codigo 1xbet-Mais uma tragédia por causa do celular: jovem cai de uma altura de 25 andares
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Uma selfie vale acodigo 1xbetvida? As pessoas reduzemcodigo 1xbetatenção ao que está acontecendo àcodigo 1xbetvolta enquanto estão focadascodigo 1xbetfotos para as redes
Em que pesem eventuais falhas de segurança que permitiram o acesso a uma área perigosa e a possível falta de sinalização e iluminação no local, o fato de um celular estar nas mãos da jovem no momento da queda traz um alerta: as pessoas reduzemcodigo 1xbetatenção ao que está acontecendo àcodigo 1xbetvolta (ou subestimam os riscos envolvidos) no momentocodigo 1xbetque estão focadas na captação de uma foto para ser usadacodigo 1xbetsuas redes sociais.
Semana após semana jovens sofrem acidentes ou perdem a vidacodigo 1xbetcachoeiras, penhascos, rochas próximas ao mar, árvores, pontes, edifícios, guindastes, perto de animais selvagens, tudocodigo 1xbetnome de uma imagem que possa gerar impacto e repercussão.
Em agosto desse ano, a ginasta checa Natalia Stichova, 23 anos, caiu da altura de mais de 80 metros ao tentar tirar a “foto perfeita” à beira de um precipíciocodigo 1xbetfrente ao Castelo de Neuschawanstein, na Alemanha. O local inspirou Walt Disney a criar o “Castelo da Bela Adormecida”.
Um estudo da Fundação espanhola iO, especializadacodigo 1xbetMedicina Tropical e do Viajante, mostrou que de 2008 a 2021 aconteceram quase 400 mortes ao redor do mundo por causa de uma selfie.
Com a pandemia e a redução dos deslocamentos houve um arrefecimento do fenômeno. Com a retomada, a situação voltou a se agravar e passou a atingir a média de quase uma morte por semana, o que mostra a importância de se encarar essa questão como um problema emergente de saúde pública.
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Existe até uma plataforma, Danger Selfies, que contabiliza as mortes noticiadas por selfies desde 2011, e traz dicas para que as pessoas tirem fotos seguras. Acessada essa semana, os dados mostram que a Índia é o país com mais mortes por selfies, seguida pelos EUA e, depois, Rússia. O Brasil aparece com 7 acidentes e mortes por selfies.
Um outro estudo publicado no Journal of Travel Medicine,codigo 1xbet2022, revelou 379 mortes relacionadas às selfiescodigo 1xbet13 anos, o que, segundo os pesquisadores, torna o risco de morrer tirando a própria foto quase 5 vezes maior do que o de morrer por um ataque de tubarão.
Os viajantes são as principais vítimas, quase 40% dos casos. As quedas de altura representam a metade das mortes, seguidas por acidentes com meios de transporte e, depois, afogamentos. A idade média das vítimas é de 24,4 anos.
E essa pode ser apenas a ponta do iceberg, já que nas mortes acidentais dificilmente as selfies são contabilizadas como a causa do óbito, o que pode levar à subnotificação.
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Os riscos crescentes têm levado alguns pontos turísticos famosos a proibirem as selfies ou implementarem medidas de controle dessa prática. Mas as restrições têm um peso muito limitadocodigo 1xbetum mundo tão vasto e cheio de atrações.
Outra questão é que enquanto as mídias tradicionais tendem a retratar as selfies arriscadas como um movimento impensado e narcisista da juventude, culpando e até ridicularizando quem as tira, os jovens vivem uma realidade completamente distinta, já que a busca por essas imagens faz cada vez mais parte da vida e do cotidiano deles.
Essa distância de perspectivas mostra que é necessário uma mudança no direcionamento das estratégias de prevenção de acidentes e a busca por uma abordagem mais próxima do universo dessa geração.
Nesse sentido seria importante que as campanhas educativas fossem criadas e incentivadas pelas autoridades, pelos próprios influenciadores e pelas redes sociais, o principal destino das imagens perfeitas e perigosas.
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Da mesma forma como modificamos, ao longo das décadas anteriores, atitudes e hábitos antes considerados naturais (e até “descolados”) como andar de carro sem cinto ou fumar cigarroscodigo 1xbetambientes fechadoscodigo 1xbetsituações concretas de saúde publica, e mudamos efetivamente percepções e comportamentos, precisamos pensar nas selfies arriscadas, que visam popularidade e reconhecimento, como uma questão social e cultural a ser transformada, com medidas mais amplas e articuladas do que apenas proibir, restringir ou culpar.
O que você acha a respeito?
*Jairo Bouer é médico psiquiatra e escreve semanalmente no Terra Você.