escandalo casa de apostas-O médico que colecionou pedaços de vítimas assassinadas pelos nazistas

escandalo casa de apostas

Amostras de mais de 300 tecidos humanos - a maioria com menos de um milímetro de extensão - eram utilizadasescandalo casa de apostasexperimentos científicos.
27 mai 2019 - 16h33
(atualizado às 16h47)
As amostras de tecidos humanos foram enterradas juntas num pequeno caixão
As amostras de tecidos humanos foram enterradas juntas num pequeno caixão
Foto: Reuters / BBC News Brasil

escandalo casa de apostas de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Mais de 300 pedaços minúsculos de tecidos humanos de prisioneiros executados pelos nazistas foram enterradosescandalo casa de apostasBerlim.

As amostras foram encontradas numa casa que pertencia a Hermann Stieve, professor de anatomia no hospital universitário Charité.

Publicidade

Herdeiros do médico, mortoescandalo casa de apostas1952, descobriram a coleçãoescandalo casa de apostas2016.

Pesquisadores dizem que Stieve colaborou sistematicamente com os nazistas para receber os corpos de 184 pessoas, principalmente mulheres, executadas por razões políticas.

Algumas das mulheres cujos corpos foram examinados por Stieve (fonte: GDW)
Foto: German Resistance Memorial Center, GDW / BBC News Brasil

Os pedaços de tecidos humanos - a maioria com menos de um milímetro de extensão - foram descobertosescandalo casa de apostasuma casa de Stieve, alojadosescandalo casa de apostaspequenas caixas pretas. Alguns tinham etiquetas com nomes.

Depois de descobertos, foram entregues ao hospital universitário Charité,escandalo casa de apostasBerlim, que designou funcionários do Centro de Memória da Resistência Alemã para pesquisarescandalo casa de apostashistória.

Publicidade

A cerimônia de enterro ocorreu na segunda-feira (27/5) no cemitério Dorotheenstadt,escandalo casa de apostasBerlim. O túmulo fica perto de um memorial às vítimas do nazismo.

As amostras foram dispostas num pequeno caixão, disse à BBC o diretor do Centro de Memória da Resistência Alemã, Johannes Tuchel.

Algumas das pessoas dissecadas por Stieve eram importantes - inclusive 13 mulheres do grupo de resistência antinazista Orquestra Vermelha.

Enterro ocorreuescandalo casa de apostaslocal próximo a um memorial às vitimas do nazismo
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Corpos cremados

A pesquisa, liderada por Johannes Tuchel, revelou que os corpos foram transportados por um motorista até Stieve, às vezes minutos depois de serem executados na prisão Berlin-Plötzensee.

O médico, então, os dissecava para suas pesquisas antes de discretamente cremá-los e enterrá-los.

Tuchel disse à BBC que os trabalhos de Stieve ocorreram entre 1942 e 1943. Ele enviou os corpos para cremaçãoescandalo casa de apostasWilmersdorf e depois mandou as cinzas para o cemitério Parkfriedhof Marzahn,escandalo casa de apostasBerlim.

Publicidade

"Ele não lidou com vítimas de campos de concentração", disse Tuchel, acrescentando que Stieve "não trabalhou com médicos nazistas".

Quase 3 mil pessoas foram executadasescandalo casa de apostasPlötzensee por decapitação ou enforcamento enquanto Adolf Hitler esteve no poder.

Hermann Stieve usou corpos de prisioneiros executados
Foto: History of Medicine Institute, Charité / BBC News Brasil

Stieve trabalhou como diretor do Instituto de Anatomia de Berlim de 1935 até sofrer um derrame e morrer,escandalo casa de apostas1952.

O anatomista deixou vários registros de seu trabalho com os corpos dos prisioneiros e tinha um interesse especial pelo sistema reprodutivo.

Ele foi um dos primeiros cientistas a indicar que o estresse poderia impactar o ciclo menstrual de uma mulher, ao analisar como prisioneiras reagiam à notícia de que seriam executadas.

Segundo a Alliance for Human Research Protection, organização americana que defende métodos de pesquisa médica responsáveis e éticos, Stieve "colaborava com o terror ao dizer às prisioneiras a dataescandalo casa de apostasque ela seriam executadas; ele, então, se coordenava com a Gestapo (polícia secreta nazista) para remover os órgãos pélvicos para a análise de tecidos imediatamente após a execução".

Publicidade

Justiça histórica

Andreas Winkelmann, pesquisador da Escola Médica Brandenburg, disse à agência AFP que o enterro de pedaços humanos microscópicos é bastante incomum.

"Mas essa é uma história especial, porque os pedaços vêm de pessoas que não tiveram acesso a túmulos, de modo que seus parentes não saberiam onde estavam enterradas", ele afirmou.

Sabine Hildebrandt é uma anatomista alemã que publicou um livro sobre transgressões éticas e pesquisas no campo da anatomia durante o regime nazista.

Em 2013, ela disse à BBC que Stieve tirou proveito dessas políticas, que incluíam o uso acentuado da pena capital como punição.

Dezenas de milhares de adversários políticos foram assassinados pelos nazistas
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

"Até 1933, ele podia obter os corpos de homens executados, mas não de mulheres; a Alemanha não executava mulheres", ela disse.

Publicidade

"Então, de repente, durante o Terceiro Reich, as mulheres passaram a ser executadas também."

Como Stieve não era um membro do partido nazista, ele não foi processado depois da Segunda Guerra Mundial.

Em um comunicado, Karl Max Einhäupl, CEO do hospital universitário Charité, disse que o enterro dos restos humanos integrava esforços da instituição para confrontarescandalo casa de apostasrelação com o nazismo.

"Ao enterrar pedaços microscópicos no Cemitério Dorotheenstadt, queremos ajudar a resgatar um pouco da dignidade das vítimas", disse.

BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.

Fontes de referência

  1. melhores sites para trader esportivo
  2. codigo promocional betesporte
  3. qual melhor plataforma de aposta esportiva

Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações