bônus aviator sem depósito-Cirurgia de câncer é 140% mais letalbônus aviator sem depósitopaciente com covid

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Estudo global feito com mais de 140 mil pacientesbônus aviator sem depósito116 países sugere uma espera de pelo menos sete semanas após a infecção para a realização de cirurgias eletivas
17 mar 2021 - 05h10
(atualizado às 07h33)

Cirurgias para a retirada de tumores realizadasbônus aviator sem depósitomenos de sete semanas após o diagnóstico de covid-19 tiveram um risco de mortalidade aumentadobônus aviator sem depósitoao menos 140% passados 30 dias após a operação. É o que revela um estudo multicêntrico, realizadobônus aviator sem depósito116 países, entre eles o Brasil, que mensurou mais uma das consequências da pandemia do coronavírus.

Sala de emergência lotada do Hospital Conceiçãobônus aviator sem depósitoPorto Alegre
11/03/2021
REUTERS/Diego Vara
Sala de emergência lotada do Hospital Conceiçãobônus aviator sem depósitoPorto Alegre 11/03/2021 REUTERS/Diego Vara
Foto: Reuters

O trabalho, publicado na revista científica Anaesthesia na semana passada, tinha como objetivo determinar por quanto tempo idealmente é possível atrasar uma cirurgiabônus aviator sem depósitopacientes com câncer que foram infectados pelo Sars-CoV-2.

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Os pesquisadores, ligados ao COVIDSurg Collaborative, com financiamento do Instituto Nacional de Pesquisabônus aviator sem depósitoSaúde, do Reino Unido, avaliaram o que ocorreu com pouco mais de 140 mil pacientes de câncer que passaram por cirurgiabônus aviator sem depósitooutubro do ano passadobônus aviator sem depósitovárias partes do mundo. Do total, 3.127 pacientes (2,2%) tinham recebido o diagnóstico de covid-19 algumas semanas antes do procedimento.

Nas pessoas que não tiveram covid-19, a mortalidade média foi de 1,5% no período de 30 dias após a cirurgia - dentro do considerado normal para esse tipo de procedimento. Entre os que tinham se infectado, porém, a mortalidade foi tanto maior quanto mais perto do diagnóstico de covid-19 foi feita a cirurgia, assim como também foram maiores os riscos de complicações pulmonares.

Em até duas semanas após o diagnóstico da infecção com o coronavírus, a taxa de mortalidade subiu para 4,1%; entre três e quatro semanas foi de 3,9%; e entre cinco e seis semanas, de 3,6%. Em comparação com a linha de base, o tempo da cirurgia representou, respectivamente, um aumento do risco de morte de 173%, 160% e 140%.

Somente nas cirurgias realizadas após setes semanas ou mais do diagnóstico é que o risco de mortalidade voltou a se assemelhar à de quem não teve a infecção.

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Mas se mesmo depois desse período o paciente continuasse apresentando os sintomas, a taxa de mortalidade ainda era bem maior (6%) do que para aqueles que tinham se curado mais rapidamente (2,4%) ou tinham sido assintomáticos (1,3%).

Os resultados foram similares tanto para os subgrupos de baixo risco (com menos de 70 anos, bom estado físico e pequena cirurgia) e alto risco (idade igual ou maior que 70 anos e grande cirurgia).

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Decisão de esperar

"Com esse trabalho produzimos novos conhecimentos sobre o tempo de segurança do tratamento que vão mudar a forma de cuidar desses pacientes a partir de agora", disse ao Estadão o oncologista Felipe Coimbra. Diretor do Instituto Integra Saúde e médico da área de Tumores Gastrointestinais do A.C. Camargo Cancer Center, ele foi um dos 50 pesquisadores brasileiros a colaborar com o levantamento.

O estudo traz uma base científica para orientar uma decisão que Coimbra e outros médicos do País já vinham tomando nos últimos meses. Foi o caso do representante comercial Claudio Mira Galvão, de 64 anos, que estava com uma cirurgia marcada para meados de novembro do ano passado para a retirada de tumores no fígado e na pleura, mas foi diagnosticado com covid cerca de dez dias antes.

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Como Galvão apresentou um quadro leve da infecção, os médicos, coordenados por Coimbra, sugeriram o adiamento da cirurgia para o início de dezembro - cerca de um mês após o diagnóstico. Mas perto da nova data, ele desenvolveu uma sequela ainda pior da covid-19, a síndrome neurológica de Guillain-Barré.

"Acordei com uma paralisia do lado direito do rosto. Fui para o hospital, fiz uma ressonância, comecei a fazer tratamento, e uma semana depois paralisou o outro lado do meu rosto. A neurologista constatou que era a síndrome de Guillain-Barré. Fiquei hospitalizado cinco dias, tomando remédio de quatrobônus aviator sem depósitoquatro horas", conta Galvão. A cirurgia foi adiada novamente e acabou sendo realizadabônus aviator sem depósito19 de janeiro, pouco mais de dois meses depois da data pensada originalmente.

"Quem tem cirurgia marcada e tem covid tem de esperar, porque mesmo se a doença vier leve,bônus aviator sem depósitomenos de 30 dias já pode aparecer uma sequela. Aconteceu comigo com a Guillain-Barré, mas tem gente que ainda fica com falta de ar, outros sintomas. Se eu tivesse só esperado os 15 dias da covid e feito a cirurgia, aí ia vir a síndrome e certamente ia ter complicações", reflete.

"Eu nunca imaginei que com covid acabaria ficando com o rosto todo paralisado, queixo caído, sem conseguir falar nem comer, tomando água somente com canudo", afirma.

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Tempo de segurança

Os autores do estudo recomendam que, dentro do possível, levando-sebônus aviator sem depósitoconta os riscos do próprio câncer, o ideal é adiar cirurgias programadas por pelo menos sete semanas após a infecção com covid-19. O prazo precisa ser ainda maior para aqueles que permanecerem com sintomas por mais tempo.

De acordo com Coimbra, o estudo serve como uma guia, mas a decisão sobre o momento para fazer o procedimento ainda vai depender de uma avaliação de cada caso - não só da situação do paciente, mas também do momento da pandemia -,bônus aviator sem depósitouma decisão compartilhada por anestesistas, cirurgiões e pacientes.

"Se o paciente chega debilitado, com dificuldade nutricional, respiração difícil, ainda se recuperando e é submetido ao estresse da cirurgia, vai ter mais complicação pulmonar", explica o médico. "Se der para esperar, aquela taxa de mortalidade mais alta justifica o atraso", diz.

Já para alguns procedimentos cirúrgicos urgentes, como ressecção de tumores avançados, apontam os autores, cirurgiões e pacientes podem decidir que os riscos de atraso não são justificados.

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Uma das regras de ouro na luta contra cânceres é operar sempre o mais rápido possível para garantir um maior sucesso no tratamento, mas a covid-19 trouxe um risco a mais. "Agora temos de calcular esse balanço entre quanto tempo é possível esperar para fazer a cirurgia sem prejudicar a chance de cura do paciente", comenta Coimbra.

Os autores ressaltam que "dezenas de milhões de operações eletivas" foram canceladas durante a fase inicial da pandemia e defendem que o trabalho fornece "evidências para apoiar o reinício seguro das cirurgias no contexto de um número crescente de pessoas que sobreviveram ao Sars-CoV-2".


Fontes de referência

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