dpsports bets-PF indicia Bolsonaro por suspeita de fraudedpsports betscartão de vacinação
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RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) -A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por suspeita de fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19, mostrou relatório de investigação visto pela Reuters nesta terça-feira,dpsports betsmais um avanço dos diversos inquéritos judiciais contra o ex-presidente.
Segundo uma fonte com conhecimento do caso, o relatório elaborado pela PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam as investigações contra Bolsonaro.
Além de Bolsonaro, também foi indiciado o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente presodpsports betsmaio do ano passado no âmbito das investigações sobre possível fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro e aliados. Ele foi solto após firmar um acordo de delação premiada homologado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
O relatório da PF aponta que Cid fraudou o cartão de vacinação de Bolsonaro e da filha dele, Laura, a mando do então presidente. O próprio Cid fez a acusação contra o ex-chefe emdpsports betsdelação.
De acoro com o relatório da PF, "resta evidenciado que Mauro Cesar Cid, no exercício das atividades de chefe da ajudância de ordens da Presidência da República, por determinação de seu superior hierárquico, solicitou a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19dpsports betsbenefício do ex-presidente e dedpsports betsfilha Laura Firmo Bolsonaro."
Procurado pela Reuters, Bolsonaro respondeu por mensagem de texto que a PF realiza "uma investigação seletiva". Ele disse estar tranquilo e que não deve nada.
"O mundo sabe que eu não tomei vacina", afirmou.
Durante a pandemia, Bolsonaro criticou por várias vezes a imunização contra a Covid-19, doença que matou 700 mil pessoas no Brasil. Bolsonaro também criticoudpsports betsdiversas ocasiões a vacinação de crianças e adolescentes, e afirmou que não permitiria quedpsports betsfilha, então com 11 anos, fosse vacinada contra a Covid-19.
Os investigadores citam que o registro de vacinação de Bolsonaro e dedpsports betsfilha foram feitos na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, pelo secretário de Saúde do município, o que é incomum. Apontam ainda que não há registros de que Laura Bolsonaro tenha ido ao município na datadpsports betsque consta que teria sido vacinada.
A apuração também indica evidências como acessos de Ciddpsports betscomputadores do Palácio da Alvorada coincidindo com os momentosdpsports betsque foram feitos os registros, assim como o momentodpsports betsque os certificados foram impressos.
"Vários atos de acesso ao sistema ConecteSUS, inclusive a impressão de certificado de vacinação ideologicamente falso, foram praticados na residência oficial da Presidência da República, Palácio do Alvorada, ocupada na época dos fatos por Jair Messias Bolsonaro", diz o relatório da PF.
A defesa de Mauro Cid, capitaneada pelo advogado Cezar Bittencourt, descartou tese ventilada por bolsonaristas de que o ajudante de ordens teria agido por iniciativa própria, à revelia do então presidente, para fabricar os dados falsos de vacinação.
"O Cid como militar, e militar de primeira linha... sempredpsports betsprimeiro lugar nadpsports betsturma, o Cid segue as regras. Cumpre religiosamente aquilo que lhe é determinado", disse Bittencourt à GloboNews. "Não se pode atribuir ao Cid a criação de alguma coisa diferente daquilo que estavadpsports betssuas atribuições."
O documento da PF afirma que Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsosdpsports betssistemas de informações. Para a PF, a emissão dos certificados fraudulentos ocorreu "no intuito de obterem vantagens indevidas relacionadas a burla de regras sanitárias estabelecidas durante o período de pandemia".
Após ser derrotado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro de 2022, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos, país que exigia a vacinação contra a Covid-19, com a filha e assessores próximos.
No início deste mês, fontes ligadas a investigações que envolvem Bolsonaro disseram à Reuters que já discutiam o indiciamento do ex-presidente nos inquéritos que, além da suposta fraude no cartão de vacinação, apuram ainda a apropriação indevida por Bolsonaro de joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita e uma tentativa de golpe de Estado.
O indiciamento abriria caminho para Bolsonaro ser denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Se a acusação for aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele terá de responder a processo criminal que pode levá-lo à prisão,dpsports betscaso de condenação.
Além dessas investigações, Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anosdpsports betsjunho do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por causa de uma reunião antes das eleições com embaixadores sediadosdpsports betsBrasíliadpsports betsque, sem provas, colocoudpsports betsdúvida as urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral.
Em publicação no X, o advogado Fábio Wajngarten, que representa Bolsonaro e foi chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência na gestão dele, criticou o que chamou de "vazamentos"dpsports betsrelação a investigações sobre Bolsonaro.
"Vazamentos continuam aos montes, ou melhor, aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial", escreveu.