sobre a roleta-CPI da Covid tem potencial explosivo contra o Planalto

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Comissão nem foi instalada, mas os movimentos de aquecimento prometem; Bolsonaro já mostrou que vai para o confronto e saiusobre a roletadefesa de Pazuello
27 abr 2021 - 05h10
(atualizado às 08h19)

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Se o futebol é considerado uma caixinha de surpresas, imagine o que nos reserva uma CPI da Covid que vai investigar principalmente as ações do Executivo federal, que é comandado por um presidente negacionistasobre a roletaatrito permanente com os outros dois Poderes da República. As informações chegarão à sociedade via redes sociais de eleitores radicais (muitos quase psicopatas) ou através da mídia convencional, enxovalhada quase diariamente pelo principal investigado.

Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto
16/09/2020
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto 16/09/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Galões de nitroglicerina pura chacoalhando na carroceria de um caminhão sem amortecedores têm menos potencial explosivo do que isso. A comissão nem foi instalada, mas os movimentos de aquecimento prometem. Bolsonaro já mostrou que vai para o confronto e saiusobre a roletadefesa do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, aquele do "é simples assim: um manda, outro obedece".

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Outra pitada de gasolina na fogueira foi a curiosa entrevista do ex-secretário de Comunicação do governo federal Fábio Wajngarten, atestando "incompetência e ineficiência" da área da Saúde na compra de vacinas. Wajngarten isentou de qualquer responsabilidade o presidente da República, tentando colocar a culpa apenas no ministro Pazuello e seus colaboradores. Mas se um faz o que o outro manda...

CPIs são situações nas quais se medem forças; são processos mais políticos que jurídicos. Buscar a verdade é um instrumento, não o objetivo. São ajustes de contas entre o Legislativo - parlamentares, blocos, partidos - e o Executivo. É sabido que Bolsonaro vive uma relação tensa com o Congresso e a maioria esmagadora de seus ministros não foi indicada pelos partidos. O Senado, sem nenhum titular entre as pastas, é um "pote até aqui de mágoas". Vale lembrar que até Dilma Rousseff, que não chegava exatamente a ser um primorsobre a roletatermos de habilidade política,sobre a roletacerto momento reservou dois ministérios para cada casa Legislativa. Mesmo assim, deu no que deu.

CPIs existem para dar voz às minorias do Parlamento. Tanto que é necessário apenas um terço de assinaturas (no caso do Senado, 27) para abrir os trabalhos. Um governo forte se blinda, garantindo a maioria dos integrantes da comissão e a titularidade dos cargos estratégicos, como a presidência e a relatoria. Bolsonaro não tem maioria (perde de 7 x 4) e os protagonistas do processo serão senadores independentes. De previsível, só o comportamento imprevisível de Bolsonaro.

*Rubens Figueiredo é cientista político pela USP

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Fontes de referência

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