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Após meses de espera e muita especulação, "Ainda Estou Aqui" enfim entraestrela bet pixcartaz nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (07). Acompanhado da promessa de levar o Brasil ao Oscar, o novo filme de Walter Salles conta a história real da família Paiva após o desaparecimento do engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileiraestrela bet pixjaneiro de 1971.
O filme já rodou festivais internacionais desde a vitória como melhor roteiro no Festival de Veneza, e é o representante brasileiro na corrida pelo prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. A ótima recepção mundo afora vem se repetindoestrela bet pixterritório nacional desde as primeiras exibições, e a notícia traz uma sensação de alívio para Fernanda Torres, que temia justamente o contrário.
PublicidadeA atriz interpreta a protagonista Eunice Paiva, esposa de Rubens e mãe de cinco filhos que precisa assumir as rédeas da família após o desaparecimento do marido. O filme mostra o quanto Eunice faz tudo isso de forma extremamente resiliente, a fim de preservar a identidade e a inocência das crianças, enquanto segue sem uma resposta digna sobre o paradeiro de Rubens.
Para Torres, lançar o filme no Brasil é como "tirar a prova" da eficiência da mensagem, já que ela mesma teve medo de o filme não ser compreendido. "Quando eu vi pela primeira vez, na sala de edição, a primeira coisa que me assustou foi que eu achei que não parecia comigo", confessa,estrela bet pixentrevista coletiva. "Fui olhando todas as atuações e falando: 'Nossa, que coisa honesta! Essa reação foi honesta!' E aí teve uma hora que eu comecei a chorar."
Segundo Fernanda, o choro veio acompanhado de certa insegurança relacionada às decisões feitas na montagem, que diferem o filme amplamente de outras obras audiovisuais que partem de reconstruções históricas e costumam detalhar de forma didática as questões históricas e jurídicas do período.
"O Walter cortou todas as informações sobre por que ele foi preso, o que estava acontecendo, qual era a questão política. Eram mínimas as informações. Aí e chorava e pensava: 'Será que alguém vai entender?"
Fernanda Torres, sobre 'Ainda Estou Aqui'.
Para ela, a surpresa é, de fato, ver a intensidade da boa recepção. Mas a atriz entende que tudo isso está calcado na própria direção do filme. "Primeiro, o Walter te põe dentro dessa família, e você fala: 'Que pessoas extraordinárias, que sociedade bacana! Eu quero ser amigo dessa gente'. E, de repente, ele tira isso de você. E você sente, independente do seu credo, daestrela bet pixcrença política, que aquilo foi um gesto arbitrário, porque aquelas pessoas não mereciam."
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