Foi registrada como aplicada no dia 19 de julho de 2021 uma dose única da JanssensitedeapostaJair Bolsonaro. A data de inserção no sistema foisitedeaposta14 de dezembro de 2021. Tudo teria ocorrido na Unidade Básica de Saúde Parque Peruche, na zona norte de São Paulo. Dados da suposta carteira de vacinação de Bolsonaro vazaram no início deste ano.
Ao tomar conhecimento do registro, no dia 9 de janeiro, representantes da Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Paulo registraram um boletim de ocorrência por falsidade ideológica. No documento, obtido pelo Terra, consta que o lote da vacina registrada não foi recebido pelo município, assim como a profissional que supostamente teria aplicado a dose nunca trabalhou na unidade de saúdesitedeapostaquestão.
Além disso, a Prefeitura de São Paulo chama a atenção para o email lula@gmail.com cadastrado na ficha do responsável que subiu os supostos dados da vacina de Bolsonaro nos sistemas do governo. A data de aplicação apontada também reafirmou suspeitas de se tratar de um ato criminoso, por ter sido no diasitedeapostaque Bolsonaro recebeu alta de um hospital privadositedeapostaSão Paulo, após ter sido internado por conta de uma obstrução intestinal.
A adulteração no cartão de vacinação de Jair Bolsonaro feitasitedeapostaSão Paulo é investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU), assim como os casos do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, eles acompanham a ocorrência desde os últimos dias do governo Bolsonaro.
Estas informações foram compartilhadas com a Polícia Federal, subsidiando a Operação Venire, deflagrada na quarta-feira, 3. No relatório da PF sobre a operação, que teve seu sigilo retirado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não há informações sobre o registro de São Paulo.
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Em nota, o Ministério da Saúde afirma que todas informações inseridas no sistema de registro de imunizações do SUS são rastreáveis e feitas mediante cadastro. Segundo a pasta, não há relato de invasão externa, feita sem cadastro, ao sistema.
• Max Guilherme, ex-sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e segurança do ex-presidente;
• Sergio Cordeiro, militar do Exército Brasileiro e também segurança de Bolsonaro;
• Luís Marcos dos Reis, sargento do exército que foi assessor de Bolsonaro e trabalhou com o ajudante de ordens Mauro Cid;
• João Carlos de Souza Brecha, secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ);
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• Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército que se candidatou pelo PL à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na última eleição.
Também foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços alvo, estão o do ex-chefe do Executivo. No local, a PF apreendeu o celular dele; o da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro teria sido poupado. A investigação apura a falsificação de dados das seguintes carteiras de vacinação:
• Jair Bolsonaro;
• Laura Bolsonaro, filha do ex-presidente;
• Mauro Cid, além da mulher e filha dele.
A operação foi realizadasitedeapostaBrasília e no Rio de Janeiro. Conforme a PF, os dados falsos foram supostamente inseridos, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. O objetivo era burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelo Brasil e Estados Unidos.
"O objetivo da busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro: cartão de vacina. O que eu tenho a dizer a vocês: Eu não tomei a vacina, foi uma decisão pessoal minha depois que eu li a bula da Pfizer. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado. Ela tomou a vacina nos Estados Unidos, a Janssen", declarou.
"E a outra é minha filha, eu respondo por ela, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tenho o laudo médico no tocante a isso. No resto, eu realmente fico surpreso com uma busca e apreensão com esse motivo. Eu não tenho mais nada o que falar", continuou.