esporte clube xv de novembro-Minori: a 'obra de arte viva' que inventou um novo estilo de moda no Japão
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Aos 26 anos, artista japonesa chama a atenção com figurino peculiar - ela combina maquiagem branca com roupas antigas.esporte clube xv de novembro de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Uma artista japonesa conquistou uma legião de fãs de diversos países após criar, há oito anos, um estilo de moda peculiar.
Para compor os figurinos, Minori combina a maquiagem Shironuri (que significa "pintado de branco") com roupas antigas.
Ao usar o corpo como "tela", ela se tornou essencialmente uma "obra de arte viva" - eesporte clube xv de novembroarte sempre é captadaesporte clube xv de novembrofotos.
A expressão criativa da artista inspirou outras jovens mulheres a adotarem o visual.
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Dama de brancoMinori tem 26 anos e viveesporte clube xv de novembroTóquio. A maquiagem branca proporciona à artista certo anonimato - apenas amigos próximos e familiares conhecemesporte clube xv de novembroreal identidade, o que significa que quando ela não está usando o figurino vintage, pode aproveitaresporte clube xv de novembrovida privada longe dos olhares curiosos.
Na adolescência, ela era só mais uma das diversas jovens que frequentavam a região de Harajuku, um distrito de Shibuya,esporte clube xv de novembroTóquio, onde as pessoas vão para serem vistas, usando roupas extravagantes e muitas vezes chocantes.
No passado, ela costumava usar roupas no estilo Lolita Gótica Elegante, mas com o passar do tempo, achou que o figurino não combinava com ela.
"Sempre senti algum desconforto com a cor da minha pele, e a maquiagem não combinava com as minhas roupas", diz ela à BBC.
"Uma vez pintei meu rosto de branco, então pude fazer meu rosto a partir da minha imaginação. Me senti maravilhosa. Aí pensei: 'É isso!'", lembra.
No Japão, a tradição das maquiagens brancas data de tempos medievais.
Entre os séculos 9 e 11, conhecido como Período Heian, homens de famílias aristocratas pintavam os rostos para marcaresporte clube xv de novembroposição social.
A moda foi adotada posteriormente por mulheres, no século 17, quando as gueixas - que entretinham homens das classes mais altas - começaram a aparecer.
Foi então, durante a era Showa (1926 a 1989), que a palavra "Shironuri" surgiu pela primeira vez.
Inspirados pelo ultranacionalismo da época, homens e mulheres vestiam uniformes escolares tradicionais, do tipo "gakuran" e "marinheiro fuku", carregavam bandeiras de guerra do Japão e pintavam seus rostos com a maquiagem das gueixas.
Inspirações
Em vez de uma expressão política ou uma ferramenta de entretenimento, Minori transformou o Shironuriesporte clube xv de novembrouma manifestação artística, usando cílios postiços inusitados e uma maquiagem complexa que combina com os temas de suas roupas.
Ela conta que nasceuesporte clube xv de novembrouma área rural do Japão e considera a natureza como uma das principais fontes de inspiração paraesporte clube xv de novembroarte.
"O padrão de folhas caindo e troncos de árvores, o formato das flores... eu achei que seria bonito se eu combinasse a maquiagem branca com motivos como estesesporte clube xv de novembromeus trabalhos", diz a artista.
"Na época, apenas a maquiagem de gueixa estava na moda, mas eu achava muito chato. Eu realmente queria criar algo que não havia sido visto ou feito antes", completa.
Nos últimos três anos, Minori começou a comparecer a eventos de moda no Japão eesporte clube xv de novembrooutras partes do mundo, a convite de fãs que ficaram sabendo sobre seu trabalhoesporte clube xv de novembroblogs de moda.
Ela também foi convidada a participar de um documentário da atriz britânica Joanna Lumleyno Japão e de um episódio do seriado Chelsea do Netflix.
Minori acredita ser, no entanto, menos popular no Japão, onde a visão sobre o vestuário feminino ainda pode ser bastante conservadora, apesar da diversidade "fashion" observada na capital.
"Muitos japoneses acham que sou um ser estranho, mas de forma geral a resposta é mais positiva que negativa", avalia.
A família não esconde o orgulho - a mãe chegou a vender livros de fotos da filha vestindo diferentes figurinos para as amigas.
Obra de arte viva
Mas Minori não está sozinha na carreira de "obra de arte viva". No Reino Unido, o artista e estilista Daniel Lismore, de 32 anos, vem fazendo algo semelhante nos últimos 15 anos.
Ele coleciona mais de 6 mil itens, entre roupas e acessórios.
Minori diz que quer representar uma forma de "energia viva", enquanto Lismore afirma que busca despertar reaçõesesporte clube xv de novembroseus espectadores.
Apesar das diferenças entre seus trabalhos, os dois artistas já passaram por adversidades.
"Eu já fui cuspido, espancado, machucado e abusado na rua. Depois entreiesporte clube xv de novembrojatos particulares, voei ao redor do mundo e fui convidado para palácios reais. Meu trabalho foi pararesporte clube xv de novembromuseus internacionais", diz ele à BBC.
"É uma forma bem interessante de viver - é divertido e criativo, abre portas que provavelmente não se abririam para mim por outros caminhos. Mas também as fecha. É uma chance para eu mostrar minha arte."
Lismore conta que aprendeu a se sentir confortável emesporte clube xv de novembroprópria pele. E, durante encontro recente com Minori, na Frieze Art Fair,esporte clube xv de novembroLondres, pediu à jovem que continuasse comesporte clube xv de novembroarte, sem se importar com a reação dos outros.
"Há toda forma de reação, das mais positivas às mais negativas", diz Lismore, que se tornou embaixador de um programa do museu londrino Tate Modern, que ajuda jovens a visitarem centros de arte.
"Há muito medo nas pessoas. Medo do desconhecido, um medo fruto da falta de cultura", avalia.
"Muita gente não vai gostar do que você faz e não vai ser capaz de entender o que você faz. Mas as pessoas certas vão amar você pelo que você é e pelo seu trabalho."
"Todo o resto é irrelevante", completa.
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