Os casos ocorrerambetsul cadastroKerala, no sul do país, região que sofre o quarto surto do vírus desde 2018 — só o primeiro matou 21 dos 23 infectados. Por isso, ao notificar o novo surto, o governo indiano determinou o fechamento de escolas e escritórios para tentar conter a transmissão.
Nipah vírus surgiu na Malásia e provoca surtos anuais desde 2001
Vírus é transmitido de animais para humanos, entre humanos e por meio de comida contaminada
Sintomas vão de febre e dor de cabeça a convulsões e podem deixar sequelas
O que é o vírus Nipah e como surgiu?
Vírus da família Paramyxoviridae, a mesma dos transmissores de doenças como caxumba e sarampo, o Nipah é um patógeno de nível 4 de biossegurança. Isso significa um alto potencial de letalidade — a taxa de óbito entre os infectados é de 40% a 75%.
A infectologista Luana Araújo explicabetsul cadastrosuas redes sociais que o vírus foi identificado pela primeira vezbetsul cadastro1999, no vilarejo de Nipah (de onde vem o nome), na Malásia. Depois disso, o agente infeccioso foi registradobetsul cadastroSingapura e costuma provocar surtos anuais nessa região do globo desde 2001.
No caso da Índia, o estado de Kerala enfrentou outros três surtos de 2018 para cá. Só no primeiro, 21 dos 23 infectados morreram.
Formas de transmissão
Como explica a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Nipah é um vírus zoonótico. Ou seja, transmitido de animais para humanos. Luana lembra que o morcego é o reservatório natural do vírus, mas há registros de contaminação por meio de porcos infectados também.
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Outras formas de contágio destacadas pela OMS são a ingestão de alimentos contaminados por secreções de animais infectados e de pessoa para pessoa. Nesse último caso, é possível se infectar ao ter contato com secreções respiratórias, urina, sangue, fezes, saliva, entre outras, de um humano contaminado.
Sintomas
O Centro de Controle e Prevenção a Doenças dos Estados Unidos (CDC, na siglabetsul cadastroinglês) explica que as pessoas costumam desenvolver os sintomas entre 4 e 14 dias pós-exposição ao vírus. Os primeiros sinais geralmente são febre, dor de cabeça, tosse, dor de garganta, vômito e dificuldade para respirar.
Em casos mais graves, outros sintomas comuns são desorientação, sonolência ou confusão, convulsões, coma e encefalite. Além da taxa alta de óbito, sobreviventes podem sofrer com sintomas persistentes, como convulsões e alterações de personalidade.
Diagnóstico
A infectologista Luana Araújo alerta para o fato de que não é possível fazer diagnóstico puramente clínico, apenas com base nos sintomas. É preciso levarbetsul cadastroconta o histórico do paciente — se estevebetsul cadastroárea de risco, por exemplo —, e realizar exames específicos.
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Na fase inicial, o indicado é solicitar exame RT-PCR, comum na pandemia de Covid-19,betsul cadastrosecreções variadas, como sangue e urina. Em caso de diagnóstico tardio, a detecção deve ser feita através do ensaio de imunoabsorção enzimática (Elisa), uma sorologia para identificar anticorpos contra o vírus no paciente.
Tratamento
Não há remédios para tratar o Nipah. Assim, o tratamento é de suporte, com avaliação médica sobre a melhor forma de atenuar os sintomas da doença.
Também não há vacina existente para combater o agente infeccioso. A OMS ressalta que o vírus é reconhecido como prioridade, mas, apesar dos esforços, nenhum imunizante foi aprovado ou está perto disso.
O Nipah pode chegar no Brasil?
O Nipah é reconhecido como um potencial causador de pandemia, dado abetsul cadastroletalidade, mas desde que foi descoberto na década de 1990, ele se concentra no sul da Ásia. Portanto, longe do Brasil, na América do Sul.
Com esse novo surto, a Índia adotou medidas urgentes, como o fechamento de escolas e escritóriosbetsul cadastroKerala e a testagembetsul cadastromassa. São ações que visam justamente conter a transmissão do vírus para que não surjam novos casos, inclusivebetsul cadastrooutras regiões e países.