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pokerstars celular-'Não sabia o que era ser judeu', diz sobrevivente do Holocausto que se escondeupokerstars celularconvento

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Stefan Lippmann nasceu na Alemanha e se escondeu na Bélgica por cinco anos após sobreviver a 'Noite dos Cristais'; ele foi educado como católicopokerstars celularBruxelas e pediu para ser convertido antes de viajar ao Brasil
27 jan 2025 - 07h42
(atualizado às 07h42)
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Stefan Lippmann tinha apenas três anos de idade quando homens invadiram apokerstars celularcasapokerstars celularPlauen, na Alemanha, e quebraram tudo que podiam. Se tratava da chamada "Noite dos Cristais", uma onda violenta de ataques antissemitas contra casas e negócios da comunidade judaica alemã no dia 9 de novembro de 1938.

O episódio mudou a vida de Lippman e fez com quepokerstars celularmãe optasse pela saída da Alemanha. Seu pai, Ernest Lippman, ficoupokerstars celularPlauen para terminar de vender a fábrica de cortinas da família. Ele encontraria o filho e a esposa depois que terminasse os trâmites burocráticos, mas acabou deportado para os campos de Auschwitz e foi assassinado.

Lippman passou cinco anos escondido na Bélgica. Moroupokerstars celularum convento e teve que criar um nome falso: Etiene Campenhout. "Eu sabia que era perseguido pelo fato de ser judeu, mas nem sabia o que era ser judeu", explica Lippman, que recebeu a reportagem do Estadão em seu apartamentopokerstars celularSão Paulo. "Fui educado como católico e me sentia católico, até pedi para ser convertido por um padre, mas ele se recusou porque eu era menor de idade".

Stefan Lippmann recebe a reportagem do Estadãopokerstars celularseu apartamentopokerstars celularSão Paulo
Stefan Lippmann recebe a reportagem do Estadãopokerstars celularseu apartamentopokerstars celularSão Paulo
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Ele embarcou para o Brasil compokerstars celularmãe após o fim da guerra e chegou à capital paulista com 11 anos sem passaporte. Lippman era considerado apátrida. "Mais tarde o governo alemão restituiu a cidadania alemã aos judeus, eu aceitei, mas depois decidi me naturalizar brasileiro".

Prestes a completar 90 anos, Lippmann acredita que contar apokerstars celularhistória é importante para prevenir outras situações parecidas. Por isso, ele participou no domingo, 26, do Atopokerstars celularMemória às Vítimas do Holocausto, que ocorreu na Congregação Israelita Paulista (CIP) e foi organizado pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB),pokerstars celularparceria com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP).

O ato homenageou o Dia Internacionalpokerstars celularMemória as Vitimas do Holocausto e os 80 anos da libertação do campo de concentração e extermínio de Auschwitz, ambos celebrados nesta segunda-feira, 27.

Confira trechos da entrevista:

O senhor poderia me contar um pouco dapokerstars celularhistória e como foi a Noite dos Cristais?

O que eu lembro é que quando eu tinha mais ou menos três ou quatro anos de idade, invadiram a nossa casa e quebraram tudo. Era um grupo de homens. Eles quebraram toda a louça e tudo que encontraram. Eu não tinha a menor ideia de quando isso aconteceu.

Um dia, conversei com o Marcio Pitliuk, que escreveu um livro sobre os sobreviventes e é especialistapokerstars celularHolocausto, e ele me disse que isso era com certeza a Noite dos Cristais, porque muitas casas foram invadidas e lojas foram quebradas.

A situação para os judeus na Alemanha já havia se deteriorado. No ano que eu nasci,pokerstars celular1935, foram criadas as leis antissemitas de Nuremberg. Meu pai pediu para que a minha babá, que também era judia, que me levasse para a região onde hoje é Israel. Meu tio morava lá e poderia cuidar de mim, mas a babá se recusou e foi morar no Reino Unido.

Stefan Lippmann conversa com a reportagem do Estadãopokerstars celularseu apartamento
Stefan Lippmann conversa com a reportagem do Estadãopokerstars celularseu apartamento
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Então fiquei na Alemanha por alguns anos, até que minha mãe decidiu sair depois da Noite dos Cristais. Meu pai ficou porque queria vender a fábrica de cortinas que tinhapokerstars celularPlauen e iria nos encontrar mais tarde. Nós fomos para Bruxelas, onde moramos por cinco anos.

Meu pai foi pego pelos nazistas e colocadopokerstars celularum campo de concentração na França, chamado Drancy. De lá ele foi deportado para Auschwitz e assassinado. Eu achei que ele tinha sido assassinado na França, mas descobrirmos documentos no Museu do Holocausto do Yad Vashem,pokerstars celularJerusalém, que mostraram que ele tinha ido para Auschwitz e morreu lá.

Eu só descobri essa história cinco anos atrás.

Antes disso por que o senhor acreditava que ele tinha morrido na França?

Eu só sabia que ele tinha morrido. Minha mãe casou de novo aqui no Brasil e precisava de uma certidão de óbito do meu pai. Ela arranjou a declaração de alguém que tinha dito que viu meu pai morrer na França, mas depois descobrimos que era mentira.

Eu tenho cartas que o meu pai enviou do campo de concentração na França para o irmão dele, que fugiu para Israel.

Stefan Lippmann sobreviveu a "Noite dos Cristais" e viveu clandestinamente na Bélgica antes de chegar ao Brasil
Stefan Lippmann sobreviveu a "Noite dos Cristais" e viveu clandestinamente na Bélgica antes de chegar ao Brasil
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Como foi o seu tempo na Bélgica?

Eu e minha mãe ficamos cinco anos na Bélgica durante o resto da guerra, depois da Noite dos Cristais. Morei algum tempopokerstars celularum convento católico, no meio de um grupo de crianças, algumas judias e outras não. Minha mãe trabalhava como empregada doméstica.

Fui movido de lugar várias vezes pela resistência belga, que se opunha aos nazistas. Eles me salvaram. Eu não vi minha mãe durante toda a guerra.

Tive que usar um nome falso porque meu nome verdadeiro era considerado muito judaico, então me chamei Etiene Campenhout durante o meu tempo na Bélgica. Moreipokerstars celularvários lugares, um deles era um castelo desocupado que pertencia à família real belga.

Eu sabia que era perseguido pelo fato de ser judeu, mas nem sabia o que era ser judeu porque fui educado como católico. Sabia que se descobrissem eu ia para o campo de concentração também. Mas eu cheguei a pedir para um padre me converter e ele se recusou porque eu era menor de idade.

Bem mais tarde eu descobri que posso ser considerado sobrevivente do Holocausto, porque o Memorial do Holocausto de São Paulo considera uma definição do Yad Vashem, que me coloca na lista de sobreviventes. Só comecei a ser considerado sobrevivente depois que o Marcio Pitliuk me entrevistou e publicou um livro sobre o temapokerstars celular2018.

Como foi apokerstars celularchegada no Brasil?

Minha mãe queria imigrar para os Estados Unidos, mas não conseguimos. Ela decidiu imigrar para o Brasil, mas isso também não foi fácil. O governo brasileiro só deixava que imigrantes chegassem ao país se suprissem profissões que estivessempokerstars celularfalta no Brasil. Então minha mãe fez um curso de costureira.

Me reuni novamente com a minha mãe um pouco antes de pegarmos o navio para o Brasil. No final da guerra, fui parar na casa de um abade católico que estava colaborando com uma entidade judaica para reunir crianças judias com suas famílias.

Pegamos um navio de imigrantes da França para o Brasil. Era um navio de carga e eles colocaram vários beliches no porão. O navio balançava muito, todos ficaram enjoados. Eu vomitei muito.

Chegamos no Brasilpokerstars celulardezembro de 1946. Eu tinha 11 anos na época. Estava bem bravo quando cheguei aqui porque faltou água no navio e tivemos que beber vinho. Eu era uma criança e não gostei. Meu avô e meu tio nos receberam no porto de Santos. Meus avós tinham fugido da Alemanha para cápokerstars celular1940. Lembro que quando cheguei meu avô me obrigou a beber limonada purgativa para melhorar da dor de estômago.

Stefan Lippmann, de 89 anos, mostra uma foto de um livro que contou com seu depoimento
Stefan Lippmann, de 89 anos, mostra uma foto de um livro que contou com seu depoimento
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Como foi o inicio dapokerstars celularvidapokerstars celularSão Paulo?

Meu avô alugou um quarto para minha mãe na avenida Duque de Caxias. Minha mãe trabalhava como secretária e depois passou a fazer serviços de datilografia.

Eu ficava no lar das crianças da Congregação Israelita Paulista (CIP) durante o dia e conheci uma senhora que resolveu me ensinar português. Em troca nós conversávamospokerstars celularfrancês porque ela queria melhorar o francês dela e eu falava fluentemente por conta do meu tempo na Bélgica. Fui muito ajudado pela comunidade judaica que já estava aqui, eles me providenciaram roupa e assistência médica.

Quando minha mãe casou de novo meu padrasto não queria que eu morasse na casa deles. Então eu fui colocadopokerstars celularuma pensão junto com algumas crianças no Brooklin Paulista. Eu tinha entre 12 e 13 anos.

Logo comecei a trabalhar com uma licença especial do juiz de trabalho. Passei por vários empregos, fui eletricista e ajudante de contador. Um dia meu padrasto me aceitou de volta e passei a morar com eles.

Depois optei por fazer o curso de engenharia da USP

Stefan Lippmann conversa com a reportagem do Estadãopokerstars celularSão Paulo
Stefan Lippmann conversa com a reportagem do Estadãopokerstars celularSão Paulo
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

O senhor chegou a São Paulo como apátrida. Qual passaporte tem agora?

Todos os judeus alemães perderam a cidadania. Aquipokerstars celularSão Paulo eu fui registrado como alemão porque tinha uma certidão de nascimento que provava que eu tinha nascido na Alemanha. Mais tarde o governo alemão restituiu a cidadania alemã aos judeus que pedissem. Eu cheguei a viajar para a Alemanha com meu passaporte.

Depois eu refleti que isso não me servia e busquei a naturalização brasileira. Então recebi um passaporte brasileiro e isso fez mais sentido para mim. Tentei renovar o meu passaporte alemão no consulado, mas eles pegaram uma tesoura e cortaram no meio depois que virei brasileiro. Eles não aceitavam a dupla cidadania.

Meu filho conseguiu o passaporte alemão e meu neto também, mas eu não tenho mais. Eu recebo uma indenização do governo alemão a cada três meses por conta do que aconteceu comigo no período do Holocausto.

Qual é a importância do senhor contar apokerstars celularhistória?

Eu gosto de contar a minha história para que situações deste tipo não aconteçam nunca mais.

Estadão
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Fontes de referência

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  2. show ball bingo grátis
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