como apostar na final da copa do mundo-AGU defende tratamento digno a mulheres vítimas de violência sexual

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Órgão quer impedir desqualificação moral das denunciantes
24 jan 2024 - 09h26
AGU defende tratamento digno a mulheres vítimas de violência sexual
AGU defende tratamento digno a mulheres vítimas de violência sexual
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira (23) no Supremo Tribunal Federal (STF) a procedência da ação que pretende garantir que vítimas de crimes sexuais sejam tratadas de forma digna durante a tramitação de processos.

No parecer elaborado pela Advocacia-Geral da União (AGU), Lula e o órgão se manifestaram a favor do entendimento para impedir que juízes avaliem a vida sexual pregressa da vítima. 

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A ação chegou ao Supremo no fim do ano passado por meio da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão quer impedir a desqualificação moral de mulheres que denunciam crimes sexuais.

Ao concordar com os argumentos da procuradoria, a AGU entendeu que fatos alheios à investigaçãocomo apostar na final da copa do mundocurso não podem ser avaliados contra a mulher denunciante.

"Forte no reconhecimento do direito fundamental de todas e de cada vítima de crimes contra a dignidade sexual a um tratamento dignocomo apostar na final da copa do mundotodas as esferas do Poder Público, conclui-se que é vedado às partes e a seus advogados fazerem menção à vida sexual pregressa ou ao modo de vida da vítimacomo apostar na final da copa do mundoaudiência de instrução e julgamento de crimes contra a dignidade sexual", opinou a AGU.

Mari Ferrer

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Um dos casos que motivou a ação da PGR ocorreu com a modelo e influenciadora digital Mariana Ferrer,como apostar na final da copa do mundo2018. Durante audiência na qual prestou depoimento na condição de vítima de estupro, ela foi constrangida pelo advogado do acusado. 

O episódio provocou a aprovação da Lei Mari Ferrer, norma que protege vítimas e testemunhas de constrangimentos.  

No ano passado, o juiz responsável pelo caso, Rudson Marcos, foi advertido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Edição: Aline Leal

Agência Brasil

Fontes de referência

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