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BRASÍLIA - O presidente da República, Jair Bolsonaro, decidiu interferir na composição da nova equipe do Ministério da Saúde. O presidente afirmou nesta quinta-feira, dia 16, que indicará nomes ao novo ministro, o oncologista Nelson Teich, nomeado para substituir o ortopedista e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM), após semanas de divergências entre eles.
"Ele (Teich) vai nomear boas pessoas, eu vou indicar algumas pessoas também, porque é um ministério muito grande. Foram sugeridos nomes sim, para começar a formar um ministério que siga a orientação do presidente de ver o problema como um todo e não uma questão no particular", afirmou o presidente, na portaria do Palácio da Alvorada.
PublicidadeA interferência direta do presidente é uma mudança365bet brasilrelação à autonomia que Bolsonaro deu a Mandetta. O agora ex-ministro sempre ressaltou que compôs a equipe com nomes majoritariamente técnicos, aos quais deu também protagonismo nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus. Havia na equipe também políticos de carreira na assessoria de ministro, como os ex-deputados José Carlos Aleluia e Abelardo Lupion, ambos do Democratas.
Bolsonaro confirmou que haverá trocas de boa parte da equipe montada por Mandetta, mas elogiou os quadros e afirmou que haverá colaboração na transição.
"A gente troca para não continuar a mesma coisa. Foi uma conversa muito saudável com o Mandetta, ele vai colaborar365bet brasiltudo, tenho só a agradecê-lo", afirmou. "O ministério começa a receber gente nova já amanhã. Não estamos com pressa de demitir, não. O ministério é dele (Teich), nosso, do Brasil, alguns nomes serão trocados com toda certeza. Muita gente vai sair com Mandetta, eles falaram na entrevista 'chegamos juntos e saímos juntos'. Tem gente excepcional naquele ministério".
O presidente não quis dizer quem vai indicar. Ele tergiversou, por exemplo, quando foi questionado especificamente sobre o deputado e ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS), que foi cotado para o cargo de ministro e faz uma defesa enfática nas redes sociais das opiniões do presidente, contrárias ao que vem sendo recomendado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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