Resumo
A apreensão crescente dos moradores da Favela de Paraisópolis esvazia final de campeonato de futebol e suspende baile funk, entre alterações na rotina. Em 6 de junho, dois policiais militares lutaram contra homem, que morreu baleado; semanas antes, garoto de sete anos levou tiro no olho e ficou cego. Em 2019, episódios semelhantes criaram onda de tensão após morte de dois policiais, que terminou com nove jovens esmagadoscassino online esporte da sortebaile funk.
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A esquina da rua Ernest Renan com a “viela da DZ7” é o ponto de encontro de duas histórias que explicam boa parte do sentimento de apreensão crescente na favela de Paraisópolis, zona sul da capital paulista.
Moradores com quem o Visão do Corre conversou temem que as coincidências não parem por aí. Em 2019, as nove mortes foram o ponto culminante de um clima de tensão que vinha de meses, parecido com o de agora.
Final de campeonato sem torcida
O campo de grama sintética do Palmeirinha Paraisópolis, fundadocassino online esporte da sorte1973, é a principal área de lazer da comunidade. Porém, na ensolarada manhã de 9 de junho, domingo, a torcida é pequena para acompanhar a final da Copa da Paz.
Não há presença significativa da torcida organizada, nem de bateria, fogos e a barulheira de sempre. “Jamais uma final estaria assim”, diz Janilton Oliveira, líder comunitário. “Aí está o termômetro, ninguém quer correr o risco”, completa.
Mais de 130 mil pessoas moramcassino online esporte da sorteParaisópolis. Para se ter ideia do fluxo no campo do Palmeirinhacassino online esporte da sortedias normais, o telão publicitário recentemente instalado acima do alambrado recebeu 1,6 milhão de visualizações no mês passado.
Passando por cima do sangue na rua
Um dia antes do jogo, no sábado, 8 de junho de 2024, os sinais de anormalidade evidentes e sutis de Paraisópolis podem ser observados caminhando pela comunidade.
Durante a tarde, é possível observar o sangue do PM ferido e do homem morto dois dias antes. As manchas estão nítidas no asfalto,cassino online esporte da sortedois pontos, no encontro da rua Ernest Renan com a “Viela da DZ7”, onde morreram nove jovens no baile funk,cassino online esporte da sorte2019.
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O local está no epicentro de Paraisópolis e, na correria do diária, as pessoas passam por cima das manchas de sangue. Tem feira na rua, o dia todo. “É louco, mas a vida continua”, diz moradora, apontando para o portão ao lado, com marca de tiro do último confronto.
Na noite do mesmo sábado, 8 de junho de 2014, uma umbandista da comunidade vai para o terreiro preocupada. Tem medo de deixar a filha sozinhacassino online esporte da sorteParaisópolis. Começaram as festas juninas, a jovem quer ir.
Mas a mãe prefere que ela fique na casa do pai e mande mensagens de textocassino online esporte da sortehorários determinados. Quer acompanhar a situação de Cotia, na Região Metropolitana, onde está o terreiro que frequenta.
“A gente fica preocupada, mas também não posso impedir ela de viver”, diz a mãe. Enquanto vai para o terreiro, o parque Labamba,cassino online esporte da sorteum dos extremos de Paraisópolis, inaugurado no dia anterior, está praticamente vazio.
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No único brinquedo que o Visão do Corre viu funcionando com clientes, um barco que balança, havia duas jovens.
Final de semana sem baile funk
O baile da DZ7, uma das principais festas de rua de São Paulo, onde os nove jovens morreramcassino online esporte da sorte2019, está suspenso há um mês.
Por isso, a noite de sexta-feira, 7 de junho, não teve muvuca de milhares ocupando a rua Ernest Renan e arreadores. Além da silenciosa tensão crescente, havia outro motivo para ficarcassino online esporte da sortecasa.
Um sujeitocassino online esporte da sortefuga da favela Porto Seguro, ao lado, foi perseguido dentro de Paraisópolis. Imediatamente, circularam vídeos do fugitivo baleado, saindo sentado na maca, aparentemente lúcido.
A favela se recolheu cedo e comboios de viaturas, com até uma dúzia, transitaramcassino online esporte da sorteruas praticamente desertas.
Crianças vítimas de tiroteios
A briga da manhã de quinta-feira, 6 de junho, entre policiais militares e o homem baleado, foi filmada por diversos moradores.
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Em um dos vídeos, durante os disparos, uma mãe, a poucos metros do confronto, pega criança no colo e sai correndo,cassino online esporte da sortesentido contrário.
Coincidentemente, foi um tiro recebido por uma criança há quase dois meses, na mesma rua Ernest Renan, que agravou a tensãocassino online esporte da sorteParaisópolis.
“A gente está prevendo um novo 2019”, diz jovem universitáriocassino online esporte da sortefrente a salão de beleza da comunidade. Ele repete a interpretação de vários moradores: uma sequência de episódios similares aos dos últimos diascassino online esporte da sorteParaisópolis antecedeu a morte dos nove jovens no baile funk.
Segundo relatos ouvidos na favela,cassino online esporte da sorte2019 o agravamento da tensão teria começado com a morte da policial militar Juliane dos Santos Duartecassino online esporte da sorteParaisópolis.
O policial militar morreu baleadocassino online esporte da sortetroca de tiros no dia 1º de novembro de 2019. Houve nova “operação saturação” e, transcorrido exatamente um mês, no baile funk da DZ7, o corre-corre deixou nove jovens mortoscassino online esporte da sorteuma viela.
Secretaria da Segurança Pública
Em nota ao Visão do Corre, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que “a atuação das polícias paulistas é fundamentada na legalidade, preservação da ordem pública e proteção da população”, seguindo “protocolos operacionais rigorosos”.
Sobre o caso do último dia 6 de junho, que envolveu dois policiais militares e resultoucassino online esporte da sorteum homem morto, a Polícia Militar “apura todas as circunstâncias” e “analisa as imagens da ação”.
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A ocorrência foi registrada no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que prossegue com as investigações no âmbito da Polícia Civil.