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betano o-Quem é Nelson Teich, o mais cotado para substituir Mandetta no Ministério da Saúde

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Médico e empresário do setor, Teich foi consultor informal na campanha de Bolsonaro e chegou a ser cogitado para o cargo.
16 abr 2020 - 14h23
(atualizado às 17h07)
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Nelson Teich foi consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro e chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Saúde após a eleição
Nelson Teich foi consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro e chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Saúde após a eleição
Foto: Reprodução / BBC News Brasil

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O oncologista e empresário do setor da saúde Nelson Luiz Sperle Teich é o principal nome cotado para assumir o lugar de Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) como ministro da Saúde. Ele se reuniu nesta quinta-feira (16/04), no Palácio do Planalto, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Nascido no Rio de Janeiro, o médico se formou pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e se especializoubetano ooncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Atualmente, é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.

Teich atuou como consultor informal na campanha eleitoral do presidente,betano o2018, e, na época, até chegou a ser cotado para o cargo, mas acabou preterido por Mandetta.

Ainda assim, participou do governo, entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, como assessor de Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

Dele, inclusive, foi sócio no MDI Instituto de Educação e Pesquisa. A empresa de pesquisa e desenvolvimento experimentalbetano ociências sociais, humanas, físicas e naturais e treinamentobetano odesenvolvimento profissional e gerencial foi abertabetano omarço de 2009 e fechadabetano ofevereiro de 2019, segundo consta no site da Receita Federal.

Em 1990, fundou o Grupo Clínicas Oncológicas Integradas (COI), sendo seu presidente até 2018 —betano o2015, a empresa foi comprada pela UHG/Amil.

Também foi fundador — e presidente (pro bono) — do COI Instituto de Gestão, Educação e Pesquisa, organização sem fins lucrativos criadabetano o2009 para a realização de pesquisas clínicas e projetos e execução de programas de treinamento e educaçãobetano odiversas áreas do cuidado do câncer, e,betano o2016, do Medinsight - Decisõesbetano oSaúde, empresa de pesquisa e consultoriabetano oeconomia da saúde.

E, entre 2010 e 2011, Teich, que é doutorbetano oCiências da Saúde - Economia da Saúde pela Universidade de York, do Reino Unido, prestou consultoria nesta área no Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.

"O Nelson é dos principais oncologistas do país e é um grande empresário, empreendedor e gestor de saúde. Seu momento atual é de dedicação a causas públicas", diz Angélica Nogueira, diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

A médica enfatiza que ele é muito político, técnico, científico e um exímio negociador. "Numa eventual transição,betano ochegada pode ser positiva, por ser tratar de um profissional tecnicamente preparado e que poderá promover uma boa comunicação entre o Planalto e o Ministério da Saúde", acrescenta.

Mandetta entroubetano oconflito com Bolsonaro sobre as medidas adotadas na pandemia do novo coronavírus
Mandetta entroubetano oconflito com Bolsonaro sobre as medidas adotadas na pandemia do novo coronavírus
Foto: EPA / BBC News Brasil

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O que pensa Teich sobre o coronavírus

Nas últimas semanas, o oncologista tem publicado artigos na rede profissional LinkedIn sobre o coronavírus. Em um deles, intitulado "COVID-19: Histeria ou Sabedoria?", comenta sobre a polarização que tomou conta do Brasil no momento.

"A discussão sobre as estratégias e ações que foram definidas por governos, incluindo o brasileiro, para controlar a pandemia de covid-19 mostra uma polarização cada vez maior, colocando frente a frente diferentes visões dos possíveis benefícios e riscos que o isolamento, o confinamento e o fechamento de empresas e negócios podem gerar para a sociedade", escreveu.

"É como se existisse um grupo focando nas pessoas e na saúde e outro no mercado, nas empresas e no dinheiro, mas essa abordagem dividida, antagônica e talvez radical não é aquela que mais vai ajudar a sociedade a passar por esse problema", afirma, ainda, o artigo.

Presidente busca um novo nome para assumir o Ministério da Saúde
Presidente busca um novo nome para assumir o Ministério da Saúde
Foto: AFP / BBC News Brasil

Destacou ainda que "a situação do gestor de saúde é muito difícil, porque ele precisa tomar decisões duras usando informações e projeções que apresentam grande incerteza" e que "o sucesso vai depender da capacidade de colher dados críticosbetano otempo real, de incorporar e analisar essa base de dados atualizada, de ajustar as projeções quanto aos possíveis impactos das escolhas, rever as decisões e desenhar novas medidas e ações".

Em outro texto, "COVID-19: Como conduzir o Sistema de Saúde e o Brasil", salienta que o isolamento horizontal, ao contrário do que defende Bolsonaro, é a melhor estratégia para o momento.

"Diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento. Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país."

Sobre a opção difundida pelo presidente, aponta que tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema: "Como exemplo, sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem à partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela Covid-19betano ocasa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficarambetano ocasa. O ideal seria um isolamento estratégico ou inteligente".

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