nas articulações, e com o Explante abriu minha mente para retirar meu silicone e deixar ao natural. Minha vida vale muito mais que vaidade, se o cara gostar de você, ele vai te amar do jeito que você é", afirma.

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E quem é a Silvia? 

Silvia Regina é embaixadora da ANF
Foto: Reprodução/Instagram

Conhecida popularmente como Silvia Catra, ela foi casada durante 23 anos com o Mr. Catra, o grande nome do funk que, entre os temas que o destacava, estava o fato de cantar falando sobre todas as formas de liberdades e por ter 32 filhos. Do relacionamento entre Silvia e Catra, nasceram quatro filhos: Wagner, Samuel (MC Kaliba), Noemi e Silvinha.

Mãezona e atualmente defensora dos direitos das mulheres, ela está sempre antenada sobre o quanto os jovens pretos são vítimas de violências e da falta de atenção por parte do Estado. "Como mãe eu sou feliz porque sempre criei meus filhos dentro do papo reto, ensinando o que é certo e o que é errado" conta.

"Convivi e convivo nas favelas e como mãe eu sei que nenhuma quer ver o filho preso, sendo uma pessoa que você ama e quer ver do seu lado. Mas penso que o Estado tem que dar mais oportunidade para os jovens. A favela é algo isoladopragmatic play roletafunção do que vão fazer por você e se vai ter alguma melhoria. A dificuldade é muito grande e eu não acho isso certo. Precisava de mais oportunidades da juventude fazer cursos para trabalhar, para evoluir, deixar as ONGs entrarem nas comunidades para fazerem muito mais, porque nosso povo ainda tem tudo muito limitado", diz.

Sempre otimista e resiliente, a moradora de Bangu explica como conseguiu quebrar barreiras dizendo 'não' quando lhe convinha. "Antigamente, pensava que eu era uma pessoa muito fraca, por mais que todo mundo falasse o contrário".

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Segundo ela, "existem situações que você pensa que não consegue se libertar, de que essa não épragmatic play roletavontade real e simplesmente não quer fazer. Hoje, não, pois já estou repaginada. Fui no meu limite para superar barreiras, sou mãe, amiga e, principalmente, sou eu mesma. É um aprendizado: quando você abre apragmatic play roletaboca e pode dizer 'não', o mundo abre outras possibilidades".

Silvia leva feminismo para as favelas
Foto: Reprodução/Instagram

Falandopragmatic play roletasonhos e expectativas para o futuro, sem esquecer das boas lembranças deixadas pelo seu falecido marido Mr. Catra, Silvia diz que atualmente quer "ter paz de espírito e assim tudo vai se encaixando".

"Minha vida nos últimos anos andou mais para lá do que pra cá. Meu sonho é ajudar as pessoas, ter uma missão, nem que seja com uma palavra, com um ombro amigo, dando uma chacoalhada. Dizer 'acorda, mulher, está na hora de você levantar'".

Quando ela é questionada sobre como está seu coração após quase quatro anos do falecimento de Catra, Silvia afirma: “Meu coração está encontrando um caminho, só que é um processo, porque vivi tanto tempo de uma certa forma e eu só tive uma pessoa (Catra), fui casada maior tempão, casei com 17 e fiquei com ele até ele morrer, com 41 anos. Então hojepragmatic play roletadia estou me permitindo conhecer alguém, meu coração já está mais aberto, e eu tô bem. E vai ficar tudo bem, com Deus sabendo de todas as coisas e cada dia mais a gente se permitindo se conhecer para não errar, para não falhar, até porque já não sou mais nenhuma novinha. Não dá para ficar brincando com o coração e vamos que vamos".

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Com muita generosidade, Silvia aponta uma saída para todas as mulheres periféricas e faveladas que sabem os caminhos difíceis, mas que tem a esperança de um país melhor. "Digam 'não'. O 'não' é libertador. Só quem viveu sabe a dificuldade da vida. Você pode muito bem dar uma opinião sobre a realidade de uma mulher, falar sobre feminismo ou querer entender a vida de uma mulher preta e favelada, mas só ela sabe porque muitas vezes ficou calada. Então, mulheres, digam 'não' para serem felizes".


Fontes de referência

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