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De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, no primeiro semestre deste ano, o estado de São Paulo registrou 2.303 casos de meningite, um número 23% maiorbabado betanorelação ao mesmo período no ano passado. Além disso, as mortes pela doença mais do que dobraram nas cidades paulistasbabado betano2022. Foram 448 óbitos no ano passado, enquantobabado betano2021, o total foi de 209.
Segundo a infectologista pediátrica Cristiana Meirelles, da Beep Saúde, a meningite meningocócica é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
"É um problema potencialmente grave, que pode deixar sequelas e até mesmo levar a óbitobabado betanomenos de 24 horas. Devido ababado betanogravidade e rápida evolução dos sinais e sintomas, é importante que a população conheça mais sobre a condição", alerta.
A seguir, você confere alguns mitos e verdades sobre a meningite:
Só existe um tipo de meningite
MITO
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A meningite pode ser provocada por vários agentes infecciosos, entre eles, fungos, vírus e bactérias. A forma bacteriana é considerada a mais preocupante, sendo que uma das principais é a meningite meningocócica, que é causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo).
Apesar do meningococo possuir 12 tipos identificados, os mais comuns são: A,B,C W e Y. Quando observamos todas as faixas etárias, o sorogrupo de maior incidência no Brasil é o C. Já especificamentebabado betanobebês no primeiro ano de vida e crianças menores de 10 anos, o sorogrupo B é o principal causador da doença.
A meningite meningocócica não é uma doença tão comum, mas é grave
VERDADE
O problema de saúde pode gerar sequelas graves, como perda auditiva, disfunções motoras, amputações e até mesmo levar ao óbito. Algumas das características mais preocupantes da infecção são: a evolução rápida e a alta letalidade.
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Pode ser transmitida por gotículas respiratórias.
VERDADE
O meningococo, bactéria responsável pela meningite meningocócica, pode ser transmitido de uma pessoa para a outra por meio de gotículas ou secreções respiratórias que são liberadas quando alguém tosse, espirra, fala ou durante o beijo, por exemplo.
Acomete apenas bebês e crianças
MITO
A meningite meningocócica pode ocorrerbabado betanotodas as faixas etárias, embora seja mais comumbabado betanocrianças menores de 5 anos. É válido ressaltar que até 23% dos adolescentes e adultos jovens podem ser portadores da bactéria e podem transmiti-la mesmo sem apresentar sintomas.
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Os sintomas iniciais podem ser confundidos com outras doenças infecciosas
VERDADE
Entre os sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica estão febre, irritabilidade, dor de cabeça, náusea e vômito, desconfortos que são também podem ser observadosbabado betanooutras doenças infecciosas.
Com o agravamento do quadro, o paciente pode apresentar pequenas manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz.
Se não tratada prontamente, a situação pode evoluir para confusão mental, convulsão, choque, infecção generalizada, falência múltipla de órgãos e óbito.
Não tem cura
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MITO
Quando o diagnóstico é feito precocemente e as medidas terapêuticas são iniciadas, a maioria dos casos atinge a cura. No entanto, mesmo com esses cuidados, a condição tem alta letalidade e pode deixar sequelas. Se não for tratada, a meningite é fatalbabado betano20% a 30% dos casos e, dentre os sobreviventes, 10% a 20% apresentam alguma sequela, como dano cerebral, perda auditiva ou amputação dos membros.
A vacinação é a principal forma de prevenção
VERDADE
O melhor a se fazer para evitar a doença é tomar a vacina. Atualmente, existem imunizantes que garantem proteção contra os cinco sorogrupos mais comuns no Brasil: A, B, C, W e Y.
No sistema público de saúde, a vacina contra o meningococo C é gratuita para os bebês, com doses aplicadas aos 3 e 5 meses de idade, e um reforço aos 12 meses, que pode ser administradobabado betanocrianças menores de 5 anos de idade. O Programa Nacional de Imunizações ainda conta com vacinas contra os sorogrupos A, C, W e Y, porém disponíveis exclusivamente para adolescentes entre 11 e 12 anos.
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Nas clínicas privadas, é possível encontrar o imunizante contra o sorogrupo B, que são recomendadasbabado betanoduas doses, aos 3 e 5 meses, e mais um reforço entre 12 e 15 meses. Entretanto, esses imunizantes podem ser administradosbabado betanoindivíduos na faixa etária de 2 meses de idade a 50 anos.
Além disso, ainda no âmbito privado, também há a vacina ACWY, disponível a partir dos 2 meses da idade. Idealmente, como rotina, ela deve ser aplicada aos 3 e 5 meses (em substituição à meningocócica C), um reforço entre 12 e 15 meses, e depois a cada 5 anos até o fim da adolescência, com o propósito de aumentar a proteção contra o agente infeccioso.
Há vacinas disponíveis para os outros tipos de meningite
VERDADE
Além da vacina contra o meningococo, o Programa Nacional de Imunizações também oferece vacina contra a bactéria Streptococcus pneumoniae(ou pneumococo), outro possível agente causador da doença.
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A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) é feitababado betanoduas doses, aos 2 e 4 meses, com um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicadobabado betanocrianças menores de 5 anos de idade.
Já nas redes privadas, são encontradas a vacina conjugada 13-valente (VPC13), com esquema semelhante de doses da VPC10, a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23), que é recomendada para crianças acima de 2 anos diagnosticadas com condições de saúde que aumentem o risco para doença pneumocócica.
Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), unidades públicas com infraestrutura para atender indivíduos com quadros clínicos especiais (imunodeficiências, doenças crônicas e transplantados, por exemplo), as crianças que se enquadram nessa situação podem receber a vacinação pneumocócica 13 e 23-valentes.
Vale lembrar que a bactéria Hamophilus influenzae tipo B é outro agente que pode desencadear a meningite, ebabado betanoprevenção também se dá por meio da vacinação. Além disso, tuberculose, varicela e sarampo, que podem causar infecções no sistema nervoso central, são outros problemas que podem ser evitados pelos imunizantes.
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Cuidados como evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos são importantes para reduzir o risco de contrair a meningite.