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Ele começou a falar aos 6 meses de idade, a escrever aos 2 anos e aos 4 anos foi diagnosticado com um quociente de inteligência (QI) superior ao de 99% das pessoas do planeta. Esse é Miguel Manoel de Oliveira, criança de Praia Grande, litoral de São Paulo, que foi aceitocasino ouma sociedade internacional de superdotados.
Desde bebê, as pessoas diziam que ele "era diferente", conta a mãe de Miguel, Rosangela Manoel da Silva,casino oentrevista ao Terra. Ela pensava que a desenvoltura do filho era resultado decasino orotina de estímulos - sempre com muita música, contação de histórias e brincadeiras, e nada de telas.
Quando cresceu um pouco mais, pensava que ele copiava o comportamento de adultos, como quando o pequeno comparava preços no mercado e avaliava os produtos. "Depois eu percebi a coerência do que ele falava e percebi que ele era diferente. Mas não procurei avaliação, continuamos a vida normalmente", relembra a mãe.
A escola entrou na vida de Miguel como uma forma de melhorarcasino oimunidade, por indicação de seu pediatra, aos 2 anos e meio de idade. Com o tempo, a instituição suspeitou que ele tivesse Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) por ser inquieto, perder o interesse rapidamente e conversar muito.
Rosangela resolveu levar o filho ao Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). Poucas semanas depois, o resultado chegou, indicando ser uma superdotação. Miguel então foi encaminhado a uma neuropsicóloga para uma avaliação completa. A confirmação oficial veio quando ele tinha 4 anos de idade.
"Não foi um choque, pois ele sempre demonstrou ser uma criança interessadacasino ovários assuntos, como ainda é, muito curioso e estudioso", conta a mãe.
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A dificuldade, porém, veio com relação ao que fazer para que seu potencial fosse estimulado. Na escola, o atendimento que Miguel recebia não mudou. Então,casino omãe teve que procurar atividades extras para o menino.
Dificuldades para filho superdotado
Mesmo agora, com Miguel aos 10 anos de idade, encontrar uma escola que acolha suas necessidades ou um curso que o auxilie a desenvolver seu potencial segue um desafio. Os altos valores das mensalidades são a principal barreira.
Rosangela desabafa que a falta de estímulos, no nível que Miguel gostaria de estar imerso, causa ansiedade e tristeza no menino. Para contornar a situação, ela apostacasino oestudos pela internet, compra livros, leva o filho a museus e exposições, e, juntos, assistem a muitos filmes.
Entre os interesses específicos de Miguel está aprender a tocar instrumentos - como violino, bateria e flauta -, assim como aprender idiomas. Ele fala inglês, francês e espanhol, ainda que sem fluência. Além disso, um de seus pedidos mais recorrentes é estudarcasino ouma escola com laboratório.
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Questionado sobre qual seu maior sonho, Miguel respondeu ao Terra com precisão: "Poder me tornar um neurologista. Quero conseguir estudar mais para me tornar um bom médico e poder ajudar as pessoas".
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Sociedade de superdotados
O QI de Miguel é de 144 na Escala Wechsler de Inteligência, registrado como "muito superior" e considerado maior ao de 99,8% da população mundial. O resultado veio de uma avaliação neuropsicológica completa, feita no ano passado. O documento foi enviado para a Intertel, uma sociedade global de pessoas superdotadas, que reconheceu Miguel como membro no começo deste ano.
Agora a família aguarda o resultado da Associação Mensa Brasil, representante oficial da organização internacional que tem como missão identificar e fomentar a inteligência humana para benefício da sociedade e fornecer um ambiente intelectual e socialmente estimulante para os integrantes.
De acordo com informações da Agência Brasil, o Brasil ocupa a 30ª posição no ranking mundial de superdotados, o que o coloca como líder na América do Sul. Os Estados Unidos ocupam o 1º lugar, com 52 mil pessoas de QI elevado. Depois vem o Reino Unido, com 19 mil, e a Alemanha, com 16 mil.