regras do sportingbet-Grupos antivacina mudam foco para coronavírus e divulgam informações falsas, revela análise da USP

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A maior parte das postagens de dois grupos tinha problemas. Elas disseminavam teorias da conspiração, informações falsas, distorção e a sugestão de uso e comercialização de produtos e tratamentos sem comprovação científica
31 mar 2020 - 13h50
(atualizado às 20h29)

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SÃO PAULO - Dois grupos antivacina no Facebook mudaram o foco de suas publicações para a epidemia do novo coronavírus e têm divulgado informações falsas sobre a doença e seus tratamentos. É o que revela uma análise produzida pela União Pró-Vacina, um grupo criado por pesquisadores do Instituto de Estudos Avançados da USP de Ribeirão Preto para combater a desinformação sobre vacinas.

Eles avaliaram 213 postagens feitas entre 15 e 21 de março nos dois maiores grupos públicos brasileiros de conteúdo antivacina no Facebook, "O Lado Obscuro das Vacinas" e "Vacinas: O Maior Crime da História", que atuam há 5 e 2 anos.

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Análise da União Pró-Vacina
Análise da União Pró-Vacina
Foto: Reprodução / Estadão

"Os métodos da desinformação continuam os mesmos: distorcer conteúdo científico e jornalístico, espalhar teorias da conspiração e até oferecer falsas curas usando produtos conhecidamente tóxicos para a saúde humana", apontam os pesquisadores.

"Entre as publicações, há insinuações de que o vírus seria uma ferramenta para instituir uma nova ordem mundial ou mesmo uma arma produzida pela China. Outras afirmam que a vacina da gripe seria a responsável pela disseminação da covid-19 e que a doença seria facilmente curada por meio da frequência do cobre ou de zappers, supostos antibióticos eletrônicos", continuam.

As páginas na rede social estavam na mira dos pesquisadores desde o fim do ano passado, quando a União Pró-Vacina começou a funcionar. A equipe, multidisciplinar, conta com vários especialistas de saúde e comunicação.

"Já tentamos dialogar, trabalhamos sempre com linguagem cordial, mas eles não aceitam. Qualquer manifestação contrária a deles é excluída", disse ao Estado João Henrique Rafael, analista de comunicações do IEA e idealizador do projeto.

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Os dois grupos, queregras do sportingbetgeral produzem 30 publicações por dia, aumentaram o ritmo de postagens no período analisado - no dia 21, chegou a 43. Durante a semana analisada, 65,3% dos posts (139) foram sobre coronavírus. O período, dizem os pesquisadores, coincide com o aumento de buscas no Google de informações sobre a doença.

Análise da União Pró-Vacina
Foto: Reprodução / Estadão

"A gente sempre monitora o que eles estão falando, mas percebemos que algo estava estranho, que o tom tinha mudado. Na semanaregras do sportingbetque todo mundo estava buscando informações sobre coronavírus eles deram uma guinada", diz.

A equipe resolveu, então, analisar todas as postagens dos dois grupos naquela semana. "Virou um repositório de conteúdo problemático no meio da pandemia", afirma Rafael.

Segundo os pesquisadores, 78,4% das postagens "apresentam sérios problemas, como a disseminação de teorias da conspiração, utilização de informações falsas e de afirmações sem evidências, a distorção de informações confiáveis, a sugestão de uso e até a comercialização de produtos e tratamentos que não possuem comprovação científica ou aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)".

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Eles observaram que mesmo quando o conteúdo da postagem era verídico, os comentários distorciam ou desacreditam as fontes e os dados, "gerando uma nova interpretação deturpada para o conteúdo original". As interações nessas publicações também foram o dobro do que a média observada nos posts tradicionais dos grupos.

Rafael deu como exemplo uma postagem que só compartilhava um link de uma notícia sobre o início da vacinação contra a gripe. "Era uma notícia real, mas logo já tinha comentário dizendo que era a vacina que tinha causado a nova infecção porque a epidemia do novo coronavírus no Japão começou depois da campanha de vacinação lá", explica. "Um link real às vezes é só o começo, mas os comentários vão dar cara falsa para o conteúdo. O problema não está na informação compartilhada, mas na interpretação."

Segundo a análise, a postagem com maior envolvimento (204 interações) abordou o uso do chamado "MMS na cura da covid-19", ou solução mineral milagrosa, na siglaregras do sportingbetinglês. "O produto é composto por dióxido de cloro e é semelhante à água sanitária usada como alvejante. Sua ingestão ou administração pelo reto pode causar lesões no intestino, vômito, diarréia, desidratação, insuficiência renal, anemia, entre outros problemas de saúde graves", escreve o grupo.

Para Rafael, esses grupos têm atuado como uma "formação midiática inversa", adotando a campanha do: "não acreditemregras do sportingbetmais ninguém, só na gente". Ele sugere que a mudança de tema ocorreu porque, com a ameaça do coronavírus, o "mundo está clamando por um vacina". "Eles já estão atacando antes mesmo de ela surgir."

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O Estado não conseguiu contato com os administradores das páginas citadas no estado. Procurado pela reportagem, o Facebook não se manifestou até 19h30.

Análise da União Pró-Vacina
Foto: Reprodução / Estadão

A disseminação de informações falsas sobre o novo coronavírus não se restringe a grupos específicos de Facebook. Desde o início da pandemia, diversas postagens do tipo já circularam nas redes. Entre elas, a teoria conspiratória sobre o vírus criadoregras do sportingbetlaboratório para ser usado como arma biológica, a vinda do coronavírus ao Brasil por produtos importados da China e o chá de abacate (e até o uísque) para prevenir a infecção.

Veja algumas das mentiras mais comuns sobre o novo coronavírus que circularam nas redes sociais:

Confira dicas para identificar notícias falsas:


Fontes de referência

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