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Assim que a covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, começou a se alastrar pelo mundo, no começo do ano, um dos boatos mais curiosos que tomaram as redes sociais e os aplicativos de mensagem instantânea sobre a origem da pandemia falava a respeito de um suposto livro que teria previsto o surgimento do vírusestrela bet saldoWuhan, na China, no século 21, como sendo fruto de um laboratório.
Os Olhos da Escuridão, de Dean Koontz, publicadoestrela bet saldo1981, é um thriller sobre o desaparecimento de uma criança e a busca empreendida porestrela bet saldomãe, guiada por mensagens paranormais. E, sim, o romance também fala sobre um vírus surgidoestrela bet saldoWuhan, embora esse não seja o tema principal do enredo literário.
PublicidadeTrechos do livro viralizaram na internet, alavancados por notícias falsas e teorias conspiratórias, e a atenção repentina gerada pela obra fez com que a editora Citadel se interessasseestrela bet saldopublicá-la, tanto é que chega agora ao Brasil.
"A nova vida que o livro ganhou por causa da pandemia na vida real é verdadeiramente interessante", comentou o autorestrela bet saldoentrevista exclusiva ao Estadão sobre esse inusitado sucesso tardio. "A obra foi publicada originalmente sob um pseudônimo quando eu era mais jovem e ainda lutando para construir uma carreira."
Apesar das semelhanças com as situações que o mundo vem enfrentando, Koontz nega ter tentado prever qualquer coisa. "O vírusestrela bet saldoOs Olhos da Escuridão é o que Hitchcock chamou de um 'MacGuffin', o objeto que dá início a uma história, mas não é exatamente sobre o que a trama trata. Apesar da desinformação grotesca nas redes sociais, a obra não é sobre pandemias, e eu não previ 2020 como o anoestrela bet saldoque aconteceria", afirma o escritor.
"No livro, o vírus é uma arma biológica que foi acidentalmente liberada de maneira limitada, e para a qual uma vacina está sendo pesquisada por cientistas a serviço do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Quando eu estava procurando uma origem plausível para esse tipo de arma, minhas pesquisas me levaram aos laboratórios de biologia bélica na China. Naquela época, um deles ficava próximo a Wuhan", explica Koontz, a respeito de como chegou a essa solução para seu enredo. "Nenhuma clarividência foi necessária! Só pesquisa."
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