jogar na quina de são joão online-Projeto de dança coloca pessoas com deficiência no centro do palco

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Criada há dez anos, escola de dança Movimentarte tem hoje cem estudantes com Síndrome de Down; cinco bailarinos já se profissionalizaram no setor
5 ago 2022 - 05h11
(atualizado às 10h34)
 O que começou como um trabalho de conclusão de curso transformou-se no Instituto Movimentarte, uma escola de dança inclusiva, focadajogar na quina de são joão onlineensinar arte para pessoas com Síndrome de Down.
O que começou como um trabalho de conclusão de curso transformou-se no Instituto Movimentarte, uma escola de dança inclusiva, focadajogar na quina de são joão onlineensinar arte para pessoas com Síndrome de Down.
Foto: Reprodução/ Marcelo Chello

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Durante a graduaçãojogar na quina de são joão onlinedança na Universidade de Campinas (Unicamp), a então estudante Flora Bitancourt decidiu que criaria um projeto para colocar as pessoas para dançar, independentemente de dificuldades, diferenças ou deficiências. O que começou como um trabalho de conclusão de curso transformou-se no Instituto Movimentarte, uma escola de dança inclusiva, focadajogar na quina de são joão onlineensinar arte para pessoas com Síndrome de Down. "O que me fez criar o Movimentarte não foi a sensação de estar ajudando, mas a sensação de aprender o tempo todo com eles", afirma.

Projeto foi idealizado por Flora Bitancourt atende atualmente 100 alunos com Síndrome de Down. Expectativa do projeto é chegar a 500 estudantes.
Foto: Reprodução/Marcelo Chello

Flora explica que a ideia do projeto nasceu durante um intercâmbiojogar na quina de são joão onlinePortugal. Na ocasião, a então universitária teve seu primeiro contato com o conceito de dançaterapia na Universidade de Lisboa. De volta ao Brasil, ela desenvolveu seu trabalho de conclusão de curso aplicando a teoria à realidade de pessoas com deficiência no País.

A professora de dança conta quejogar na quina de são joão onlineligação inicial com o universo das pessoas com Síndrome de Down se deu por um primo de terceiro grau, o que acabou direcionandojogar na quina de são joão onlineatuação nos anos seguintes - apesar de o projeto ser aberto para todas as pessoas com deficiência. No início,jogar na quina de são joão online2012, o projeto de dança começou com apenas cinco alunos, hoje instituição atende cerca de 100 crianças, adolescentes e adultos.

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Atualmente, o Movimentarte angaria os cerca de R$ 60 mil mensais necessários àjogar na quina de são joão onlineoperação por meio de parcerias com empresas privadas e de doações de pessoas físicas. "O que nós queremos é continuar dançando e transformando a realidade das pessoas", enfatiza.

Da socialização à profissionalização

Com o passar dos anos, o projeto cresceu, virou uma ONG e se transformoujogar na quina de são joão onlineum polo de formação profissional. Após se apresentar com os alunosjogar na quina de são joão onlinefestivais internacionais de dançajogar na quina de são joão onlinePortugal, no Chile e na Áustria, a professora percebeu a evolução técnica do grupo quis inscrevê-lo para solicitar o registro profissionais na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), algo essencial para o trabalho remunerado com arte no País.

Depois de 10 anos, projeto vai se transformar na Casa de Cultura Movimentarte, com aulas de teatro, dança e canto para pessoas com e sem deficiência. Foto: Marcelo Chello/Estadão

"Quando eu fiz as inscrições eu não coloquei que eles eram bailarinos com Síndrome de Down. A banca avaliadora descobriu apenas na hora das apresentações das coreografias", lembra. "Eu queria que eles fossem vistos como artistas dentro da cultura brasileira, não com um olhar de assistencialismo".

Atualmente, a Movimentarte tem cinco artistas com registro profissional aptos para atuarjogar na quina de são joão onlinepeças de teatro, filmes, musicais, espetáculos de dança e comerciais. Segundo a professora de dança, a formação completa do artista na instituição para se atingir o nível técnico necessário para solicitar o DRT pode durar até cinco anos.

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Próximo ato

Depois de trilhar um caminho como trabalho universitário, projeto social e ONG, Flora se prepara para o seu próximo ato nos palcos: o lançamento da Casa de Cultura Movimentarte. Além do curso de dança, nova fase do programa também oferecerá aulas de teatro, teatro musical e artes para todas as pessoas. "A convivência com a diversidade gera ganhos para todo mundo. O que nós queremos é integrar pessoas com e sem deficiência através da arte", diz. A fundadora agora quer chegar à marca de 500 bailarinos.

Para Simone Freire, do Movimento Web Para Todos (MWPT), o processo de inclusão de pessoas com deficiência precisar passar por todas as áreas da sociedade, incluindo educação, mercado de trabalho e arte. "Antes de ter uma deficiência, esses alunos são pessoas que têm direito à arte e à diversão", avalia Simone. "Esse tipo de iniciativa é essencial para desconstruir cenários de capacitismo e desmistificar vieses inconscientes de que as pessoas são limitadas a partir de suas deficiências".

Para arcar com os cerca de R$ 60 mil reais, projeto criado por Flora precisa de apoio de empresas privadas e doações de pessoas físicas. Foto: Marcelo Chello/Estadão

Fontes de referência

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