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O Grupo Jovem Pan tentou retaliar no Judiciário um crítico de suas escolhas editoriais. Só que a juíza do caso rejeitou a alegação de danos morais no episódio, pois entendeu que a emissora “deixou abertos flancos às críticas avamos apostar casinoopção mercadológica” e se afastou de princípios constitucionais ao apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A Jovem Pan queria ganhar uma indenização de R$ 80 mil do jornalista João Lara Mesquita, sócio do Grupo Estado, como punição a um texto que ele postou no Facebook. A juíza Luciana Biagio Laquimia, da 17ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, considerou descabido o pedido da emissora.
PublicidadeNo texto que motivou a investida judicial da Jovem Pan, o jornalista sequer tinha mencionado o nome da emissora bolsonarista. "A emissora que se fez vendendo o editorial pelo melhor preço, chantageando anunciantes, a mesma a oficializar o jabá pro bolso do proprietário agora clama por Justiça? Ora bolas, com qual moral? Sempre se vendeu pela melhor oferta emulando Assis Chateaubriand, queria o quê? Sim, ela está sob censura (e disseminação de fake News) de que se utilizava para constranger empresas que não anunciavam com ela. A publicidade sabe. Não falam porque sempre foram, e continuam sendo, covardes”, dizia o texto do jornalista, publicado no Facebook e removidovamos apostar casinomenos de 24 horas.
O texto foi divulgado na reta final das eleições do ano passado, quando a Jovem Pan passou a alegar que foi censurada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ocasião, a emissora se apresentou como vítima, porque o TSE avaliou que a Jovem Pan favorecia Jair Bolsonaro (PL) na disputa. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou direito de resposta contra comentaristas da Jovem Pan e o TSE determinou o pagamento de multas se a empresa veiculasse comentários que falassem que Lula mentia sobre ter sido inocentado.
Ao reclamar do texto do jornalista, a Jovem Pan disse que sofreu danos morais pela crítica, mesmo sem ter sido nomeada. Só que, na sentença, a juíza lembrou que a Jovem Pan “exerceu uma linha editorialvamos apostar casinoconsonância com o governo da ocasião”,vamos apostar casinoreferência ao apoio explícito da emissora a Bolsonaro.
A magistrada avaliou que a Jovem Pan, inclusive, afastouvamos apostar casinolinha editorial dos princípios constitucionais exigidos para empresas de comunicação social.
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