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O vocabulário brasileiro já virou meme nas redes sociais por diversos motivos. Se por um lado existe uma grande variedade de palavras e complexidadebetmotion logotorno debetmotion logogramática, a variação regional volta e meia cai nas graças da web por causa da multiplicidade de sentidos que um mesmo vocábulo pode assumir.
Essa língua tão rica é celebrada nesta sexta-feira, 5, com o Dia Internacional da Língua Portuguesa. Ao menos oito países têm o português como língua materna. Além do Brasil, um dos que possuem mais falantes desse idioma, também celebram a data: Portugual, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, além do Timor-Leste.
PublicidadeMas a forma de falar dos brasileiros se destaca dos demais "irmãos" de língua, devido ao que caracteriza a constituição do País enquanto nação: a mistura das culturas indígenas, portuguesas e africanas. Trazida pelos europeus no século XVI, a língua portuguesa foi imposta como língua materna durante o período de colonização, mas palavras do tupi-guarani e vernáculos africanos também foram incorporados ao nosso idioma.
"O que eu acho muito interessante é pensar como nós incorporamos essa língua e acabamos por transformá-la num instrumento de libertação também, já que a língua portuguesa foi imposta por uma colonização muito violenta pelos portugueses", observa Rita Chaves, professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo (USP).
O resultado da mistura linguística desses três povos deu origem à definição reconhecida como Língua Negra Lusoafrobrasileira. A disseminação cultural das línguas locais trouxe o surgimento de algumas palavras usadas ainda no nosso cotidiano, como "anhangabaú", "morumbi", "anhanguera", "quitanda", "fubá" e "caçula", entre outras.
O "jeitinho" brasileiro de falar
Para a professora Rita Chaves, os frutos do fenômeno sociolinguístico estão presentes na atualidade e são observadas por um comportamento típico brasileiro: nós não falamos como escrevemos, e não necessariamente escrevemos como falamos. Um professor universitário, por exemplo, não segue à risca a gramática ao se expressar oralmente.
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