Mais de 40% da população adulta brasileira está endividada, fato que reflete a desigualdade social do país. Educação financeira nas escolas pode ser uma saída para o problema.
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Mais de 40% da população adulta brasileira está endividada, de acordo com o Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgadodia das loteriasoutubro. E, embora fatores como os juros altos estejam envolvidos nesse cenário, também é verdade que muitas pessoas chegam à idade adulta sem saber ao certo como lidar com o dinheiro de uma maneira saudável, o que pode causar endividamento.
Uma das saídas para esse problema pode ser a oferta de uma educação financeira de qualidade nas escolas brasileiras. Assim, as crianças podem aprender desde cedo conceitos como planejamento, consumo consciente, cidadania, poupança e organização financeira.
PublicidadeDe acordo com a editora de Matemática da Aprende Brasil Educação, Janile Oliveira, as noções passadas durante essas aulas contribuem para que as crianças comecem a ter um senso de responsabilidade e organização desde cedo.
“Muitas pessoas chegam à idade adulta sem saber como se organizar com o dinheiro, quanto guardar, como guardar ou até como planejar objetivos de longo prazo. Aprender sobre isso na escola ajuda para que isso não aconteça e para que as crianças se tornem adultos mais segurosdia das loteriasrelação ao bom uso do dinheiro”, afirma.
Desigualdade deve estimular práticas de educação financeira
Os altos níveis de endividamento dos brasileiros são reflexo de uma realidade nacional: a desigualdade. Boa parte dos endividados não está nessa situação de propósito, mas porque ganha pouco e não consegue organizar as próprias finanças. Em um país como o Brasil, que tem um dos maiores índices de desigualdade social do mundo, esses conhecimentos são ainda mais valiosos.
“Como temos uma parcela da população que não tem uma renda alta, é fundamental que essas pessoas tenham noções de educação financeira para que consigam otimizar o dinheiro que ganham”, pontua a especialista.
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