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Lutar pela causa animal não é uma tarefa muito tranquila, mas respeitar e defender os animais é uma tarefa simples e demanda apenas consciência e informação.
A ideia de respeito aos animais e a oposição ao consumo de animais, muitas vezes é encarada de uma forma estereotipada, fora da realidade e cercada de preconceitos.
Pensamos o veganismo ou no campo da irresponsabilidade, da infantilidade, do natureba, do ser iluminado, de pessoas fitness bitoladasbwin withdrawalcorpos magros, ou nos baseamosbwin withdrawalreceitas com produtos que não encontramos no Brasil.
Sem contar a ideia equivocada de que é caro ser vegano e que a causa é elitista. Conhecendo um pouco o veganismo, seus propósitos e suas vertentes, descobrindo que existem pessoas de periferias e favelas que estão atuando por essa causa, mostrando que é possível para a maior parte da população viver sem contribuir com a exploração animal, a gente logo percebe que a nossa visão era só falta de informação.
Ter consciência de que dividimos esse mundo com outros animais e que não somos superiores a eles, não deve ser tratado de maneira imatura, ou pendendo a um puritanismo egocêntrico, nem mesmo uma vaidade de pessoas que se dizem melhores ou mais evoluídas.
Costumamos dizer que respeitar outras espécies e defendê-las não é sair abraçando vacas ou árvores por aí, postando fotos com porcos ou coisas do tipo. Embora sejamos seres compassivos, que embwin withdrawalmaioria sentem carinho pelos animais, não se trata disso, até porque os animais muitas vezes não querem nossa aproximação.
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Ser éticobwin withdrawalrelação às outras espécies não se trata de ser puro, um ser de luz, uma pessoa mais evoluída, que vive numa redoma sem comer animais. Sim, existem pessoas que vão no caminho da espiritualidadebwin withdrawalbusca de superioridade e enxergam no veganismo uma forma de se sentir superior, melhor que outras pessoas.
Mas essa rapaziada é minoria, e deve ser questionada, porque o veganismo não deve ser usado como adorno para o próprio ego, sobretudo por gente da elite que não conhece a realidade do povão, das quebradas.
Essa causa não é sobre buscar um objetivo pessoal, que nos trará algum resultado individual. Nós que paramos de consumir animais e não tratamos mais outras espécies como meras mercadorias, não somos melhores por isso, não é esse o debate.
O debate é no nível de acesso à informação, consciência, respeito, ética, compreensão e enxergar a realidade como de fato ela é, se tornar vegano tem relação com os animais, essencialmente como nos organizamos enquanto sociedade e como nos relacionamos com outros seres, no sentido de explorar e utilizar seus pedaços, órgãos, pele, couro e outras partes.
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Se liga:
É importante sempre que tivermos contato com qualquer assunto, procurar estudar, se aprofundar, entender suas raízes e não opinar apenas pelo que achamos, ou baseado puramente no senso comum. ''Achar que o veganismo é isso ou achar que o veganismo é aquilo'' é muitas vezes uma ação equivocada.
A falta de boas informações ou excesso de informações duvidosas nos influencia de maneira igualmente duvidosa. A mídia tenta pintar um veganismo totalmente deslocado da realidade, no dia a dia tudo que escutamos de veganismo é também ideias sem muito contexto, baseadobwin withdrawalfatos, é só achismo puro.
Somos veganos há mais de 7 anos e lutamos para que as pessoas também se tornem veganas, mas não só por nós, pelos animais e por extensão pelo meio ambiente.
Porém, quando a gente conversa com alguém e sugere que a pessoa leia sobre o assunto, não é só para ela talvez se tornar vegana, mas para elas ter bons argumentos para se opor, poder gerar um debate bom e produtivo, sem sair achando que veganismo é coisa de puritanismo barato, de pessoas ‘’espiritualizadas’’ ou fitness.
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Leonardo e Eduardo dos Santos são irmãos gêmeos, nascidos e criados na periferia de Campinas, interior de São Paulo. São midiativistas da Vegano Periférico, um movimento e coletivo que começou como uma conta do Instagrambwin withdrawaloutubro de 2017. Atuam pelos direitos humanos e direitos animais por meio da luta inclusiva e acessível, e nos seus canais de comunicação abordam temas como autonomia alimentar, reforma agrária, justiça social e meio ambiente.