ituano e grêmio palpite-Deputados escapam de investigações de 'rachadinhas' há anos

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Políticos foram investigadosituano e grêmio palpiterazão da práticaituano e grêmio palpiteAssembleias Legislativas nos últimos 5 anos; nenhum foi condenado pela Justiça
11 mar 2021 - 10h11
(atualizado às 10h18)

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Oito Assembleias Legislativas estaduais do País têm 43 deputados e ex-deputados investigados sob a acusação de fazer rachadinhaituano e grêmio palpiteseus gabinetes. Ao todo, as fraudes teriam causado um prejuízo de R$ 474 milhões aos cofres públicos. As suspeitas envolvem os parlamentos de Acre, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio, Rondônia e São Paulo.

Algumas dessas investigações se arrastam há uma década sem que nenhum deputado tenha sido punido. Ao todo, há nove casosituano e grêmio palpiteandamento, sem uma única sentença com trânsitoituano e grêmio palpitejulgado. Outros dois foram arquivados por falta de provas envolvendo dois deputados do PSL paulista e dois do PT e do PSB do Rio já arquivados.

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O Estado com mais políticos investigados é o Rio, com 19. Logo atrás vem Alagoas, com 12 - casosituano e grêmio palpiteque os acusados, entre eles o atual presidente da Câmara, Arthur Lira, foram absolvidos, mas tramita recurso do MP. Ao todo o esquema teria desviado R$ 254 milhões. A forma de livrar o presidente da Câmara de processo foi a Justiça considerar ilegais as provas obtidas pelo MP, como fez o Superior Tribunal de Justiça para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O plenário da Assembleia Legislativa do Rio
O plenário da Assembleia Legislativa do Rio
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil / Estadão

Segundo o promotor de Justiça Paulo Destro, um dos principais obstáculos para a investigação das rachadinhas é o pacto de silêncio entre quem paga - o político - e quem é contratado. Isso porque o funcionário fantasma sempre tem alguma vantagem, ainda que repasse a maior parte do salário ao político. Destro trabalha na Promotoria de Defesa do Patrimônio de São Paulo e instaurou inquérito há um mês contra a deputada estadual Letícia Aguiar (PSL).

Na maioria das vezes, afirma o promotor, os funcionários nem mesmo aparecem nos gabinetes. "Temos fotos que mostram, segundo o denunciante, funcionários que deveriam estar no gabinete, fazendo campanha para aliados políticosituano e grêmio palpiteSão José dos Campos", contou. A parlamentar diz ser alvo de perseguição política do PSDB. Em São Paulo, a maioria dos casos de rachadinhas foi apurada como improbidade administrativa. Um dos casos apura a suspeita envolvendo o deputado Edmir Chedid (DEM) - que afirmou, via assessoria, não ser alvo do inquérito.

Como punir. Na esfera penal, segundo o criminalista Francisco Monteiro Rocha Júnior, há nos casos duas formas de punição. "Uma é o peculato, a apropriação indébita de valores e bens. A depender da situação, pode-se enquadrar como concussão, mas aí é preciso comprovar a exigência dos repasses", explicou o advogado, que é professor de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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Foi a acusação de peculato que o MP resolveu apresentar contra o ex-governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PSD). O crime teria acontecido quando ele era presidente da Assembleia local, entre 2008 e 2010. Os desvios nesse período somam R$ 3,7 milhões, obtidos com a inclusão de funcionários fantasmas na folha de pagamento. Eles repassavam a maior parte dos salários para Robinson, que é pai do ministro das Comunicações, Fábio Faria. Em outro caso, ele e o deputado Ricardo Motta são acusados de desviar R$ 1,1 milhão. As defesas dos dois não se manifestaram.

Além desses casos, o STF analisa mais dois. O primeiro envolve o ex-deputado Lúcio Vieira Lima e o ex-ministro Geddel Vieira Lima; o segundo, o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM). Ao Estadão, Câmara negou as acusações. "Não existe uma só testemunha contra mim. Confio que serei absolvido."

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Vereadores de MG, RS, PR e SP foram acusados e presos

Se a regra entre os deputados é a ausência de condenações por rachadinha, o mesmo não acontece com os vereadores. O Estadão encontrou casos com condenações de vereadores nas cidades de Hortolândia (SP), Itabira (MG), Foz do Iguaçu (PR) e Santa Cruz (RS). Houve ainda prisõesituano e grêmio palpiteCuritiba e Cianorte (PR) e um vereador cassadoituano e grêmio palpiteBelo Horizonte. Há outros casosituano e grêmio palpiteapuração no Rio eituano e grêmio palpiteSanta Catarina.

Uma dessas investigações envolveu um flagrante - fato raro - que levou à prisão,ituano e grêmio palpite2019, do vereador Paulo Henrique Lersch, na época filiado ao PT, que confessou crime e foi condenadoituano e grêmio palpiteSanta Cruz. Além dele, outros três vereadores, todos do PSD, foram acusados pelo Ministério Público gaúcho.

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Segundo o promotor Érico Fernando Barin, após uma assessora do petista confirmar a rachadinha, a promotoria monitorou a entrega do dinheiro. No dia do pagamento, ela sacou o salário no caixa eletrônico e o entregou à mãe do vereador. "Eles ofereciam emprego a pessoas de baixa renda, que estavam desempregadas, e o discurso era de que, se eleitos, lhes conseguiriam um emprego." / COLABORARAN ALISSON DE CASTRO, ANGELO SFAIR, RICARDO ARAÚJO, LEONARDO AUGUSTO e EDUARDO AMARAL, ESPECIAIS PARA O ESTADÃO


Fontes de referência

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