grupo telegram aposta esportiva-Brasil pode regredir duas décadas no acesso à escola

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Durante a pandemia, atividades escolares não chegam a crianças mais pobres; risco é de abandonar definitivamente o colégio
29 abr 2021 - 11h10
(atualizado às 11h12)

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O Brasil tem 5,1 milhões de crianças e adolescentes sem aulas na pandemia, o que representa 13,9% do totalgrupo telegram aposta esportivaidade escolar. As dificuldades com o ensino remoto aumentam os riscos de abandonar os estudos, e o País, que vinha avançando nos últimos anos, pode retroceder duas décadas no acesso à educação.

 Sala de aula do tradicional colégio da zona sul de São Paulo (SP), na região de Santo Amaro
Sala de aula do tradicional colégio da zona sul de São Paulo (SP), na região de Santo Amaro
Foto: Marco Ambrósio / Futura Press

O alerta é de uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 28, pelo Unicef, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a infância,grupo telegram aposta esportivaparceria com o Centro de Estudos e Pesquisasgrupo telegram aposta esportivaEducação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

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Em março de 2020, as escolasgrupo telegram aposta esportivatodo o Brasil foram fechadas para conter a disseminação do coronavírus. O País levou mais tempo para retomar aulas presenciais do que nações desenvolvidas, que se esforçaram para manter colégios abertos mesmogrupo telegram aposta esportivafases mais restritivas da quarentena. Em novembro, quase 1,5 milhão de crianças e adolescentes de 6 a 17 não estavam sequer matriculadosgrupo telegram aposta esportivaescolas. Outros 3,7 milhões estavam matriculados, mas não tinham acesso a atividades escolaresgrupo telegram aposta esportivacasa.

As barreiras com o ensino remoto podem reduzir o vínculo de crianças e adolescentes com a escola e ser um fator para o abandono dos estudos, segundo especialistas. O número total de 5,1 milhões sem acesso à escola é próximo ao que Brasil registrava 20 anos atrás,grupo telegram aposta esportiva2000.

Em relação ao total de crianças e adolescentes que não estavam matriculados no fim de 2020 ou que não tiveram acesso a atividades escolares, a maior parte (41%) tinha de 6 a 10 anos. Antes da pandemia, a escolarização estava praticamente universalizada nesta etapa.

Os dados também são preocupantes entre os alunos mais velhos. Do total de adolescentes de 15 a 17 anos, 17,3% não tiveram acesso à escola no ano passado. São eles os que mais correm risco de deixar a escola para entrar no mercado de trabalho.

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A exclusão é maior nas regiões mais pobres do Brasil. Os dados do estudo, compilados a partir de pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que as crianças entre 6 e 10 anosgrupo telegram aposta esportivaáreas rurais das regiões Norte e Nordeste são mais atingidas pela exclusão escolar na pandemia. A ausência da escola também é maior entre crianças indígenas, pretas e pardas.

Como mostrou o Estadão,grupo telegram aposta esportivaáreas pobres dessas regiões, escolas tentam manter o vínculo com os estudantes e entregar atividades escolares impressas até mesmogrupo telegram aposta esportivacanoas. A conectividade é precária para que as crianças aprendamgrupo telegram aposta esportivaplataformas digitais. Após viagens longas para chegar até a casa de criançasgrupo telegram aposta esportivaáreas remotas, professores encontram alunos desmotivados ou trabalhando para aumentar a renda da família.

Alguns Estados se destacam negativamentegrupo telegram aposta esportivarelação à ausência de matrículas e atividades escolares na pandemia. Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Bahia têm mais de 30% de crianças e adolescentes sem aulas, segundo dados do IBGE compilados pela pesquisa. Os índices são bem menoresgrupo telegram aposta esportivaEstados do Sul e do Sudeste.

"O Brasil vinha avançando, aumentando o acesso à educação. Com a pandemia, de repente vemos uma volta para trás. Temos 5,1 milhões de crianças e adolescentes ou não matriculados ou desvinculados da escola. Esse número, se comparamos com séries históricas, nos leva duas décadas para trás. São números que o Brasil enfrentava no ano 2000", disse Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil,grupo telegram aposta esportivacoletiva na manhã desta quinta para apresentar o estudo.

Para o Unicef, os indicadores revelam a necessidade de ações urgentes, entre elas, fazer a busca ativa das crianças e adolescentes que ficaram longe da escola durante o ano passado, campanhas e garantir o acesso à internet pelos estudantes."Com a permanência do Brasil na pandemia, que se anuncia longa, é ainda mais urgente investirgrupo telegram aposta esportivapolíticas de conectividade para as escolas e acesso à internet para estudantes e professores", destaca o estudo. O Unicef também reforça a urgência de que as escolas sejam reabertas com segurança.

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Desde o início do ano passado, a falta de articulação e coordenação do Ministério da Educação para impedir a escalada da evasão escolar tem sido criticada por especialistas. Além dos déficits de aprendizagem agravados durante a crise sanitária, educadores apontam risco de prejuízos emocionais diante do afastamento das escolas e da perda de convívio social.

Para Romualdo Portela de Oliveira, diretor de Pesquisa e Avaliação do Cenpec, há necessidade de articulação federativa para reverter o problema. "É preciso uma ação mais incisiva dos entes federados e o governo federal tem um papel muito grande na provisão das condições materiais." Ele criticou o veto do presidente Jair Bolsonaro a um projeto de lei que garantia internet nas escolas.

"Não vamos ter uma volta 100% presencial de chofre, vamos ter modalidades combinadas. Há necessidade de envolvimento maior do governo federal nessa necessidade e intensificação da busca ativa", diz Oliveira.


Fontes de referência

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