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BRASÍLIA - Nanico até o início do ano, o PSL, do presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem feito investidas para se tornar o maior partido do Congresso. Com 52 deputados eleitos, o segundo maior número da Câmara, e quatro senadores, dirigentes da sigla têm como alvo parlamentares de legendas que não atingiram a cláusula de barreira e, portanto, ficarão sem estrutura partidária. O objetivo é conquistar postos-chave nas duas Casas e poder ter controle sobre pautas prioritárias do futuro governo.
A intenção é chegar a 60 nomes na Câmara, ultrapassando o PT, que elegeu 56 deputados, e ganhar mais dois no Senado, chegando a seis, e se tornar a quarta maior bancada, empatada com PT e DEM. Os cargos na direção das duas casas e das comissões são divididos de acordo com o tamanho das bancadas. As maiores têm prioridade na escolha.
PublicidadeUm dos nomes alvo de assédio é o do senador eleito Capitão Styvenson (Rede-RN), conhecidojogar apostas on lineseu Estado por ser o "carrasco" da Lei Seca. As conversas ficarão a cargo do deputado federal e senador eleito Major Olímpio (PSL-SP), futuro colega do Capitão. "Eu tenho todo interesse que isso aconteça (Styvenson migrar para o PSL), mas não conversei com ele ainda, não. Ele foi para a Rede por aquela questão da candidatura avulsa, mas eu vou convidá-lo, não tenha a menor dúvida. Aqueles que tiveram afinidade de propósito, ideias, vão ser muito bem-vindos", disse Olímpio ao Estadão/Broadcast.
Dos 30 partidos que elegeram parlamentares neste ano, nove não atingiram a cláusula de barreira: PCdoB, Rede, Patriotas, PHS, PRP, PMN, PTC, PPL e DC. Juntas, essas legendas fizeram 41 parlamentares que estão autorizados a trocar de partido - 32 deputados e nove senadores. É entre os nomes desta lista que o PSL busca viabilizar seu crescimento.
Na Câmara, a deputada eleita pelo Distrito Federal Bia Kicis (PRP) é um dos nomes que fazem parte dessa leva. Ela já confirmou que está migrando para o PSL. "O Bolsonaro me quer no partido", disse Bia, que acompanhou a apuração da votação no domingo, 28, na casa do presidente eleito.
A intenção da procuradora aposentada é presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, o que não teria chances pela atual legenda. A comissão é a mais importante da Casa, por onde passam os principais projetos.
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