Investigação da Polícia Federal (PF) identificou que o ministro Alexandre de Moraes era monitorado por Marcelo Câmara e Mauro Cid e se refiram ao ministro pelo codinome 'professora'. Câmara e Cid integravam um núcleo de inteligência paralela com o objetivo de coletar dados e informações para auxiliar na consumação de um Golpe de Estado por Jair Bolsonaro.
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Marcelo Costa Câmara, assessor de Jair Bolsonaro (PL), e Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente, usavam o codinome 'professora' para se referir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O 'apelido' foi descobertocomo apostar copa do mundoinvestigação da Polícia Federal (PF) que deflagrou a operação Tempus Veritatis e prendeu quatro aliados do ex-presidente nesta quinta-feira, 8.
Segundo a investigação, Câmara, que foi preso pela PF hoje, foi responsável por uma operação de monitoramento de Moraes, que tinha elaborar planos para um golpe de Estado. “A investigação constatou que os deslocamentos entre Brasília e São Paulo do ministro Alexandre de Moraes são coincidentes com os da pessoa que estava sendo monitorada e acompanhada pelo grupo [...] Assim, o termo 'professora' utilizado por Mauro Cid e Marcelo Câmara seria um codinome para a ação que tinha o Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como alvo”, diz trecho da decisão assinada pelo ministro relator da investigação, Alexandre de Moraes.
PublicidadeSegundo a PF, Câmara e Cid integravam um núcleo de inteligência paralela. O objetivo era coletar dados e informações para auxiliar "a tomada de decisões do então Presidente da República JAIR BOLSONARO na consumação do Golpe de Estado", após a derrota nas eleições de 2022. O general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também fazia parte do grupo.
Operação Tempus Veritatis
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 8, uma operação que mira aliados militares ou políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os alvos de buscas, estão o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou que Bolsonaro entregue o passaportecomo apostar copa do mundoaté 24 horas.
Foram presos na operação, conforme apuração do Terra, Filipe Martins (ex-assessor especial de Bolsonaro), Marcelo Câmara (coronel do Exército citadocomo apostar copa do mundoinvestigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família do ex-presidente), Rafael Martins (major das Forças Especiais do Exército) e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
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