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O desembargador Luis Cesar de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), tirou uma licença especial remunerada depois de dizer que "as mulheres estão loucas atrás de homens" durante o julgamento da menina de 12 anos que disse ser assediada por um professor.
A licença vai desta quarta-feira, 10, até 31 de julho. Durante o período, ele continuará a receber seu salário normalmente. A última informação disponível no portal da transparência do TJPR dá conta de que Espíndola recebe, mensalmente, R$ 92.673,88 líquidos. Somando todos os salários de Espíndola neste ano,como jogar na casa de apostasrenda mensal média foi de R$79.800,89. Procurado via TJPR, ele não se manifestou.
PublicidadeA menina contou que recebeu mensagens de um professor com elogios durante a aula, além dele piscar para ela a olhar de maneira maliciosa. Com medo, ela passou a se esconder no banheiro da escola. Espíndola considerou que não se passava de ego de adolescente e não concordavacomo jogar na casa de apostascondenar o acusado por não querer "estragar a vida do professor". Ao ser confrontado por outra desembargadora presente na sessão, o magistrado rebateu, dizendo que a fala da colega não se passava de alegações do "discurso feminista".
"Se vossa excelência sair na rua hojecomo jogar na casa de apostasdia, quem está assediando, quem está correndo atrás de homens, são as mulheres, porque não tem homem. Esse mercado está bem diferente. Hojecomo jogar na casa de apostasdia, essa é a realidade, as mulheres estão loucas atrás de homens, porque são muitos poucos. É só sair a noite, eu não saio muito à noite, mas eu tenho funcionárias, tenho contato com o mundo. A mulherada está louca atrás dos homens", disse Espíndola.
Na última sexta-feira, 6, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma reclamação disciplinar contra o desembargador por "discurso potencialmente preconceituoso e misóginocomo jogar na casa de apostasrelação à vítima de assédio envolvendo menor de 12 anos".
Na decisão, emitida pelo ministro Luis Felipe Salomão, ele relata não haver dúvidas da gravidade dos fatos e isso autoriza a atuação da Corregedoria Nacional de Justiça.
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