betway nubank-Estudantes protestam contra cortes do governo na educação

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Em São Paulo, alunos ocupam pista da Avenida Paulista no sentido Consolação e devem seguirbetway nubankdireção à República
13 ago 2019 - 12h05
(atualizado às 17h20)

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RIO, SALVADOR E SÃO PAULO - A União Nacional dos Estudantes (UNE) realiza nesta terça-feira, 13, manifestaçõesbetway nubanktodo o País para protestar contra os cortes na área da educação. Os estudantes defendem ainda a autonomia das universidades e são contrários ao programa Future-se, do Ministério da Educação (MEC). O projeto tem o objetivo de atrair investimentos privados para as instituições públicas e regulamentar a participação das organizações sociais na gestão.

De acordo com a UNE, o Future-se tem o objetivo de "sucatear para depois privatizar" a educação. Às 10h30, os atos desta terça já eram o assunto mais comentado no Twitter Brasil com as hashtags #Tsunami13Agosto e #TsunamiDaEducação.

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Autoridades e instituições ligadas ao tema se manifestaram sobre os protestos. A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) afirmou que o contingenciamento de R$ 348 milhões divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) na semana passada "afetará a compra e a distribuição de centenas de livros didáticos que atenderiam crianças do ensino fundamental de todo o País".

Já a presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS), Carina Vitral, afirmou que enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não "arredarem o pé dos cortes e ataques ao povo" os estudantes não deixarão as ruas.

Intitulado "3º Grande Atobetway nubankDefesa da Educação", as manifestações ocorrem, segundo a UNE,betway nubankmais de 150 cidades dos 26 Estados e no Distrito Federal. Os dois primeiros protestos foram nos dias 15 e 30 de maio.

Estudantes protestarambetway nubanktodo o Brasil contra os cortes orçamentários do goveno Bolsonaro
Estudantes protestarambetway nubanktodo o Brasil contra os cortes orçamentários do goveno Bolsonaro
Foto: Paulo Guereta/ Agência O Dia/ Estadão Conteúdo / Estadão Conteúdo

São Paulo

Na capital paulista, centenas de estudantes, professores e manifestantes de movimentos sociais ocupam parcialmente o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) na tarde desta terça. Terceiro protesto convocado desde o anúncio de contigenciamento de 30%betway nubankverbas de universidades federais, a concentração para o ato fechou a Avenida Paulista apenas no sentido da Rua da Consolação, por onde uma passeata deve seguirbetway nubankdireção à Praça da República.

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"Acho que a população está mais indignada, porque os efeitos dos cortes na educação começam a aparecer agora", diz o presidente da UNE, Iago Montalvão. Ele diz que o protesto também é motivado por atos recentes do presidente do Jair Bolsonaro, como a demissão do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão. "Estão negando a ciência, negando o método científico."

Os manifestantes também criticam o mais recente programa anunciado pelo Ministério da Educação, o Future-se, que promete autonomia financeira a universidades federais. A UNE classifica o projeto como uma "tentativa envergonhada de privatização das universidades". A proposta da pasta inclui o repasse a organizações sociais (OS) de projetosbetway nubankáreas de ensino, pesquisa e inovação.

"Esse projeto foi apresentadobetway nubankqualquer diálogo com a academia, o que é bem preocupante", afirma o estudante Guilherme Bianco, que cursa Ciências Sociais na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e integra a executiva da UNE.

Balões e bandeiras de várias entidades de classe foram colocados no vão livre do Masp, entre elas do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), do sindicato dos professores municipais (Aprofem), da UNE, de entidades que representam estudantes secundaristas, da Confederação Nacional dos Trabalhadoresbetway nubankEducação (CNTE) e da Central Única Trabalhadores (CUT).

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O congelamento de 30% do orçamento das universidades federais ainda mobiliza o movimento. Segundo a CUT, 32 cidades no Estado de São Paulo estão mobilizadasbetway nubankprotestos pela educação.

"Balbúrdia é cortar dinheiro da educação", dizia uma das faixas confeccionada pelos estudantes,betway nubankreferência a uma entrevista do ministro Abraham Weintraub ao Estado, no fim de abril.

No entanto, o movimento tenta afinar o discurso com outras bandeiras da oposição ao governo Bolsonaro, como o coro "Lula Livre" e a crítica à reforma da Previdência. Partidos como PSOL e PSTU marcam presença no ato.

"Nós temos de criar um clima de discussãobetway nubanktorno das nossas propostas, não reação às deles", considera o professor Francisco Fonseca, que dá aulas de Ciência Política na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e na Fundação Getúlio Vargas (FGV). "O que a extrema direita quer é interditar o debate público no Brasil."

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Alguns manifestantes também carregam cartazes com o rosto de Fernando Santa Cruz, morto na ditadura militar, pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. "Herói dos estudantes", diz o cartaz confeccionado pela UNE.

Há algumas semanas, Bolsonaro gravou um vídeobetway nubankque diz que contaria a Felipe como o pai foi morto.

Rio de Janeiro

Centenas de pessoas se reúnem ao redor da Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, na tarde desta terça.

Realizado simultaneamentebetway nubankvárias cidades brasileiras, o ato foi convocado pelas redes sociais pela UNE, pela CUT e por outras entidades da sociedade civil. No Rio, a maioria dos manifestantes é estudante de escolas públicas. Às 16h30, lideranças estudantis discursavambetway nubankcarro de som. A Polícia Militar observava, e o ato transcorria de forma pacífica.

Por volta das 18 horas, os manifestantes devem seguirbetway nubankcaminhada até a sede da Petrobrás, também no centro do Rio. Normalmente o ponto final dos protestos é a Cinelândia ou a estação férrea Central do Brasil, mas o destino foi alterado, segundo os organizadores, para que o ato sirva também como protesto contra a venda de ativos da petroleira estatal.

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Salvador

Estudantes, professores e outras categorias da sociedade civil participaram de manifestaçãobetway nubankSalvador na manhã desta terça. Com faixas, cartazes e bandeiras, eles começaram a se concentrar na Praça do Campo Grande, na região central da cidade, por volta das 9 horas, e, de lá, saírambetway nubankcaminhada até a Praça Castro Alves, provocando lentidão no trânsito naquela região.

O ato contou ainda com a presença de centrais sindicais, a exemplo da Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT-BA) e de políticos do PT e PCdoB.

"Com essas manifestações, estamos defendendo a democracia e a soberania nacional. Somos contra os cortes na educação e a reforma da Previdência, que está tramitando no Senado, além da privatização das universidades públicas, entre outras medidas que vem sendo adotadas pelo governo Bolsonaro", disse Cedro Silva, presidente da CUT-Bahia.

Já o representante da UNE, Natan Ferreira, explicou que o movimento dessa terça é uma continuidade das manifestações iniciadas no mês de maio. "Por muito tempo estivemos distantes da universidade, mas, hoje, queremos participar e reivindicar. A revolta com esse governo é porque a gente conseguiu democratizar o espaço universitário, e não podemos deixar voltar atrás", comentou.

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A presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), Raquel Nery, revelou que as mobilizações tendem a se fortalecer a partir de agora. "Cobrar respeito e melhorias tem que ser sempre o nosso papel, enquanto entidade pública."

Durante a caminhada, os manifestantes,betway nubankmenor número do que o de atos anteriores, gritavam palavras de ordem contra o governo e a favor do "Lula livre". Para os organizadores, 30 mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar não fez estimativa.

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Veja abaixo onde ocorrem os atos de estudantes nas capitais brasileiras,betway nubank13 de agosto (horários locais)

Região Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

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Fontes de referência

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