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BRASÍLIA - Nova pesquisa do instituto Datafolha mostra que 66% dos brasileiros não apoiam o projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio simples. O levantamento também mostrou que 52% dos evangélicos apoiam que o acesso ao procedimento de interrupção de gravidez seja ampliado para além das situações previstasbetano aposta mínimalei.
Os que apoiam o projeto, que teve a urgência aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada, são 29%. Outros 2% se mostraram indiferentes e 4% não sabem. O Datafolha ouviu 2.021 pessoas entre os dias 17 e 19 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiabilidade é de 95%.
PublicidadeMais da maioria (56%) dos brasileiros respondeu que tomou conhecimento do projeto de lei. Outros 44% disseram que não tiveram contato com o teor da proposta, que é de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), membro da bancada evangélica e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A maior parte dos brasileiros (58%) acredita que a legislação do aborto não deve sofrer alterações ou apoia que o direito ao procedimento médico deve ser estendido para outras situações. Por outro lado, 38% defendem que o método deve ser proibidobetano aposta mínimatodas as situações. Outros 7% pensam que o procedimento deve ser feitobetano aposta mínimaqualquer cenário.
Desde que o assunto ganhou holofotes, autoridades vieram a público se posicionar sobre a atual legislação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o projeto de lei e sugeriu que o debate sobre o tema encarasse o aborto como "questão de saúde pública". Pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que mesmo se opondo a legalização do aborto, discorda do projeto apresentado pelos parlamentares. Para ela, só deve haver mudança na lei atual após amplo debate da sociedade.
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