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Estatísticas que comprovam que o Brasil é um país preconceituosobrazuca cassinorelação às pessoas negras têm sido frequentes pautas de discussões. Mesmo concordando com os números, muitas pessoas não assumem o próprio preconceito e criticam a existência do que consideram "vitimismo", "politicamente correto" ou o tão usual "mi mi mi" quando se trata da dor alheia.
Essa rotina da tentativa de esconder atitudes e comportamentos criminosos não escapa aos registros de Minas Gerais, onde somente até novembro de 2021, foram 295 casos de injúria racial, com causa presumida de racismo. Em Belo horizonte, o aumento foi de 13,04%, passando de 46 para 58 denúncias. Os dados são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG) e mostram que a luta de pessoas pretas contra o racismo passa longe de representar apenas uma expressão informal de conotação pejorativa.
PublicidadePor essa realidade é que surgiu a Campanha Fala Direito, do projeto Desembola na Ideia, desenvolvido pela instituição Agência de Iniciativas Cidadãs (AIC). A campanha foi realizada colaborativamente por adolescentes que estavambrazuca cassinocentros de internação do sistema socioeducativo e pela equipe de arte-educação e comunicação do projeto. As ideias e conteúdos produzidos surgem das oficinas de educomunicação, nas quais os participantes conversam sobre os assuntos que envolvem os jovens negros e periféricos e refletem sobre o direito dessa população a uma vida digna e justa.
Na primeira etapa da campanha os jovens elegeram o tema preconceito. A edição foi nomeada como Desarme seu Olhar, que revela como o racismo gera exclusão social, violações de direitos e mortes nas juventudes periféricas. Em uma das ações da campanha, o BEÓ - Boletim Informativo/Formativo há diversos depoimentos sobre a realidade deles.
O BEÓ entrevistou os adolescentes entre 15 a 18 anos do sistema socioeducativo, sobre como os mesmos são vistos pela sociedade. "No meu bairro,brazuca cassinoque eu nasci, não tem preconceito; nos outros lugares tenho que engolir seco", desabafa um dos meninos. Outro diálogo da roda de conversa que foi publicado no boletim mostra as dificuldades causadas pela cor da pele e a repressão que sentem no dia a dia: "As pessoas vêem a maldade no rosto... Um menino olhou para mim e atravessou a rua; deve ter visto a maldade na minha mente". Outro adolescente interpreta: "Deve ter sido porque você é preto, a roupa que você usa ele acha que é traficante, favelado, vai roubar".
Todos os relatos são parecidos e de carácter discriminatório. Um dos jovens lamentou que desde muitos séculos os pretos são considerados piores que os brancos. "Porque somos cachorros", conclui. A psicanalista Cristiane Ribeiro, integrante da equipe Desembola na Ideia justifica a baixa autoestima desses adolescentesbrazuca cassinosituação de risco social ebrazuca cassinoconflito com a lei, pelas trajetórias marcadas desde o nascimento, por inúmeras violências e pelo baixo acesso aos direitos básicos. "O movimento é no sentido inverso; mesmo que as estatísticas mostrem o contrário, para o senso comum, é como se eles fossem os responsáveis pelos crimes mais hediondos que a sociedade vivencia", explica.
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