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Um dos expoentes da chamada ala ideológica do governo, Filipe Martins, de 31 anos, foi promovido pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (8) e se tornou assessor chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais. A mudança de status foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Antes, Martins tinha o cargo assessor adjunto na mesma área, atualmente ligada à Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE). Com a mudança, Martins, ex-aluno do escritor Olavo de Carvalho, ganha mais autonomia e espaço político no momentosite de jogos de cassinoque cresce movimentos contrários ao governo.
PublicidadeA tendência é que o assessor passe a opinar além dos temas internacionais e ser presença constante ao lado de Bolsonaro, que tem cobrado posicionamento político mais duro de integrantes do governo como reação às críticas. Na última quinta-feira, 4, Martins participou da transmissão ao vivo semanal nas redes sociais do presidente, na qual fez críticas aos movimentos pró-democracia.
Na live, o assessor disse que os "antifas" (movimentos antifacistas) não passam de "black blocks" com outro nome. No vídeo, Martins disse que o "fascismo é o oposto" do governo Bolsonaro. "É o exato oposto daquilo que o senhor defende. Eles usam como terminologia apenas num truque linguístico, um ardil que eles têm pra tapear as pessoas que estão olhando, para se dizerem favoráveis à democracia", disse.
A ascensão de Martins no Palácio de Planalto também coincide com a intensificação da cobrança de Bolsonaro para que seus subordinados se alinhem ideologicamente. Na reunião ministerial do dia 22 de abril, o presidente exigiu que o primeiro escalão defendesse o governo.
Na ocasião, disse que os auxiliares deveriam seguir o exemplo do ministro Educação, Abraham Weintraub, mas de "forma mais educada um pouquinho." Foi nesta reunião que Weintraub disse que colocaria "todos os vagabundos na cadeia", começando pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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