bet bonus-Huck estreita relação com DEM e almoça com Maia
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Apresentador intensifica articulação por uma frente de centro para se contrapor a Bolsonaro; presidente da Câmara é contra chapa com Morobet bonus de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), almoçou nesta segunda-feira, 9, na casa do apresentador de TV e empresário Luciano Huck, no Rio de Janeiro. Huck está intensificando as articulações parabet bonuspossível candidatura à Presidência,bet bonus2022, e tem se encontrado com vários líderes políticos. No mês passado, por exemplo, ele viajou para Curitiba, onde se reuniu com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que também tem planos para 2022.
A ideia de Huck é construir uma frente de centro para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro, daqui a dois anos. A vitória de Joe Biden na eleição para a presidência dos Estados Unidos deu novo ânimo ao projeto que prevê uma estratégia unificada para derrotar Bolsonaro. Até agora, porém, todos os movimentos esbarrarambet bonusdisputas sobre o nome capaz de liderar uma chapa assim. Interesses partidários de curto prazo sempre funcionaram como obstáculo a movimentos que escapam da tradicional polarização entre direita e esquerda.
Maia já disse ser contra compor uma chapa com Moro, ex-juiz da Lava Jato com quem tem várias divergências. O DEM alinhavou um acordo para apoiar a candidatura do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), à sucessão de Bolsonaro, mas tudo pode mudar até 2022. Não é de hoje que Maia - interlocutor de Huck - vem dizendo que Doria não é unanimidade no partido. Em entrevista à Veja, no fim de semana, o presidente da Câmara afirmou que a maioria do DEM, atualmente, prefere Huck a Doria.
Nos bastidores, o almoço oferecido nesta segunda-feira por Huck a Maia, noticiado pela coluna de Lauro Jardim, foi interpretado como uma tentativa do anfitrião de "apagar a foto com Moro" e reafirmarbet bonusaproximação com o grupo autointitulado "centro progressista" ou "centro democrático". O encontro de Huck com o ex-juiz da Lava Jato ocorreu no dia 30 de outubro e foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo. O apresentador de TV foi muito criticado por simpatizantes, que viram no seu gesto uma forma de sair na frente para fechar aliança com Moro.
Em entrevista à CNN Brasil, o presidente da Câmara minimizou o peso político do almoço com o apresentador de TV e afirmou que encontra o "amigo" sempre que está no Rio de Janeiro. "Estamos discutindo muito mais o cenário de curto prazo, o que o governo deveria fazer, a agenda econômica, a agenda social, do uma preocupação com o processo eleitoral."
O deputado afirmou ainda que as articulações para as próximas eleições presidenciais começam no segundo semestre do ano que vem. O que deve ditar as "regras", segundo ele, é a agenda do governo nos próximos seis meses. "Se o governo escolher o caminho da responsabilidade fiscal, tem uma força. Se caminhar para uma agenda mais heterodoxa, acho que é uma força muito menor. Isso é que vai fazer com que as forças políticas se movimentem no futuro. Mas não agora."
O presidente da Câmara já afirmou que não aceita "de jeito nenhum" apoiar Moro, considerado por ele como de extrema- direita. No passado, o deputado e o então ministro da Justiça se desentenderambet bonuspúblico. Maia chegou a acusar Moro de "copiar e colar", no pacote anticrime, proposta discutidabet bonus2018 por uma comissão de juristas, presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
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Huck tenta construir 'terceira via'; Ciro fica de foraHuck faz parte de um grupo que vem discutindo há tempos a formação de uma terceira via para combater Bolsonaro. A ideia foi apadrinhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aindabet bonus2018, mas à época não foi adiante.
Neste ano, Huck já se reuniu com políticos de centro e de esquerda para tentar tirar do papel essa proposta. O presidenciável Ciro Gomes (PDT) nunca participou desses encontros, mas recentemente se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem estava brigado - fato que também provocou protestos nas fileiras petistas.
Além de Maia, o presidente do DEM, ACM Neto - que é prefeito de Salvador - e os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), são entusiastas da ideia de união contra o bolsonarismo,bet bonus2022.
"Mas, na horabet bonusque se coloca o Moro no meio disso, muda esse perfil. É impossível imaginar que algum segmento mais à esquerda ou centro-esquerda vá dialogar com o Moro, até mesmo por causa do protagonismo que ele teve (no passado) para gerar o bolsonarismo", disse Dino ao Estadão/Broadcast.
O governador do Maranhão já participou de reuniões onde foi discutida essa aliança eclética e também é um dos pré-candidatos ao Palácio do Planalto. A transferência de Dino para o PT chegou a ser cogitada, mas nada está decidido.
Na avaliação de interlocutores de Huck, a estratégia que prevê o casamento entre as várias forças de centro ganha força com a vitória do democrata Joe Biden, um moderado que desbancou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, republicano de extrema-direita.
Para o presidente do Cidadania, Roberto Freire, o encontro entre Huck e Moro foi "um movimento importante", apesar das críticas. "Um candidato (Biden) teve a capacidade de juntar setores à esquerda e à direita do arco democrático e ser vitorioso. Precisamos pensar aqui. Isso precisa ser ressaltado da parte de Huck e de Moro", disse Freire, ex-ministro da Cultura. "Vamos dar os próximos passos, continuar dialogando e aprofundado na sociedade a compreensão da necessidade de unidade das forças democráticas. Isso, nos Estados Unidos, deu certo contra Trump. O sentido político é o mesmo. É um processo de conversas com esse objetivo, de juntar o que for de oposição ao obscurantismo, ao retrocesso, ao anacronismo, ao negacionismo, a Bolsonaro", argumentou.
Freire é um dos expoentes políticos mais ativos na estratégia de costurar frentes amplas, desde os tempos do Partidão, o PCB, na ditadura militar. Por ele, Huck já estaria filiado ao Cidadania, mas o apresentador ainda não bateu o martelo sobre qual serábet bonuslegenda.
"Todo mundo conversa com todo mundo", afirmou o senador Álvaro Dias (PR), líder do Podemos e aliado de Moro. Dias disse que foi avisado do encontro entre Huck e o ex-juiz da Lava Jato, mas preferiu a discrição. "Não sei se eles conversaram sobre o Caldeirão do Huck ou as sentenças do Moro", ironizou.
Moro e Huck não chegaram a estabelecer nenhuma definição mais concreta sobre candidatura, segundo seus interlocutores. Dos dois lados há a impressão de que é cedo para avaliar quem seria cabeça de chapa e vice. Uma escolha precoce poderia encerrar as conversas.
Além disso, Moro tem adotado cautela ao investir no mundo político por causa de recursos judiciais que o acusam de parcialidade. A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, é uma das que buscam reverter sentenças contra o petista e alega "suspeição" do ex-juiz da Lava Jato.
Quando se demitiu do governo Bolsonaro,bet bonusabril, Moro disse que estaria sempre "à disposição do País". O ex-ministro ainda é cortejado por partidos de centro-direita, como o Podemos, que empunhou a bandeira da Lava Jato no Congresso, embora abrigue políticos simpáticos a Bolsonaro.
Huck também se colocou no jogo. "Estou aqui", disse elebet bonussetembro, quando indagado se entraria mesmobet bonuscampanha pelo Planalto, num encontro do Conselho Político da Associação Comercial de São Paulo. O apresentador manifestou o desejo de "liderar uma geração" na política. Em 2018, Huck ensaiou se lançar candidato à Presidência, mas desistiu. / COLABOROU BIANCA GOMES