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O governo do Estado de São Paulo garantirá os recursos para que 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac e que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan estejam disponíveis no Brasil no ano que vem, mesmo que não haja acordo com o governo federal sobre o imunizante, disse o governador João Doria (PSDB) nesta quarta-feira.
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, Doria disse ainda que São Paulo pretende também fornecer a vacina, batizada de CoronaVac, a outros Estados que a quiserem.
PublicidadeEntretanto, tanto o governador quanto o secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, e o presidente do Butantan, Dimas Covas, afirmaram que o ideal é que se chegue a um acordo com o governo do presidente Jair Bolsonaro para que a CoronaVac seja disponibilizada a todo o país por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde.
"A resposta é sim", disse o governador quando indagado se o governo de São Paulo garantirá o financiamento para se chegar a 100 milhões de doses da CoronaVac, na falta de uma acerto com o governo federal.
"O ideal é que façamos o rito dos últimos 50 anos: sistema nacional de imunização, aquisição e distribuição da vacina pelo Ministério da Saúde. Continuamos convictos de que essa é a melhor opção. Mas se houver uma negativa por razões de ordem política ou ideológica do governo federal, São Paulo --mediante aprovação da Anvisa-- comprará a vacina, distribuirá a vacina e disponibilizará para todos os governos estaduais que desejarem."
Na semana passada, Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e revogou decisão que havia sido tomado por ele de incluir a CoronaVac no PNI e adquirir doses da vacina, uma vez que ela obtivesse registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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