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O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten admitiu, durante depoimento na CPI da Covid, que uma carta da farmacêutica Pfizer, que havia oferecido uma negociação ao governo brasileiro para aquisição de vacinas contra a covid-19, ficou dois meses sem resposta do Palácio do Planalto. A carta foi endereçada ao presidente Jair Bolsonaro, ao vice-presidente Hamilton Mourão e ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
"A carta foi enviadaroleta blaze12 de setembro, o dono do veículo de comunicação (que pediu a Wajngarten celeridade na negociação com a Pfizer) me avisa,roleta blaze9 de novembro, que a carta não havia sido respondida. Nesse momento, eu mando um e-mail ao presidente da Pfizer, que consta nessa carta. Respondi a essa carta, no diaroleta blazeque recebi. Quinze minutos depois, o presidente da Pfizer do Brasil, Carlos Murilo, que virá aqui amanhã - respondi para Nova Iorque - me liga. 'Fabio, muito obrigado pelo seu retorno'. No dia 9 de novembro, foi o primeiro contato", afirmou o ex-chefe da Comunicação do governo.
PublicidadeSegundo Wajngarten, o acordo com a Pfizer foi atrapalhado pela cláusula de foro de potencial e solução de conflitos, que exigia que o contrato fosse administrado pela câmara arbitral de Nova York, e não por um tribunal brasileiro, "como o governo queria".
O acordo com a Pfizer também enfrentou dificuldadesroleta blazefunção da cláusula de isenção completa de responsabilização e indenização da farmacêutica, disse Wajngarten, que citou ainda como obstáculo cláusula determinando a criação de medida provisória na qual o Brasil deveria elencar ativos e bens como garantiaroleta blazecaso de processos internacionais.
O ex-secretário se esquivou de responder a diversos questionamentos dos senadores da CPI da Covid. Nas declarações do ex-funcionário do Planalto, foram identificadas contradições com o que ele afirmouroleta blazeentrevista à Revista Veja no final de abril. "Vou cobrar à revista Veja, se ele não mentiu, que ela se retrate. Se ele mentiu a essa comissão, vou requerer a Vossa Excelência, na forma da legislação processual, a prisão do depoente", afirmou o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que trocou a placa que o identificava à mesa por outra com o número de mortos pela covid: 425.711.
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