aposta ganha patrocínio corinthians-CPI da Covid: por que o STF autorizou o governador do AM, Wilson Lima, a não ir depor no Senado
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Gestor estadual seria questionado sobre o colapso da saúde no Amazonasaposta ganha patrocínio corinthiansjaneiro e supostos desvios de recursos federais para combater a pandemia.aposta ganha patrocínio corinthians de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Pela primeira vezaposta ganha patrocínio corinthiansquase dois meses de CPI da Covid, a Justiça autorizou um dos depoentes convocados a não ir depor aos senadores que investigam a condução da pandemia. No fim da noite desta quarta-feira (09/06), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber concedeu habeas corpus preventivo impetrado pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Os pontos principais de seu depoimento aos senadores tratariam da crise que levou à falta de oxigênio no Estadoaposta ganha patrocínio corinthiansjaneiro e da investigação de supostos desvios de verbas destinadas ao Estado para combater a pandemia.
O depoimento de Lima à CPI da Covid estava previsto para 29/06. Porém, foi adiantado para 10/06 após a Polícia Federal deflagrar,aposta ganha patrocínio corinthians02/06, uma operação para apurar suspeita de irregularidades relacionadas ao Hospital de Campanha Nilton Lins,aposta ganha patrocínio corinthiansManaus, alugado pelo Estado para atender pacientes com covid-19.
Mas o que fundamentou a decisão de Weber?
A argumentação da defesa de Lima tem três pontos principais: 1. a convocação de governadores a um inquérito no Congresso afrontaria o princípio constituição de separação de Poderes; 2. Lima já é investigado pelos "mesmos fatos" pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República, e por ser investigado teria direito a não comparecer a um interrogatório; 3. caso seja obrigado a comparecer, restaria o direito a permaneceraposta ganha patrocínio corinthianssilêncio e não ser constrangido por isso.
Emaposta ganha patrocínio corinthiansdecisão, Weber rejeita o primeiro argumento e aceita os outros dois. Segundo a ministra, "os investigados e os réus não são obrigados a comparecerem para o ato de interrogatório seja policial, seja judicial", incluindo uma CPI, e o direito à não autoincriminação significa a opção de não comparecer ao depoimento sem ser punido poraposta ganha patrocínio corinthiansescolha.
Caso Lima queira comparecer mesmo assim ao depoimento na CPI, a ministra do STF o autorizou a ficaraposta ganha patrocínio corinthianssilêncio, ter seu advogado ao lado, não ser obrigado a dizer a verdade e nem ser constrangido pelos senadores.
Em decisão que garantiu ao ex-ministro Eduardo Pazuello o direito de ficaraposta ganha patrocínio corinthianssilêncio na CPI, o ministro do STF Ricardo Lewandowski tem entendimento oposto sobre a obrigação de comparecimento. Segundo ele, o direito ao silêncio e o dever de atender a uma convocação da CPI são, apesar da linha tênue entre eles, coisas diferentes.
Lima seria o primeiro governador a comparecer à CPI. Ao todo, foram convocados nove. Segundo os senadores, a convocação dos gestores estaduais tem o objetivo de apurar possíveis ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e possíveis desvios de verbas federais enviadas aos Estados.
Um grupo de cerca de 20 governadores protocolou pedido ao STF para suspender qualquer ato da CPI para convocá-los, sob o argumento de que se trata de uma medida ilegal, pois afronta o princípio da independência entre os poderes, resguardado pela Constituição Federal. A relatora do processo é Rosa Weber.
Esse mesmo argumento de ausência de competência constitucional do Congresso para convocar governadores foi levantado pela defesa de Wilson no habeas corpus que garantiu seu não comparecimento à CPI. Esse ponto foi rejeitado por Weber não pelo seu mérito, mas por uma questão processual.
A ministra considerou que esse tipo de pleito não poderia ser feito por meio de um habeas corpus (HC), mas sim por outros tipos de peça jurídica, como uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) que o próprio Lima e outros governadores usaramaposta ganha patrocínio corinthiansação conjunta contra a convocação da CPI da Covid. Ainda não há decisão sobre esse ponto específico.
De acordo com a Agência Senado, a advocacia da Casa informou ao STF que os governadores serão ouvidos como testemunhas e não como investigados, motivo pelo qual os depoimentos deles deveriam ser mantidos.
Na quarta-feira (09/06), Lima afirmou que não está com medo de depor na CPI. De acordo com o site G1, o governador foi questionado se tinha receio de queaposta ganha patrocínio corinthiansparticipação na CPI gerasse novas provas para a Polícia Federal. "Não tenho nenhum problemaaposta ganha patrocínio corinthiansrelação a isso. Já prestei e vou continuar prestando todos os esclarecimentos necessários e estou muito tranquiloaposta ganha patrocínio corinthiansrelação a isso", disse o gestor.
Veja abaixo que lacunas os senadores buscavam responder com o depoimento de Lima.
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Crise do oxigênioO ponto principal do depoimento de Lima trataria do colapsoaposta ganha patrocínio corinthiansManaus, no qual pacientes ficaram sem oxigênio medicinal a partir de 14/01.
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse à CPI,aposta ganha patrocínio corinthiansdepoimentoaposta ganha patrocínio corinthians20 de maio, que acredita que a Secretaria Estadual de Saúde é uma das principais responsáveis pela situação que culminou na falta de oxigênio hospitalaraposta ganha patrocínio corinthiansManaus.
À CPI Pazuello afirmou que no dia 7 de janeiro o secretário de Saúde do Amazonas lhe pediu apoio no transporte de oxigênio de Belém (Pará) para o interior amazonense e que isso foi feito pelo Ministério da Saúde no dia seguinte. Segundo ele, nada foi dito nesse contato sobre risco de colapso na oferta de oxigênioaposta ganha patrocínio corinthiansManaus.
O ex-ministro disse ainda ter determinado no dia 8 de janeiro a ida de todos os secretários do Ministério da Saúde junto com ele à capital amazonense "não pela falta de oxigênio, mas pelo colapso que estava ficando claro na rede como um todo",aposta ganha patrocínio corinthiansreferência à falta de leitos e insumos de forma geral.
"No dia 10, eu me reuni com o governador (Wilson Lima) e o secretário (estadual de Saúde). Foi a primeira vez que o secretário colocou de forma clara de que havia problemas na logística e no fornecimento efetivo de oxigênio para Manaus."
No entanto, uma comitiva do Ministério da Saúde já havia ido a Manausaposta ganha patrocínio corinthians3 de janeiro para avaliar o estado crítico do sistema de atendimento na cidade.
Além disso, um documento de 4 de janeiro produzido pelo Ministério da Saúde e com o nome de Pazuello afirma que "há possibilidade iminente de colapso do sistema de saúde,aposta ganha patrocínio corinthians10 dias", segundo uma reportagem da Agência Pública.
Em 25 de maio, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educaçãoaposta ganha patrocínio corinthiansSaúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro - conhecida como "Capitã Cloroquina" - disse à CPI que duranteaposta ganha patrocínio corinthiansviagem pela pasta a Manaus, de 3 a 5 de janeiro, não teve informações sobre a perspectiva de falta de oxigênio da cidade.
Ela contradisse informação dada pelo ex-ministro Pazuello sobre a dataaposta ganha patrocínio corinthiansque o ministério da Saúde ficou sabendo da perspectiva da falta de oxigênio. Ela afirmou que a informação foi dada pela empresa White Martins, que fornece o insumo, no dia 8 de janeiro. Pazuello havia afirmado à CPI que a informação chegou a eleaposta ganha patrocínio corinthians10 de janeiro.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) questionou por que, sabendo das condições precárias das unidades de atendimento de Manaus, a equipe de Pinheiro não tomou medidas para que não faltasse oxigênio no Estado. "Não tínhamos como prever a quantidade de metros cúbicos que iriamos utilizar. Essa não é nossa função, o Ministério da Saúde não faz esse monitoramento", respondeu.
Os depoimentos de Pazuello e Pinheiro seriam ser usados para confrontar Lima sobre a crise do oxigênio no Amazonas.
Outro ponto que também seria abordado com Lima, com base nos depoimentos de Pazuello e Pinheiro, é a indicação do Ministério da Saúde para tratamento precoce contra a covid-19, por meio de medicamentos sem comprovação cientifica contra a doença - como cloroquina e ivermectina.
Durante seu depoimento na CPI, Pinheiro afirmou, assim como Pazuello, que o Ministério da Saúde não indicou tratamento precoce contra a covid-19.
No entanto, a secretária lançou o TrateCov alguns dias depois ao retornar à cidade. Na cerimôniaaposta ganha patrocínio corinthiansque anunciou o aplicativoaposta ganha patrocínio corinthiansManaus, Mayra Pinheiro exaltou a ferramenta como uma forma de realizar diagnósticos rápidos no lugar do uso de testes RT-PCR.
"No período de cinco minutos, com a utilização desse aplicativo, nós poderemos ofertar imediatamente para milhões de brasileiros o tratamento precoce, evitando que essas pessoas evoluam para quadros mais graves e que elas necessitem de novos leitos já escassosaposta ganha patrocínio corinthianstodo o país", acrescentou.
Na ocasião, ela fez ainda um apelo a "todos os prefeitos do Estado do Amazonas" para que adotassem o tratamento precoce". A secretária afirmou que,aposta ganha patrocínio corinthiansvisita a um hospital de Manaus, familiares de pacientes se "agarravam" a suas pernas, pedindo socorro.
Suposto desvio de verba
Um ponto que também seria bastante explorado no depoimento de Wilson Lima na CPI é a forma como o governo do Amazonas utilizou os recursos que deveriam ser destinados ao enfrentamento à pandemia.
Desde junho do ano passado, o gestor estadual é alvo de investigações por suspeitas de irregularidades no uso de recursos que deveriam ser usados para atender pacientes com a covid-19.
Uma das investigações é referente a um contrato milionário para a compra de respiradores pulmonares. As apurações revelaram que uma loja de vinhos teria recebido R$ 2,9 milhões para fornecer respiradores ao Estado.
O desdobramento mais recente dessas investigações sobre supostas fraudes ocorreu no início de junho, quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão relacionados ao governador e a aliados dele.
O foco dessa apuração mais recente é investigar suposta contratação fraudulenta para favorecer empresários locais para fazer um hospital de campanha, sob orientação da cúpula do governo do Amazonas.
Em 02/06, o então secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo (ele pediu para deixar o cargo nesta semana) e cinco empresários suspeitos de serem favorecidos pela suposta fraude foram presos. Eles foram liberados nesta semana. O caso continuaaposta ganha patrocínio corinthiansinvestigação.
Desde o início das suspeitas, Lima nega que tenha cometido qualquer irregularidade durante aaposta ganha patrocínio corinthiansgestão. Ele afirma que não se beneficiou de recursos públicos.