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RIO - O vice-presidente Hamilton Mourão classificou como "surreal" a forma como as notícias sobre incêndios na Amazônia são divulgadas. "Segundo os dados de 26 de agosto, existem 24 mil focos de calor na Amazônia. São 24 milamong us jogo5 milhões de quilômetros quadrados, um incêndio a cada 200 quilômetros quadrados. É surreal como isso é colocado para as pessoas", afirmou Mourão, que é chefe do Conselho da Amazônia, grupo criado pelo governo federal para combater a destruição da floresta e incentivar atividades ecologicamente corretas. "E 17% desses incêndios são legais. Sabemos muito bem onde estão ocorrendo (os incêndios ilegais)."
As afirmações foram feitas durante o webinar "Brasil: Futuro Econômico", promovido pela Federação das Câmaras de Comércio Exterior, Confederação Nacional do Comércio (CNC) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
PublicidadeQuestionado sobre comércio exterior, ele disse queem função da pandemia de covid-19, o ambiente de negócios está mudando e o Brasil precisa aproveitar a chance para ampliar seus mercados: "A participação do Brasil no comércio (mundial) é muito pequena, cerca de 1%. Temos uma imagem ainda abalada por preconceitos, mas é hora do País se posicionar melhor nas cadeias de comércio." Segundo ele, o que importa é o resultado comercial, não "a orientação ideológica" do parceiro.
Mourão citou a crise econômica vivida pela Argentina, principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul, e disse que o acordo econômico entre Mercosul e União Europeia "começa a fazer água". Por isso, segundo ele, é importante que o Brasil mantenha canais diretos de negociação com a União Europeia.
"O Brasil tem um relacionamento muito bom com a Alemanha", garantiu, afirmando que a imprensa causou "ruído" ao tratar da postura da premiê alemã Angela Merkel. "(Há) pouco tempo a imprensa falou que a Angela Merkel teria dito que o acordo estaria sob judice, mas na realidade ela foi cobrada pela ativista ambiental Greta Thunberg e resolveu não fazer nenhum comentário a respeito. Mas o que já se publica na imprensa no Brasil é algo totalmente diferente do que está acontecendo na realidade", criticou.
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