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MANAUS - Por causa do aumento descontrolado de casos confirmados e mortes pela covid-19 no Amazonas, a prefeitura de Manaus não vai liberar as escolas municipais para realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 17 e 24 de janeiro. O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União chegaram a pedir o adiamento da prova, mas a Justiça negou.
Conforme a Secretaria Municipal de Educação de Manaus, foram requisitadas 38 escolas, que comportam 12.968 estudantes, para aplicação do exame. Ofício foi enviado ao MPF do Amazonas informando os motivos para a não liberação das salas e também solicitando o adiamento da prova.
PublicidadeEm outra ação civil pública, enviada na terça-feira, 12, o próprio MPF-AM pediu que as provas do Enem fossem aplicadas no Estado só quando houvesse estrutura adequada para atendimento de casos de covid-19, tanto na rede pública como privada de saúde. Os principais hospitais públicos e particulares afirmam que estão com todos os leitos ocupados.
"Além de representar maior circulação do vírus pela cidade, a exposição dos estudantes ao risco de infecção e a insistência na aplicação das provas123 pokerjaneiro são medidas ilícitas, pois colocam os estudantes e suas famílias123 pokerrisco aumentado e contribuem para a sobrecarga e o colapso do já insuficiente sistema de saúde local", argumentam os procuradores na ação.
O Estadão entrou123 pokercontato com a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) para saber se a rede estadual de ensino possui capacidade de comportar todos os estudantes que realizarão as provas e se o governo avalia a possibilidade de tomar a mesma medida que a prefeitura, mas até o momento não obteve resposta.
Para Priscila Rosas, que se inscreveu para o exame, o cenário é preocupante e as provas deveriam ser aplicadas quando houvesse redução de infecções. "Sou asmática e meu pai é diabético. Estou inclinada a desistir porque minha vida e a dos meus familiares vale mais do que uma prova", diz. "Mesmo olhando os protocolos, acho um risco fazer a prova na fase roxa (de maior contágio)123 pokerque Manaus se encontra. Sei que é um desafio para o MEC, mas o certo é não se aglomerar e tentar desafogar o sistema público e particular de saúde.", declarou.
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