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Se você é da turma dos que torcem o nariz toda vez que veem a palavra "gourmet" definindo a qualidade de um produto, calma! A gente concorda que esse adjetivo foi desgastado - é um tal de brigadeiro gourmet pra cá, pipoca gourmet pra lá -, mas,chip leader pokertermos de café, esse verbete não é (ou não deveria ser) usadochip leader pokervão.
A categoria, inclusive, é reconhecida pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), que define o café gourmet como uma bebida "de baixo amargor, acidez e doçura moderada a alta, com destaque para os atributos frutado e floral". Esses cafés estariam entre a família de cafés tradicionais, que têm "amargor de moderado a intenso, pouca doçura, [além de ser] encorpado e adstringente", e a família de cafés especiais, "com alta doçura, baixo amargor e alta qualidade de acidez".
"Os cafés gourmets são a porta de entrada para quem busca consumir cafés de melhor qualidade. Alguém que está acostumado com um café tradicional dificilmente vai gostar da doçura e acidez de um café especial logo de cara", pondera a barista e mestre de torra Angélica Luizz, que foi jurada no teste de cafés gourmets promovido pelo Paladar, juntamente com o barista Juarez Gomes, a jornalista e especialistachip leader pokercafés Mariana Proença, o barista Ronaro Soares e a advogada Paula Werner, que é consumidora aplicada, apreciadora de bons cafés.
Em degustação às cegas realizada no Futuro Refeitório,chip leader pokerPinheiros, o júri avaliou nove marcas de café gourmet (moído e torrado) presentes nas gôndolas dos supermercados, com preços que variam de R$ 15 a R$ 25. O custo, aliás, é outro atrativo dos cafés gourmet, que podem custar 70% menos do que um café especial. "Sem preconceitos! Para o dia a dia, a gente gosta é de preço bom, de custo-benefício", afirma Ronaro.
Na análise, que partiu de cafés coadoschip leader pokerfiltro de papel pela barista Fernanda Carvalho, com receita padronizada (40g de pó para 500 ml de água), foram levadoschip leader pokerconta quesitos como aroma, corpo, sabor, equilíbrio e persistência.
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Na prova, além do grande campeão, que surpreendeu os jurados comchip leader pokerdoçura, seu "corpo aveludado" e "acidez brilhante", houve cafés que passaram na média, cumprindo com a proposta da categoria, e cafés que, constatamos, foram atingidos pelo tal do "raio gourmetizador", ou seja, não passam de uma versão tradicional metida a gourmet.
Confira, a seguir, quais marcas se saíram melhor na degustação, além de detalhes sobre o que os jurados acharam sobre cada uma das amostras.
Os melhores cafés gourmets do mercado
Melitta - Cerrado
Santa Mônica - Intenso
3 Corações - Mogiana Paulista
As nove marcas avaliadaschip leader pokerordem alfabética
3 Corações - Mogiana Paulista
Com “nuances interessantes”, o café da linha gourmet da marca (que tem também as versões Cerrado Mineiro e Sul de Minas) conquistou o último lugar no pódio por conta da fragrância fresca, da doçura e da acidez presentes. O amargor, porém, sobressaiu, além de uma nota amadeirada que “amarrou a boca” (R$ 14,98; 250g)
Baggio - Bourbon
O “blend premiado” anunciado na embalagem reúne grãos do sul de Minas Gerais e da Alta Mogiana. Apesar da propaganda, o café não conquistou o júri por conta das notas de borracha e látex percebidas no aroma e do amargor persistente. “Parece mais um café extraforte do que um gourmet”, ponderou um jurado (R$ 24,49; 250g)
Bravo - Tenor
Produzido com grãos cultivadoschip leader pokerfazenda própria, na serra da Canastra, o café entregou aroma de nozes e amendoim torrado, além de um defumado pungente. Na boca, o corpo alto e o amargor intenso incomodou o júri, tirando a amostra do páreo (R$ 17,49; 250g)
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Café do Centro - Mogiana
Apesar da discreta doçura presente, os jurados identificaram na bebida notas, como de borracha queimada e fumaça, que remetem a um café tradicional (e não gourmet). O amargor persistente foi outro defeito apontado pelo júri. “Tem gosto de café de vó”, definiu um jurado (R$ 19,79; 250g)
Café Toledo
“O café mais amargo da mesa”, classificou um jurado. Não bastasse, a amostra apresentou outros defeitos, como as notas de borracha queimada, ausência de doçura e alta adstringência (R$ 23,40; 250g)
Casa Brasil
A leve doçura presente no aroma não foi capaz de esconder as notas de borracha queimada e látex apresentadas por esse café, que é cultivado, torrado, moído e embaladochip leader pokerfazenda própria, localizada na região da Alta Mogiana,chip leader pokerMinas Gerais. Na boca, o amargorchip leader pokerexcesso e a ausência de notas frutadas e florais desagradou o júri (R$ 15,69; 250g)
L’Or - Sul de Minas
Na embalagem, o café produzido com grãos do sul de Minas Gerais promete entregar notas frutadas e cítricas, que, para o júri, pareceu algo como manga verde, além de um toque salgado. Na boca, apresentou corpo médio/alto, leve doçura, certa adstringência e amargor ausente (R$ 22,98; 250g)
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Melitta - Cerrado
“Um café que desce redondo”, cravou um jurado. A opção da linha Regiões Brasileiras (que tem também as versões Sul de Minas e Mogiana), conquistou o coração do júri e, por isso, arrematou o cobiçado selo Paladar. Na degustação, a bebida apresentou notas de nibs de cacau e de frutas amarelas e um perfeito equilíbriochip leader pokerboca. Além da doçura e do corpo aveludado, a acidez, classificada como “surpreendente e brilhante”, também foi destacada (R$ 16,98; 250g)
Santa Mônica - Intenso
“Bom café para o dia a dia”, definiu um jurado. Feito com grãos cultivadoschip leader pokerfazenda própria, no sul de Minas de Gerais, o café conquistou o segundo lugar no pódio da degustação por conta dechip leader pokerdoçura média, com notas de caramelo e açúcar queimado, e do corpo médio/alto, com finalização prolongada e leve adstringência. O amargor aparecechip leader pokernotas de casca de laranja (R$ 23,98; 250g)