cassino legalizado no brasil-Alunos e professores criam canal de notícias sobre escola
cassino legalizado no brasil
Criado para ajudar a combater a evasão escolar, projeto é liderado por estudantes que aprendem ferramentas de audiovisual na zona sul de SPcassino legalizado no brasil de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
"A primeira coisa que a gente faz é posicionar as câmeras, aí ajuda a ligar a mesa de som, microfones e depois separa as músicas”, explica o aluno Pedro Gomes, 15, sobre a produção do Game Show, uma gincana entre as turmas que é transmitida ao vivo nas redes sociais da escola estadual República do Panamá, na Vila Andrade, na zona sul de São Paulo.
O programa é um dos que compõem a TV Vale Nota, criada por professores e alunos da unidade e que possui diversas produções, como games, entrevistas e um canal próprio de notícias sobre o ambiente escolar.
O projeto, que nasceucassino legalizado no brasil2017 como revista, ganhou as telas durante a pandemia de Covid-19, como uma forma de driblar a necessidade do distanciamento social e também ajudar contra a evasão escolar.
No início de 2021, alguns alunos participavam da brincadeira direto de casa e os que não tinham acesso à internet podiam ir à escola para se conectar. Mas isso foi mudando.
“O Game Show era online, só que começamos a ter problemas com a internet e como a maioria dos alunos já estavam vindo para escola, decidimos fazer aqui”, comenta a professora de inglês Camila Camargo, que junto com o Pedro é responsável pela produção do programa.
Camila diz que um dos principais motivos para criar o projeto foi a necessidade de ajudar a coordenação pedagógica a chamar a atenção dos estudantes.
“O pessoal da secretaria e da coordenação estavam ralando para trazer os alunos para a escola, mas também vimos a necessidade de fazer algo online para quem estivessecassino legalizado no brasilcasa poder participar. A ideia era fazer essa integração e reforçar que a escola também é deles.”
Pedro, que agora está no 9º ano do ensino fundamental, aproveitou o espaço para se desenvolver. "Fiz curso de fotografia e edição de vídeo, mas não tinha usadocassino legalizado no brasillugar nenhum, e aqui na Vale Nota foi um jeito interessante de usar as minhas habilidades", conta.
Os programas são transmitidos ao vivo pelo Instagram e Facebook da escola, onde também são publicados fotos de eventos, vídeos, poemas e outras produções dos alunos.
Quando as aulas voltaram 100% presenciais,cassino legalizado no brasilmeados de agosto de 2021, os programas contavam com a participação de plateia formada por alunos de diversas classes, além de continuar com a transmissão ao vivo.
“Ouvi muita coisa boa, que muita gente adorou o Game Show principalmente por sair da sala de aula e experimentar uma coisa diferente, com música, com muita risada. Era divertido”, conta a aluna Ana Julia, 11, que já foi apresentadora da gincana online.
Antes de TV, uma revista
Localizada num bairro entre duas importantes vias da zona sul, a Avenida Carlos Caldeira Filho e a Estrada de Itapecerica, a escola estadual República do Panamá pertence à Diretoria de Ensino Região Sul 2 e atende cerca de 1.500 estudantes de ensino fundamental e médio no último ano letivo.
Inaugurada oficialmentecassino legalizado no brasil2017, a escola recebe o nome do país vizinho a partir de uma parceria entre as secretarias de educação das capitais de países latino-americanos. A direção da escola contou à Agência Mural que esse projeto não existe mais.
No anocassino legalizado no brasilque a escola completava uma década, o diretor se reuniu com alunos e professores para criar a Revista Vale Nota, publicação feita 100% pelo grupo, com artigos, poemas, reportagens e ensaio fotográfico.
Desde então o projeto é conhecido pela comunidade escolar e teve duas edições impressas da revista, posts no blog e nas redes sociais até que no início de 2021 foi criada a TV Vale Nota, inspirado no histórico de produções midiáticas da escola.
Além da professora Camila Camargo, apresentada no início da reportagem, outros dois professores também ajudaram a criar o projeto e trabalham na coordenação das atividades.
Um deles é o professor de artes Fernando Mourão, que já teve uma experiência parecida. “O diretor da escolacassino legalizado no brasilque trabalhei não gostava muito da ideia de alunos produzindo mídia, o que dificultava o nosso trabalho. Mas aqui no Panamá é diferente, a direção acredita numa pedagogia com um olhar inovador.”
A ideia que começoucassino legalizado no brasil2017 com a produção de revista, foi recriada e ganhou novas proporções a partir do trabalho extracurricular do grupo. “Aqui foi um lugar dahora pra mim trabalhar então potencializou muito a ideia, ao invés de um Game Show a gente conseguiu fazer uma TV mesmo, com uma programação mais abrangente”, comenta Fernando.
“A gente tem que acompanhar o tempo das pessoas, não o nosso. As redes sociais estão mais presentes na vida dos alunos. A TV surge para manter essa ideia de oportunidade de voz dos alunos, só quecassino legalizado no brasilmais espaços além da mídia escrita”, ressalta o professor e co-criador da TV, Rafael da Silveira, 32.
Atualmente, os alunos que participam do projeto se dividem entre a apresentação, produção e divulgação dos programas nas redes sociais. Não é exigida experiência prévia. A ideia é fortalecer a construção coletiva e oferecer uma pausa aos conteúdos curriculares que “às vezes cansam”, como analisa o professor Rafael. “O nosso amparo pedagógico aqui é mostrar para o aluno que ele pode se inserir na sociedade através da expressão artística e da comunicação”, diz.
Boas notícias
Yasmin Carvalho, 13, está no 7º ano. Ela e a amiga Letícia Silvia, 12, criaram o “Good News”, um jornal só com notícias boas para transmitir na TV Vale Nota.“Notícia ruim a gente vêcassino legalizado no brasiltodos os jornais”, diz Yasmin.
Para elas, os jornais comuns estão cheios de “notícias ruins”, como “assassinato, roubo, aumento dos preços, da inflação” e decidiram fazer algo diferente. “Não tem nenhuma má notícia no Good News. A Yasmin faz a pesquisa, o roteiro e depois passa pra mim e um outro colega apresentar”, comenta Letícia, que também está no 7º ano.
O depoimento das estudantes mostra uma insatisfação comum: crianças e adolescentes não se sentem representados no jornalismo, como aponta a jornalista e pesquisadora Juliana Doretto.
“Os adolescentes que eu entrevistei nas minhas pesquisas sempre dizem que não se sentem representados no jornalismo e não reconhecem a linguagem como algo voltada para eles e reclamam que a produção muitas vezes destaca notícias ruins”, comenta Doretto, que também é doutoracassino legalizado no brasilcomunicação com a pesquisa na área.
A pesquisadora avalia que iniciativas como a TV Vale Nota, que adotam formatos jornalísticos para divulgar suas ideias, são uma “oportunidade para que eles [os estudantes] desenvolvam uma mídia que se aproxime mais daquela que eles gostariam de consumir”.
Segundo os professores entrevistados, a escola não recebeu nenhum suporte externo para desenvolver os projetos e as atividades. As produções de programas e coberturas de eventos foram realizadas apenas com o apoio de pesquisas na internet e videoaulas.
Esse tipo de atividade extracurricular é muito comumcassino legalizado no brasiltoda a América Latina há décadas,cassino legalizado no brasilescolas e outros espaços comunitários, como aponta o jornalista e mestrecassino legalizado no brasilcomunicação Bruno Ferreira.
Segundo ele, produções midiáticas que unem educação e comunicação para ampliar as possibilidades de expressão e transformação social, foram organizadas por teóricos como educomunicação, área que estuda a influência das mídias na educação.
“Conceito que surge após a observação de grupos de comunidades rurais, vulneráveis, latinoamericanos que se reuniam e dialogavam sobre processos que poderiam ser transformados através da comunicação, por meio também de articulações políticas”, explica.
“Se os professores fazem isso com a intenção de que os alunos criem mídias de uma maneira colaborativa, refletindo criticamente sobre o que produzem, estão fazendo educomunicação”, conta Bruno. Ele complementa que “conhecer esse conceito pode favorecer o aperfeiçoamento dessa prática”.
“A gente precisa ouví-los, tentar atender suas demandas e então oferecer um jornalismo que elas nem saibam que precisam”, finaliza Doretto.