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Entre seguidores e likes, influenciadores digitais estão se tornando inspirações para jovens engajados no mundo da internet. Eles mobilizam e atraem a atenção de muitas pessoas. E na periferia não é diferente. Há criadores de conteúdos que estão mostrando a importância e a realidade de suas respectivas quebradas.
Com apenas um celular com acesso à internet, e narrando a realidade do dia a dia de jovens de periferias, esses influenciadores se “vestem” de personagens criados por eles próprios para levar o humorbest games apostasdiversos segmentos e os seus talentos aos seus milhares de seguidores nas redes sociais.
Paulo Santos Silva (Paulinho), Hugo Gomes (Boca Rica) e Gabriel Silva (Juninho). Juntos, eles somam cerca de 6 milhões de seguidores nas redes sociais, que os acompanham e são por eles influenciados a ponto de tornarem-se não apenas fãs, mas consumidores dos seus conteúdos. Além disso, marcas de roupas, cosméticos, alimentação, e até grandes produtoras, querem patrociná-los.
São influencers que, com a ajuda de familiares e amigos, produzem conteúdos sobre o lugar onde vivem visando apagar a imagem marginalizada de jovens das periferias, e mostrando que as quebradas também possuem grandes talentos. Suas produções demarcam seus territórios, com a exposição da forma como se vestem, vivem, falam e pensam.
Hoje com 23 anos, Paulo conta ao Visão do Corre que começou a produzir seus vídeosbest games apostas2014, para descontração. Morador do Recreio São Jorge, periferia de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, ele fazia vídeosbest games apostasuma espécie de viagem no tempo.
No entanto, o começo foi bem difícil. Seus primeiros conteúdos eram produzidosbest games apostasuma empresa metalúrgica, onde trabalhava na época. Sem uma justificativa, Paulo foi demitido e, logo após, um vídeo feito ao chegarbest games apostascasa bateu mais de 100 mil visualizações. Foi o momentobest games apostasque ele viu que poderia investirbest games apostasseus vídeos.
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“Muitos falavam que eu era preguiçoso, que não queria trabalhar. Mudamos para a Paraíba por um tempo, para tentar algo melhor, mas não deu muito certo. Devido à necessidade e a fome que passamos lá, voltamos para São Paulo. Lá diziam que esse negócio de vídeos era coisa de quem não tem o que fazer. Aqui, quem me conhece, fala que eu tenho o dom, para eu continuar. E hoje estou aqui”, relatou Paulinho.
Ao perceber que seus vídeos estavam tendo um bom alcance, Paulo decidiu mudar de conteúdo. E, após presenciar um assalto enquanto estava indo pagar uma conta de luz, ele criou o personagem Paulinho, que efetua “roubos inusitados e diferentes”. Ao invés de levar pertences das pessoas, ele as entrega dinheiro ou leva suas contas para serem pagas por ele mesmo.
Vindo do interior da Bahia combest games apostasmãe, que trabalhou sempre com limpeza, o jovem, filho mais novo de mais cinco irmãos, chegoubest games apostasSão Paulo com 11 anos. Após uma infância pobre no Nordeste, Paulo relata que, hoje, consegue viver e manterbest games apostasfamília apenas com a renda que recebe pelos seus vídeos.
Para quem vive e conhece as quebradas e favelas do Brasil, sabe que tudo aquilo que um cria da quebrada faz é sucesso e vale ouro. Os produtores de conteúdo das favelas depositam suas esperanças nos vídeos para as redes sociais para ascenderem economicamente.
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Cria de Itapevi, município do lado oeste da região metropolitana de São Paulo, Hugo Gomes, que até já participou do Raxaria, quadro de esquetes de comédia da KondZilla, criou o personagem “vulgo Boca Rica”. O moleque dos vídeos reproduz como um jovem de quebrada se comportariabest games apostasalgumas profissões e até conhecendo a família da namorada.
Boca Rica já foi advogado, instrutor de autoescola, açougueiro e até presidente.
Com seu personagem Juninho e amigos, Gabriel Silva também narra a realidade de um jovem de periferia no dia a dia. Os conteúdos são variados, desde as conversas com uma mãe até as cantadas às meninas.
Morador de São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, o jovem tem influenciado seus seguidores e até realizado parcerias com comerciantes locais. Juninho já foi parar até na Paraíba, e lá pode apresentar um pouco de como um jovem paulistano de periferia se comporta.