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O ex-ajudante de ordens confirmou que os dados falsos de Bolsonaro e de Laura foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde
24 out 2023 - 21h14
(atualizado às 21h39)
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O tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, enquanto era ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro; hoje Cid está preso por suspeita de falsificação de cartões de vacinas e é investigado por golpe de estado e venda de joias da Presidência.
O tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, enquanto era ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro; hoje Cid está preso por suspeita de falsificação de cartões de vacinas e é investigado por golpe de estado e venda de joias da Presidência.
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), dissetodas as casas de apostas onlineseu acordo de delação premiada à Polícia Federal (PF) que o ex-presidente da República ordenou, no final do seu mandato no Palácio do Planalto, que ele fraudasse os cartões de vacina de covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.

Segundo informações do portal UOL, Cid admitiu atodas as casas de apostas onlineparticipação no esquema e apontou Bolsonaro como o mandante. O portal diz que o ex-chefe do Executivo pediu que os cartões dele e datodas as casas de apostas onlinefilha, Laura, de 13 anos, fossem fraudados. Segundo o tenente-coronel, os documentos fraudados foram impressos e entreguetodas as casas de apostas onlinemãos ao ex-presidente para que ele usasse quando "achasse conveniente".

O ex-ajudante de ordens confirmou que os dados falsos de Bolsonaro e de Laura foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde por servidores da Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no dia 21 de dezembro de 2022, nove dias antes do ex-presidente viajar para os Estados Unidos antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Naquela época, as leis americanas exigiam que os viajantes comprovassem a imunização contra a covid-19.

Investigação aponta que Bolsonaro tinha conhecimento das falsificações

No dia 3 de maio, seis aliados de Bolsonaro - entre eles Mauro Cid - foram presos pela Polícia Federal na Operação Venire, que coletou provas de um esquema de fraudes de cartões de vacinação durante o governo do ex-presidente.

A investigação aponta que Bolsonaro e os seus aliados tinham "plena ciência" das falsificações. O objetivo, segundo a PF, era obter "vantagem indevida"todas as casas de apostas onlinesituações que necessitassem comprovação de vacina contra a covid no Brasil e nos Estados Unidos.

Quem é Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Quem é Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Bolsonaro nega ter sido vacinado contra a covid-19

A PF identificou dois registros de vacinação de Bolsonaro no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias. O ex-presidente teria tomado o imunizante Pfizertodas as casas de apostas online13 de agosto etodas as casas de apostas online14 de outubro do ano passado. Nas mesmas datas, seus assessores Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro também teriam sido imunizados. Porém, a Controladoria-Geral da União (CGU) checou as agendas do ex-chefe do Executivo e atestou que seria impossível que ele tivesse comparecido na unidade de saúde.

Além de Bolsonaro e Laura, Mauro Cid também teria falsificado o próprio cartão de vacinação e também o datodas as casas de apostas onlinemulher, Gabriela Cid, e das suas três filhas.

Em um depoimento para a PF no dia 16 de maio, Bolsonaro negou que ele e a filha teriam sido vacinados contra a covid-19. O ex-presidente também afirmou que não determinou e não tinha conhecimento das fraudes, o que agora é confrontado pela delação premiada de Cid.

Em suas redes sociais, o advogado e assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, rechaçou a hipótese de Bolsonaro ter ordenado a falsificação dos dados de vacinação, como Mauro Cid teria dito à PF. "Chance zero", disse Wajngarten na rede social X (antigo Twitter), completando: "Mundo todo conhece a posição do Pr @jairbolsonaro sobre vacinação. Como chefe de Estado, o passaporte/visto que ele possui não exige nenhuma vacina. Filha menor de idade jamais necessitou de vacinação, até porque possui comorbidades."

Estadão
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Fontes de referência

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