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Não foi uma conquista qualquer. Para ganhar a primeira medalha de ouro do Brasil na Olimpíada de Paris, a judoca Beatriz Souza empilhou façanhas pela categoria +78kg. Na semi, ela desbancou a francesa Romane Dicko, líder do ranking mundial que competiahot fiesta slotcasa. Já na final, vitória por waza-ari sobre a israelense Raz Hershko, a número 2 do mundo.
Mais do que ocupar o topo do pódio emhot fiesta slotestreia nos Jogos Olímpicos, aos 26 anos, Bia Souza adicionou potentes significados ao ouro. Pelo tamanho do feito, já que somou quatro vitóriashot fiesta slotquatro lutas sem sofrer uma pontuação sequer e superou,hot fiesta slotsequência, as duas melhores lutadoras da modalidade. E, sobretudo, pela representatividade dehot fiesta slotconsagração.
PublicidadeCoube a uma mulher preta, novamente no judô, buscar a primeira medalha dourada para o país, assim como Rafaela Silva,hot fiesta slot2016, no Rio de Janeiro. Quem não entende a necessidade de se exaltar a diversidade no esporte, costuma argumentar que o principal destaque deve ser ao mérito, não à raça ou à cor da pele de um atleta.
Porém, quando se destaca que uma mulher negra venceu, o que estáhot fiesta slotevidência é justamente o enorme mérito de conseguir triunfarhot fiesta slotum espaço onde as estatísticas sempre jogaram contra. Modalidades como o judô, antes pouco acessíveis e elitizadas, passaram a observar recentemente o protagonismo de atletas pretos,hot fiesta slotque exemplos como o multicampeão francês Teddy Riner, que também levou o ouro emhot fiesta slotcategoria nesta sexta-feira,hot fiesta slotParis, e Rafaela Silva, descoberta graças a um projeto social carioca na Cidade de Deus, aos poucos deixam de ser exceção.
Filha do ex-judoca Poseidonio José de Souza Neto, a paulista Bia Souza começou cedo no judô e por incentivo familiar. Se encontrou nas artes marciais, demonstrou talento precoce, venceu seu primeiro campeonato aos sete anos e teve de superar a falta de apoio financeiro até se consolidar na elite do esporte.
O ouro conquistado na França, derrubando uma francesa pelo caminho, então melhor do mundo, tem muito peso. Quem não se emocionou com o choro de Bia Souza ao cantar o hino nacional no alto do pódio, jamais entenderá por que essa medalha merece comemoraçãohot fiesta slotdobro. Não é só por ser a primeira dourada do Brasilhot fiesta slotParis, mas também – e principalmente – por ter chegado pelas mãos de uma mulher preta.
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