conta da betano-Workaholic: ela voltou ao trabalho 1 dia após acidente e só mudou de vida ao ser demitida
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Daniela Bertoldo foi para uma reunião com 12 pontos na cabeça, e nem isso a fez trocar o estilo de vida na época; hoje é consultoraconta da betanodesenvolvimento pessoal de lideranças femininasconta da betano de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Aos 47 anos, a executiva Daniela Bertoldo dedica-se ao desenvolvimento pessoal de lideranças femininas. Hoje, a profissional mantém uma rotina equilibrada: pratica esportes, mantém alguns hobbies e prioriza a vida pessoal. Mas nem sempre foi assim. Em entrevista ao Estadão, Daniela lembra que, por 25 anos, viveu como uma verdadeira workaholic, chegando a trabalhar mais de 15 horas por dia e dormindo,conta da betanomédia, apenas três horas por noite.
Certa vez, teve um grave acidente de carro, levou 12 pontos na cabeça e foi trabalhar no dia seguinte. Nem isso a fez mudar o estilo de vida, e só mais de 10 anos depois do episódio, quando foi demitida, é que passou a ser preocupar com qualidade de vida.
Uma jornada marcada pelo vício no trabalho
Formadaconta da betanoadministração, a maior parte deconta da betanocarreira foi voltada à gestão de negóciosconta da betanograndes empresas do mundo corporativo. Daniela não sabe ao certo quando começou seu vício pelo trabalho, mas acredita que o antigo estilo de vida esteja ligado àconta da betanoorigem humilde. Crescendoconta da betanouma família com quatro irmãos, desde cedo sonhavaconta da betanoconquistar a independência financeira.
A vida pessoalconta da betanosegundo plano
O estilo de vida começava pelo seu visual. Daniela só comprava roupas de trabalho, as amizades também eram unicamente do ambiente corporativo. "Achava que aquilo era a minha vida e comecei a viver dentro daquele lugar 24 horas por dia", conta.
A profissional diz que os momentos fora do trabalho eram escassos. Antes não praticava nenhuma atividade física e não se importava com a alimentação. Dificilmente fazia alguma refeiçãoconta da betanocasa.
Ao longo de mais de duas décadas de carreira, Daniela Bertoldo passou por quatro grandes empresas. Na primeira, no setor de seguros, permaneceu por cinco anos.
Em seguida, migrou para uma corporação de cartões de benefícios, onde trabalhou por 14 anos. "Tive meu casamento, meu filho e meu divórcio nessa empresa", comenta.
Durante a licença-maternidade do filho Pedro, que nasceuconta da betano2006, ela até convocava reuniõesconta da betanocasa enquanto amamentava.
Após 25 anos no mundo corporativo, Daniela encerrou a faseconta da betanouma empresa de turismo antes de seguir como consultora e fundar seu próprio negócio.
Um acidente que deu um grande alerta
Na empresa do setor de benefíciosconta da betanoque atuou por 14 anos costumava viajar diariamente. Chegava a rodar mais de 3 mil quilômetros por mês visitando clientes no interior de São Paulo,conta da betanocidades como Campinas, Presidente Prudente, Araçatuba e na divisa do Mato Grosso.
Em casa, aos finais de semana, aproveitava para colocar os e-mailsconta da betanoordem (na época recebia mais de mil por dia), fazer apresentações para segunda-feira e realizar alguns cursos.
Em mais um dia típico de trabalho, Daniela cumpria uma agenda cheia de reuniões e visitas a clientes e bancos. Naquela noite, ficou até as 3h respondendo e-mails, dormiu apenas duas horas e acordou às 5h para pegar a estrada rumo a Campinas. Por volta das 7h, no dia 10 de novembro de 2011, sofreu um acidente de carro entre Analândia e Pirassununga.
Um homem que passava na estrada no momento do acidente socorreu Daniela e a ajudou a sair do carro. Logo depois de ser retirada, o veículo explodiu. "Ficou carbonizado", relembra ao descrever o episódioconta da betanoque saiu consciente e que resultouconta da betano12 pontos na cabeça.
Um dia após o acidente, Daniela já estavaconta da betanouma reunião de trabalho. "Tomei um banho como se nada tivesse acontecido. Botei o meu terninho e fui. Ainda cheguei pedindo desculpa por não estar elegante com a cabeça toda rachada", diz.
Nada mudou no vício de trabalho depois do acidente grave
Questionada se a partir daí algo mudouconta da betanorelação ao trabalho, a profissional afirma que não houve nenhuma diferença depois do ocorrido.
Pelo contrário, de imediato, ainda teve medo de ser demitida. Quatro anos após o acidente, veio o divórcio. "Não dava mais, era só trabalho, no pouco tempo que tinha, me dedicava ao meu filho."
Em 2018, sete anos após o acidente, decidiu pedir demissão. Mas a escolha não foi motivada por exaustão ou questões financeiras. A mudança veio pelo desafio de montar uma startup do zero.
O fim de uma era e o início de uma nova jornada
Em 2022, no auge da carreira, foi demitida devido a uma reestruturação na empresa do setor de turismo onde trabalhava.
A aflição que sentiu, conforme descreve, não tinha relação com a demissãoconta da betanosi. O sentimento de perda estava relacionado a outro fator.
"Quando depositei aquele crachá na catraca é como se tivesse perdido toda a minha identidade. Eu vi que não restava quase nada da Daniela", afirma.
Segundo a profissional, foi uma fase de desconstrução. O telefone, que antes parecia uma central de emergência, de repente ficou silencioso.
Quando saiu da empresa,conta da betanomenos de 24 horas, o telefone tocou apenas três vezes. As ligações eram do filho, da ajudante do lar e da mãe.
Ela admite que desde o acidente até o momentoconta da betanoque entregou o crachá, nunca havia parado para refletir sobre o que aconteceu.
"A primeira coisaconta da betanoque pensei ao sair do mundo corporativo foi justamente no acidente, que até então eu nunca tinha digerido ou enfrentado."
As consequências da priorização excessiva do trabalho
Há dois anos, Daniela Bertoldo fundou o Instituto Bert, com serviços personalizados para lideranças femininas. Também criou o "Projeto Grandes Mulheres do Interior" e escreveu o livro "Mulheres que Lideram Jogam Juntas".
O conselho para todas é claro: negligenciar a vida pessoal cobra um preço muito alto. A profissional pondera que ainda trabalha bastante.
No entanto a vida não se resume a trabalho. "Tenho amigas, um relacionamento, pratico atividade física, cuido da alimentação. Minha vida deu uma virada."
A consultora avalia que construir uma carreira enquanto ignora a vida pessoal tem consequências. Isso porque as empresas exigem resultados e, se a pessoa adoecer, não poderá entregar o que esperam.
Com isso, será substituída, "seja por reestruturação, falta de caixa ou qualquer outro motivo. A reconstrução depois de um colapso é muito mais difícil do que a construção inicial."
Conselhos para lideranças femininas
Para mulheresconta da betanocargos de liderança, estes são os principais conselhos de Daniela Bertoldo:
- Não negligencieconta da betanovida pessoalconta da betanonome da carreira. Uma coisa reflete na outra. Se você negligenciarconta da betanosaúde e adoecer, a empresa não ficará com você. As empresas querem pessoas saudáveis, que produzem.
- Se deseja continuar no topo, é fundamental cuidar de si mesma antes de cuidar dos outros. Como dizem nas instruções de segurança dos aviões:conta da betanocaso de problemas, coloque a máscara de oxigênioconta da betanosi antes de ajudar quem está ao seu lado. Se você não se cuidar, não poderá cuidar daconta da betanocarreira, dos seus negócios e dos seus relacionamentos.
- Em vez de esperar pela reconstrução, concentre-seconta da betanoconstruir a vida que você quer agora para se tornar quem deseja ser no futuro.